O Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros (OFAC) do Departamento do Tesouro dos Estados Unidos anunciou, na quarta-feira (18 de outubro), sanções contra dez membros proeminentes do grupo terrorista Hamas, assim como agentes e facilitadores financeiros associados em Gaza e em outras regiões, incluindo Sudão, Turquia, Argélia e Catar. Um dos indivíduos sancionados foi Ayman Nofal (Nofal), comandante sênior da ala militar do Hamas, conhecida como Brigadas Izz al-Din al-Qassim, que foi morto em um ataque aéreo direcionado ocorrido na terça-feira. Nofal desempenhava um papel crucial nas relações militares do Hamas e era membro do Conselho Militar Geral do grupo terrorista. Além disso, ele coordenava atividades com várias facções terroristas em ataques contra Israel.

Essas sanções visam agentes que gerenciam ativos na carteira secreta de investimentos do Hamas, um facilitador financeiro sediado no Catar com ligações estreitas ao regime iraniano, bem como um comandante-chave do Hamas e uma casa de câmbio virtual em Gaza, junto com seu operador.

O Departamento do Tesouro Dos Eua enfatizou que essas medidas são parte de um esforço contínuo para cortar as fontes de receita do Hamas na Cisjordânia, em Gaza e em toda a região, e estão sendo tomadas em estreita coordenação com parceiros e aliados regionais. Até o momento, o Tesouro dos EUA tomou medidas contra quase mil indivíduos e entidades ligadas ao terrorismo e ao financiamento do terrorismo pelo regime iraniano, incluindo o Hamas, o Hezbollah e outros grupos terroristas associados ao Irã na região.

A Secretária do Tesouro, Janet L. Yellen, declarou que os Estados Unidos estão agindo de forma rápida e decisiva para atingir os financiadores e facilitadores do Hamas após os recentes ataques brutais e injustificados contra civis israelenses, incluindo crianças. Ela assegurou que o Tesouro dos EUA tem uma longa história de interrupção eficaz do financiamento do terrorismo e está disposto a usar todas as ferramentas disponíveis para enfrentar o Hamas. Isso inclui a imposição de sanções e a cooperação com aliados e parceiros para rastrear, congelar e apreender quaisquer ativos relacionados ao Hamas sob suas jurisdições.

Essa ação é baseada na designação feita pela OFAC em maio de 2022, que incluiu funcionários e empresas envolvidos na gestão da carteira secreta de investimentos internacionais do Hamas, juntamente com dezenas de outras sanções impostas ao Hamas e suas redes desde a criação do Gabinete de Terrorismo e Inteligência Financeira do Tesouro em 2004.

Além dos fundos recebidos do Irã, o Hamas gera receitas substanciais por meio de sua carteira global de investimentos, que possui ativos estimados em centenas de milhões de dólares, envolvendo empresas no Sudão, Argélia, Turquia, Emirados Árabes Unidos e outros países. Essas empresas operam sob disfarces de negócios legítimos, enquanto os representantes tentam ocultar o controle do Hamas sobre esses ativos. Esta rede de investimento é dirigida pelos mais altos níveis de liderança do Hamas, permitindo que altos funcionários vivam em luxo enquanto os habitantes comuns de Gaza enfrentam condições de vida e econômicas extremamente difíceis.

É importante notar que tanto o Hamas quanto outros grupos terroristas palestinos, como a Jihad Islâmica Palestina (PIJ) e a Frente Popular para a Libertação da Palestina (FPLP), foram designados pelo Departamento de Estado dos Estados Unidos como Organizações Terroristas Estrangeiras desde outubro de 1997. Esses grupos também foram listados como Terroristas Globais Especialmente Designados (SDGTs) desde outubro de 2001, de acordo com o comunicado oficial.