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Música acústica: a beleza da sonoridade desplugada

Instrumentos como sintetizadores e guitarras ajudaram a trazer novas sonoridades e contribuíram para o surgimento de alguns gêneros musicais, como o rock.

Entretanto, a tecnologia não significou o fim da música acústica, a qual jamais perdeu o seu status e encanto. Prova disso é que shows em formatos simples, como voz e violão, ainda continuam a agradar multidões.

Os grandes concertos com orquestras também mostram o quanto é possível levar melodias e harmonias envolventes ao público sem ter de lançar mão de aparatos eletrônicos.

Então, a partir de agora, prepare-se para mergulhar no fascinante universo da música acústica. Iremos mostrar desde a sua definição até o seu impacto na indústria musical e nos shows contemporâneos. Fique com a gente!

Música acústica: definição

Sabe aquele cara gente boa, sorriso despretensioso, figurino simples e despojado? Pois é: o cantor e compositor britânico Ed Sheeran passa exatamente essa impressão ao seu público. Atrai multidões aos seus shows utilizando basicamente sua voz e um violão.

Boa parte de suas apresentações são assim, no formato acústico. Mas vamos admitir: às vezes ele utiliza uma guitarra elétrica, para variar. E tem aquele pedal de loop para inserir mais recursos sonoros. Mas a música acústica, sem dúvida, faz parte de sua performance.

O mais incrível é que ele não leva uma penca de instrumentistas para acompanhá-lo. Trata-se de um verdadeiro showman ou banda de um homem só.

Porém, se formos pensar num show 100% acústico, temos vários exemplos. Quem teve a oportunidade de ver a apresentação icônica do bandolinista Hamilton de Holanda com o violonista Yamandu Costa, sabe bem disso. Ou o show intimista de Toquinho utilizando somente sua voz e violão.

Tudo isso é música acústica. Podemos defini-la, então, como o tipo de música que valoriza a sonoridade dos instrumentos acústicos, como violões, pianos, violinos e flautas. Tais instrumentos, para funcionarem, não precisam ser amplificados, ao contrário de um baixo elétrico ou teclado.

Diferentemente da música eletrônica, que faz uso extensivo de sintetizadores e manipulação digital do som, a música acústica busca uma abordagem mais orgânica e desplugada. Seu foco está na autenticidade e na pureza da experiência sonora.

Instrumentos acústicos e eletroacústicos

O uso de equipamentos eletrônicos na música só passou a ocorrer no século XX. Antes disso, tudo o que se produzia musicalmente era considerado música acústica.

Este termo, aliás, nem era utilizado. Foi cunhado a partir do momento em que houve o advento da música eletrônica, tornando-se necessário estabelecer uma denominação para diferenciar uma música da outra.

É importante frisar que, mesmo com a evolução tecnológica, a grande maioria dos instrumentos fabricados atualmente ainda são acústicos, produzindo sua sonoridade sem dependerem de amplificadores e energia elétrica.

Há que se falar, ainda, nos chamados instrumentos eletroacústicos, os quais apresentam tanto características de instrumentos elétricos quanto acústicos.

É o caso, por exemplo, de violões com equalizadores e captadores para conexão à caixa ou mesa de som. São úteis especialmente para músicos profissionais, que necessitam amplificar o som para apresentação ao público.

Existem também outros instrumentos considerados acústicos construídos na versão eletroacústica, como o ukulele, bandolim, violino, cavaquinho, entre outros.

Classificação dos instrumentos acústicos

Os instrumentos acústicos podem ser classificados basicamente em três tipos:

  • Instrumentos de corda: o som é produzido pela vibração das cordas tensionadas. Exemplos: violão, harpa, violoncelo, violino, contrabaixo etc.
  • Instrumentos de sopro: o som é obtido ao se soprar um dispositivo aerófono em formato de tubo. Esse ar contido entra em vibração, gerando uma onda sonora. Exemplos: flauta, oboé, fagote, trompete, saxofone etc. 
  • Instrumentos de percussão: o som é produzido por uma membrana, superfície de metal ou haste, que recebe impacto das mãos, baquetas ou algum outro objeto.

Sobre este assunto, cabe aqui uma observação: o piano, considerado um instrumento de corda, também tem uma característica percussiva, visto que o som é produzido a partir de golpes de martelinhos sobre as cordas, os quais são acionados ao se apertar as teclas.

A classificação mais correta, portanto, seria “instrumento de corda percutida”.

A popularidade da música acústica

Como já dissemos anteriormente, em shows profissionais, seja num bar, num auditório, teatro ou outro espaço com presença de público, é preciso, na maioria das situações, amplificar o som, mesmo que se trate de música classificada como “acústica”.

O formato “voz e violão”, tão popular nos bares, só é realizado com auxílio de microfones, mesa e caixas de som. Se não houver esse aparato elétrico, a música fatalmente irá se “perder” em meio ao burburinho e conversas dos frequentadores.

Por esta razão, o termo “música acústica” não é conhecido popularmente de forma muito rigorosa. Há licença para plugues, cabos, captadores, mesas, caixas e amplificadores, com o intuito de valorizar e viabilizar a apresentação artística.

Mas a essência da sonoridade acústica dos instrumentos permanece.

Vimos isso, por exemplo, com a série MTV Unplugged, do canal de televisão MTV. A tradução literal seria “MTV Desplugada”, mas, obviamente, todos os instrumentos estavam muito bem “plugados” e as vozes microfonadas.

Apenas optou-se por não usar instrumentos que fugiriam totalmente das características acústicas, como sintetizadores, guitarras e baixos elétricos.

Lançada em 1989, a série fez tanto sucesso que se estendeu à Europa e Brasil. Artistas e bandas como Joe Satriani, Aerosmith, Elton John, Sinéad O’Connor, Squeeze, Paul McCartney, Eric Clapton, The Cure e muitos outros apresentaram seus sucessos na versão acústica.

No Brasil, a série recebeu o nome de “Acústico MTV”, rendendo não apenas episódios musicais na televisão, como também um selo musical, vendendo milhares de discos.

Destaque para o álbum “Titãs: Acústico MTV”, de 1997, em que a famosa banda de rock participou do projeto para celebrar seus 15 anos de carreira.

As gravações foram realizadas no Teatro João Caetano, no Rio de Janeiro, contando com instrumentos como violões, quarteto de cordas, harpa, sopros e metais, além de participações de nomes como Rita Lee, Marina Lima e Marisa Monte.

Este show foi tão bem-sucedido, que foram vendidos 1,7 milhão de cópias do álbum. No ano seguinte, os Titãs seguiram a mesma fórmula com o CD “Volume Dois”, chegando à marca de 1 milhão de discos comercializados.

Música puramente acústica

Apesar dessas versões plugadas da música acústica, existem ainda shows sem qualquer tipo de amplificação elétrica.

É o caso de muitas apresentações de orquestras. Tais grupos contêm número expressivo de instrumentistas, dando maior volume e corpo ao som apresentado.

Além disso, as orquestras costumam tocar geralmente em teatros com boa acústica, o que também auxilia na percepção sonora pelo público. Portanto, neste caso, não é necessário lançar mão de amplificadores.

Grupos de câmara que tocam em auditórios de pequeno porte também não costumam amplificar seus instrumentos, assim como pianistas em recitais.

Em quaisquer dessas situações, temos uma música genuinamente acústica.

E você? Prefere a música executada com instrumentos elétricos ou acústicos? Aproveite abaixo o espaço para os comentários e conte para a gente! Até a próxima!



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