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O lago Guarani 1.2

A comunidade indígena investiu na recuperação do Rio Ribeirão Manguinho, cuja nascente fica na Aldeia Itakupe. Com o trabalho e apoio da população em mutirões, foi possível “trazer de volta o fluxo da nascente” e criar três importantes lagos na região, que já estão próprios para banho. “Mas o trabalho de manejo ainda não terminou”, pontua o cacique Matheus Wera, da Aldeia Itakupe. Edson Novaes – Existe Guarani em SP. 2021 dez 02

A introdução dos peixes nesses locais ajudou a garantir a subsistência dos moradores de Itakupe, mais ainda é pouco. “A ideia é continuarmos a fazer lagos até que todas as famílias das seis aldeias da TI Jaraguá, cerca de 1200 pessoas, tirem seu sustento, como prática tradicional do Nhanderekó (modo de vida Guarani).” Cristina Braga – Folha Noroeste

Durante um ano e dois meses cavando a terra com as mãos, o povo Guarani-Mbya da aldeia Itakupe (atrás da pedra), juntamente com Adriano Sampaio e Edson Novaes, localizada atrás do Pico do Jaraguá, zona norte de São Paulo, trouxeram de volta à vida o fluxo de uma das nascentes de água da região que dá origem ao Rio Ribeirão Manguinho, ponto mais alto da cidade de São Paulo, cujo pico tem 1.135 metros. Camila Doretto – Ciclo Vivo

O modo de trabalho foi artesanal. Edson Novaes

Como Adriano já convivia com os Guarani Mbya de Itakupe desde 2015 e Edson desde 2017, eles já haviam se conectado com uma sabedoria ancestral dos povos indígenas que diz muito sobre como lidar com a natureza. Por isso, trabalhar com as mãos e respeitar o fluxo natural da água eram objetivos primordiais dos esforços pela recuperação da nascente.

Vídeo da campanha de financiamento coletivo para o Existe Água em SP, de Adriano Sampaio. AGO Filmes

Além de terem recuperado o caminho da água, os Guarani de Itakupe construíram três lagos, em um deles foram introduzidas sete espécies de peixes que vão contribuir para garantir a subsistência dos moradores da aldeia. A proposta é chegar até dez espécies (lambaris, tambaquis, tilápias e pacus, além de plantas aquáticas), sempre priorizando as que já faziam parte do ecossistema local.

A força espiritual conduz boa parte dos costumes dos guarani da região do Jaraguá. “Para nós, a água é um ser vivo. Moramos a 1 quilômetro da nascente para protegê-la”, conta Pedro Macena, que acredita que a água da cidade paulistana está morta e contaminada. “A água para nós não é um produto, mas sim algo sagrado que Nhanderu deixou para nós”, diz. Naiara Albuquerque – Revista Galileu. 15 Abr 2019

Líder espiritual da Aldeia Itakupe, Pedro Macena. Naiara Albuquerque

O líder espiritual da aldeia Itakupe, Pedro Macena, 53 anos, conta que veio com 9 anos da Argentina para morar em uma aldeia em Parelheiros. “Fiquei lá 38 anos, conheci o Jaraguá na década de 80 e me mudei para a região em 2000”, explica.

Adriano Sampaio registra nascentes que encontra em SP, em 08 de novembro de 2015 foi presenca no programa Esquenta, o ambientalista é conhecido como caçador de nascentes.

“Aqui, o rio foi assoreado por causa do desmatamento. O cacique Ari, o primeiro da aldeia, me mostrou que dava para recuperar os lagos com conhecimento ancestral”, explica Sampaio

“Os rios são como veias e artérias do nosso corpo e a gente precisa deles pra viver. Hoje, fazemos um mal uso da água e por isso essa fonte de vida corre sérios riscos de se esgotar. É nosso dever regenerar os recursos naturais da cidade”, completa.

“O processo do tempo deles [os guarani] é diferente do tempo que passa em nosso calendário”, conta. Respeitando o tempo dos guarani, que leva em conta as estações do ano e a espiritualidade da natureza, a aldeia já conseguiu revitalizar o lago principal, que será usado para pesca.

“O peixe é um dos alimentos tradicionais indígenas, não só dos guaranis como de outros povos também. E é uma essência que a gente tem que ter para o nosso próprio corpo”, afirma o ex-cacique Mateus Wera Mirim Poti. Jornal Nacional

Aldeia 360° – Tekoa Itakupe

Av. Chica Luiza, 1041 – Jaraguá – São Paulo – SP. CEP: 05183-270

Para agendar visitas, entre em contato:

Líder espiritual Pedro Macena: +55 11 99913 4276

Líder Geni Macena: +55 11 91997 2820

Palavras Perdidas: “Vamos seguir resistindo”: recado dos povos da floresta, A avó-estrela do lago Baical: aos 79 anos, Baba Liuba vive e desliza no gelo “com o coração”, Rochas de plástico no arquipélago quase inabitado mais distante do litoral brasileiro, O Lago de Nós

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