A escalada das tensões entre Israel e grupos apoiados pelo Irã tem deixado a região à beira de uma guerra multifrontal. Na quarta-feira, milhares de israelenses no norte do país foram forçados a se abrigar em locais seguros devido a sirenes de ataque aéreo, revelando o temor generalizado na área. Embora tenha sido um alarme falso, as preocupações persistem. Enquanto Israel já está enfrentando o Hamas no sul, a possibilidade de um conflito adicional com o Hezbollah no Líbano está se tornando uma ameaça real.

O Hamas, apoiado pelo Irã, já causou a morte de mais de 1.200 israelenses desde o início deste episódio, marcando um dos períodos mais sangrentos na história de Israel. Relatos do Wall Street Journal, confirmados pelo Washington Post, indicam que o Irã financiou, treinou e equipou o Hamas, dando sua aprovação para essa operação há uma semana. Agora, há informações de que o Irã está pressionando o Hezbollah para atacar Israel a partir do Líbano, criando um cenário perigoso para Israel, envolvido numa possível guerra multifrontal contra duas organizações terroristas apoiadas pelo Irã.

O Hezbollah é uma força formidável com cerca de 100 mil combatentes, embora Israel acredite que o número seja menor. Muitos de seus membros ganharam experiência durante a última década, lutando na Síria. É também a organização não estatal mais bem armada do mundo, possuindo um arsenal impressionante de 150 mil foguetes no sul do Líbano, a maioria escondida sob estruturas civis. Este arsenal inclui centenas de mísseis guiados de precisão (PGM) capazes de atingir alvos com incrível precisão, a apenas 10 metros do ponto desejado.

O Irã tem sido um grande patrocinador do Hamas e do Hezbollah, fornecendo anualmente 100 milhões de dólares ao Hamas e 700 milhões de dólares ao Hezbollah, segundo o ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant. O Irã intensificou seus esforços, convocando repetidamente líderes do Hamas e do Hezbollah no ano passado, fortalecendo a cooperação para atacar Israel.

Com o alto investimento do Irã e os laços estreitos com o Hezbollah, é incerto por quanto tempo o grupo poderá resistir ao apelo de Teerã para se envolver totalmente no conflito em andamento. A situação permanece tensa e incerta, com a região à beira de uma crise potencialmente catastrófica.