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Topsoil: o impacto da saúde do solo nas práticas da construção

Frente às complexidades e incertezas decorrentes dos cenários futuros em construção, principalmente após a pandemia de 2020, é fundamental manter o foco na mitigação das mudanças climáticas, por meio de ações que visem reduzir os impactos no meio ambiente. Nesse contexto, técnicas e cuidados voltados ao Topsoil (solo superficial, em português) podem representar uma oportunidade para oferecer uma estratégia eficiente de emissões negativas de carbono, como apontado pelo recente relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC).

Enxergar o solo como um recurso natural limitado e ressignificá-lo como tal pode ser a porta para encontrar novos caminhos a fim de zerar e até mesmo gerar emissões negativas de carbono, promovendo a sustentabilidade no setor de construção.

O que é topsoil?

Topsoil é a camada superior do solo, que varia em espessura e composição, dependendo da região e das condições climáticas locais. É uma camada fértil e rica em Nutrientes, onde ocorre grande parte das atividades biológicas do solo, incluindo a decomposição de matéria orgânica, o crescimento de raízes de plantas e a atividade de microrganismos.

Sendo assim, integra uma parte importante do ecossistema terrestre, pois é onde se desenvolve toda a vegetação de um local. A perda do topsoil pode ocorrer devido a práticas inadequadas durante o tratamento do solo, seja no setor da construção, paisagismo ou agricultura, e pode ter consequências graves para a produção de Alimentos, além de afetar a saúde do ecossistema como um todo.

Para que serve o topsoil?

O topsoil é de extrema importância tanto para a natureza quanto para a sociedade, desempenhando um papel vital na produção de alimentos. Cerca de 95% dos alimentos do mundo são cultivados no topsoil, que contém todos os nutrientes necessários para o crescimento das plantas.

Esses nutrientes são provenientes da decomposição de matéria orgânica morta realizada por microorganismos presentes no solo, tornando-o um verdadeiro microbioma. Assim, o solo superficial retém nutrientes, absorve água e fornece às plantas um lugar para crescer e se desenvolver, enquanto também capturam carbono.

Por isso, adotar as práticas adequadas com o topsoil pode favorecer uma abordagem de redução de emissões, além de ser uma prática de conservação e restauração ambiental, já que é essencial para o sucesso do plantio de árvores e da proteção de ecossistemas naturais.

A Urba, empresa de loteamentos de alta qualidade da MRV&CO, por exemplo, já incorporou uma série de medidas em seus projetos visando a preservação dos solos e do meio ambiente. De acordo com o relatório de sustentabilidade da companhia, existe um aproveitamento de 100% do topsoil na execução dos projetos paisagísticos dos empreendimentos.

Por isso, com foco na resiliência ambiental, a Urba considera todo o valor do solo nos projetos para que seja possível promover a revegetação de áreas, bem como a preservação de parte dos indivíduos arbóreos nativos – para cada indivíduo suprimido, a Urba repõe em média 20 árvores de espécies nativas, sempre respeitando o bioma local. Neste sentido, o topsoil se apresenta como um componente chave para a manutenção da biodiversidade e produtividade dos ecossistemas terrestres.

A saúde do solo é um tema urgente

Nos últimos 150 anos, quase metade do solo mais produtivo do mundo desapareceu devido às práticas convencionais, colocando em risco, por exemplo, o rendimento das colheitas e contribuindo para a poluição da terra, o surgimento de zonas mortas e a erosão. Só nos Estados Unidos, o solo está sendo erodido dez vezes mais rapidamente do que pode ser reposto.

De acordo com a membro da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) Maria Helena Semedo, se a degradação do solo continuar no ritmo atual, o mundo pode enfrentar escassez de terra em aproximadamente 60 anos. A falta de topsoil terá um impacto significativo na capacidade da terra de filtrar a água, absorver carbono e produzir alimentos. Além disso, é provável que os alimentos cultivados em solos degradados sejam deficientes em nutrientes essenciais.

A preocupação com a saúde do solo está se intensificando, uma vez que a população mundial deve chegar a 9 bilhões de pessoas até 2050. Um solo insalubre não será capaz de alimentar e sustentar uma população mundial crescente.

Portanto, a importância de valorizar o topsoil é crucial e a construção civil, além de toda a sociedade, precisa compreender tal urgência. Se não o fizerem, segundo o cientista da Universidade de Missouri, Rob Myers, o mundo pode enfrentar uma catástrofe sem precedentes, já que o topsoil é fundamental para a manutenção da vida e sua importância não pode ser subestimada.

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