Humberto Valdés Pedroso, de 65 anos, diabético, hipertenso e cardiopata, vive em condições deploráveis em Havana após ter sido submetido a uma Colostomia no Hospital Clínico Cirúrgico Joaquín Albarrán em maio de 2022.

Sem perna, morando sozinho em uma casa sem porta, cozinha ou banheiro, o engenheiro mecânico sobrevive com uma pensão de 1.543 pesos cubanos. O valor é insuficiente para comprar as bolsas coletoras para colostomia, que chegam a custar 2.000 pesos cada no mercado negro.

Sem acesso ao material adequado, Humberto improvisa bolsas com plástico e trapos, o que machuca e traz risco de infecção. Ele depende da ajuda de vizinhos, que por vezes lhe dão comida e água, além de contribuírem com doações eventuais de bolsas coletoras.

A precariedade no atendimento médico é reconhecida pelas autoridades de Cuba, que admitiram publicamente a falta crônica de medicamentos na rede pública. Humberto é apenas mais uma vítima da crise no sistema de saúde do país.

Sua situação veio à tona após a divulgação de um vídeo nas redes sociais, onde mostra a garrafa plástica que utiliza na colostomia por falta de acesso a bolsas coletoras adequadas. O caso expõe as agruras enfrentadas por doentes e deficientes em Cuba, abandonados à própria sorte pelo Estado.