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Conheça um dos clubes do CIEP 117 Carlos Drummond de Andrade: Historiando Ciências

 
Quando percebemos o que estava acontecendo, decidimos agir.
Preciso confessar que demoramos a abrir os olhos, e, o mais importante, a mente. Mas talvez boa parte de toda essa demora tenha sido causada, acreditem se quiser, pelos nossos Livros didáticos.
     Partindo do ponto zero visto que muitas pessoas ainda não sabem do que se trata o Historiando Ciências, tentaremos explicar o projeto.
     Nunca lemos em Nossos Livros a história de um cientista, tudo isso foi erradamente reduzido à datas e palavras estranhas, que dizem quando nasceu, o que descobriu e quando morreu. Essas pessoas são desenhadas como anti-sociais, gênios incríveis que parece que já nasceram com todas as informações organizadas na cabeça. Homens! brancos!
     Baseado na leitura de tais livros, chegamos à conclusão de que cientistas são uma máquina, projetados para pensar e produzir. Sem emoções, sem sacrifícios, sem dor quando davam com o dedinho na quina dos móveis.
     Não podemos ignorar a impressão de que gênios só nascem na Europa e na América. Talvez sejam mesmo terras abençoadas por deus. Mas a verdade é que essas mentes estavam espalhadas pelo mundo inteiro, e elas continuam nascendo até hoje, mas nem todas Foram devidamente reconhecidas.      Todos os nomes citados nos seus livros de ciências pertencem a pessoas que tiveram uma vida normal, com dificuldades, decepções, erros, acertos, estudos. E sim, essas pessoa provavelmente gritavam ao dar com os dedos nos móveis.
     Sinceramente, posso imaginar como se sentiriam se pudessem ler esses livros atualmente, se soubessem que foram reduzidas à cálculos e mais cálculos.      Provavelmente se arrependeriam de um dia terem tido a curiosidade de entender o universo em que viveram.
     São esses os pontos que nós queremos mostrar. Queremos contar a história, mas a história completa, sem cortes nem edições. Precisamos mostrar que a ciência vai além da Europa e do homem branco, e que existiram cientista incríveis na África, que tiveram seu trabalho interrompido por um milhão de fatores, pesquisas que foram roubadas, adulteradas e forjadas. Queremos reescrever o que foi apagado, buscar os nomes pequenos por trás das teorias grandes. E o que talvez seja o ponto mais importante, precisamos humanizar o cientista, e precisamos fazer isso rápido, antes que comecem a acreditar que eles foram somente um ponto na linha do tempo.

Artigo escrito por: Ingrid Souza
Historiando Ciências


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