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Boicote à Coronavac confirma obsessão de Bolsonaro com "imunidade de rebanho", obsessão essa que matou quase meio milhão de brasileiros. Um genocídio que não tem data para acabar

Em qualquer lugar civilizado do mundo, senadores receberiam de pé, com tapete vermelho, o diretor do instituto que está suprindo 75% da vacinação do país, mas não foi o que ocorreu com Dimas Covas na sessão de hoje da CPI da Covid.
Houve os que o aplaudiram e até agradeceram, é claro, nem todos têm o DNA das cavernas, mas um deles, talvez mais bolsonarista que Bolsonaro só faltou colocar Dimas no paredão, numa vã tentativa de desqualificar o Butantã e agradar ao seu mito.
A certa altura ele exibiu o áudio de uma Conversa Grampeada em que o governador João Doria dá uma descompostura em Dimas Covas por causa do atraso na entrega da Coronovac como se fosse a prova de algum crime.
O que o vídeo mostrou não foi o crime que o senador gostaria de provar, mas o empenho de Doria em trazer vacina. Mais uma vez, o tiro de um bolsonarista saiu pela culatra.
Agora, esse negócio de exibir em público uma conversa grampeada, ainda mais de um governador, poderá render dor de cabeça ao senador em questão.
O que ficou evidente, na sessão de hoje, mais uma vez, foi o total descaso do governo com a vacina produzida pelo Butantã, por motivos políticos e pessoais.
Datas e números mostraram aos brasileiros que, se Bolsonaro não estivesse jogando o tempo todo a favor do vírus e contra a “vacina do Doria” ou “chinesa”, que era a que estava em estágio mais avançado, todos os idosos do Brasil estariam vacinados até o final de janeiro deste ano. Não faltaria vacina.
Se as propostas do Butantã e as da Pfizer fossem aceitas a tempo, a essa altura estaríamos quase chegando lá. Ou muito mais perto do fim do túnel do que estamos. Não teria havido essa carnificina, esse caos na economia, esse desespero e desesperança.
Aliás, o boicote à Coronavac e o corpo mole com a Pfizer (que chegariam antes e em quantidades maiores) , e a boa vontade com a Astra Zeneca (que chegaria só em 2021 e olhe lá) provam mais uma vez que Bolsonaro sempre teve e ainda tem obsessão pela tese da imunidade de rebanho por contágio: quanto mais tarde e quanto menos vacina, mais os brasileiros vão se contaminar.
Ao mesmo tempo em que boicota vacinas e medidas como o lockdown o quanto pode, desenvolve seu outro esporte favorito: provocar aglomerações nos finais de semana para espalhar o vírus entre a população.
O que a CPI da Covid está revelando não é o Brasil do ano passado; é o Brasil de agora. (Alex Solnik, no Facebook)


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