A adoção da Diretiva de Serviços de Pagamentos revista (PSD2) na União Europeia (EU) é considerada como maior catalisador da popularidade do conceito de open Banking. 

No mundo moderno, os serviços financeiros estão na ponta dos nossos dedos, e é por isso fácil perceber porque é que fatores como a inovação, eficiência e segurança são alguns dos maiores pilares desta indústria. 

A introdução da legislação de open banking equipou as companhias de serviços financeiros com as ferramentas necessárias para que pudessem perseguir a inovação. O constante jorrar de novas ideias, assim como a subsequente testagem e implementação, servem como alicerce fundamental para uma experiência de pagamentos superior. 

A adoção de novas formas de pagamentos foi, indiscutivelmente, acelerada pela pandemia da COVID-19, uma vez que esta forçou uma transformação comportamental dos consumidores como há décadas não existia. 

Pagamentos mais rápidos e simples, para todos

De uma forma geral, os pagamentos em open banking são seguros, simples e rápidos. Os seus benefícios não são específicos a uma indústria, já que podem auxiliar qualquer negócio que procure otimizar os seus processos de pagamentos. 

Com Isto em mente, julgamos ser razoável afirmar que existem alguns cenários onde os pagamentos em open banking podem provar-se especialmente benéficos. Isto é ainda mais verdade no caso de pagamentos onde é necessária imensa informação adicional. 

Ao utilizarem plataformas de open banking para processar pagamentos, as empresas podem facilmente enviar um link ou código QR aos seus clientes, com toda a informação necessária pré-preenchida. Isto reduz não só a possibilidade de erros, mas também as perdas de tempo.

O potencial para crescimento nos próximos anos é enorme, por isso será justo dizer que estamos apenas no início de uma viagem fascinante. 

Pagamentos seguros, clientes satisfeitos

As transações seguras são conseguidas, grosso modo, através da integração de conceitos como Autenticação Forte do Cliente (SCA), que permitem uma comunicação direta entre os consumidores e os seus bancos. Uma das maiores vantagens dos protocolos de segurança avançados como o SCA é a eliminação da devolução de pagamentos que terá de ser levada a cabo pelo comerciante sempre que for assinalado um caso de fraude ou pagamento rejeitado.

Mais ainda, os pagamentos operados sob a tutela do open banking abrem caminho para transferências de crédito em tempo real, acelerando um processo que pode ser extremamente frustrante para as partes envolvidas. 

A rápida adoção de serviços de processamento baseados na nuvem é outro dos objetivos do open banking. Isto é considerado essencial para o processo de descentralização e para cimentar o caminho para a inovação no setor de pagamentos. 

Em baixo, podes ficar a conhecer algumas das vantagens do processamento baseado em nuvem:

• Custos reduzidos
• Manutenção de conformidade facilitada
• Maior agilidade empresarial

A reinvenção dos modelos de pagamentos tradicionais

Os regulamentos de open banking obrigam as instituições financeiras tradicionais a partilhar os dados que recolhem com fornecedores independentes de serviços financeiros (TPPs). Isto faz com que os bancos sintam — hoje mais do que nunca — a necessidade de reinventar os seus modelos de negócios de pagamentos, investindo em portfólios de serviços mais abrangentes. 

Isto acontece não só porque a indústria está a caminhar para o futuro, mas também porque os consumidores estão a caminhar na mesma direção, exigindo soluções adequadas para os seus problemas do dia-a-dia. 

Algumas das aplicações práticas do conceito de open banking passam por permitir que o cliente aceda a todas as suas contas bancárias num só local — mesmo que as contas sejam de vários bancos diferentes. Isto demonstra que os produtos e serviços baseados em open banking adquirem mais valor à medida que mais bancos os adotam. 

Taxas de adoção mais elevadas ajudam também as empresas menos experientes a crescer e ganhar quota de mercado, já que mais dados é sinónimo de mais oportunidades para criar algo que possa efetivamente ajudar os consumidores. 

Afinal de contas, vamos ser honestos, se algo não ajuda a melhorar a vida das pessoas e a resolver os seus problemas, então estará condenado ao insucesso. 

Pagamentos em open banking: como potenciar o teu dinheiro

No que aos pagamentos diz respeito, o open banking pode trazer enormes benefícios, especialmente para as pequenas e médias empresas (PMEs). 

As interfaces de programação de aplicações (APIs) modernas ajudam a desbloquear fluxos de receita inexplorados, em áreas chave como:

• Agregação de contas
• Melhor gestão financeira
• Verificação de crédito facilitada
• Integração entre aplicações de empréstimos e contas

Mais do que multiplicar as receitas, o open banking coloca o foco no consumidor, aumentando a sua satisfação e reduzindo a fricção. Mas talvez mais importante, permite transações mais seguras, algo absolutamente vital na era digital. 

O futuro é risonho, e o entusiasmo crescente!

Os produtos open banking vão continuar a trajetória de crescimento nos próximos anos, ao mesmo ritmo que a adoção se vai tornando padrão. 

Apesar disto, algumas áreas de negócios vão, provavelmente, assistir a um desenvolvimento mais consistente. A digitalização de faturas, por exemplo, tem muito a beneficiar de soluções online que ajudam as empresas a aumentar a sua eficiência e produtividade. 

Isto, por sua vez, terá um impacto profundamente positivo no fluxo de caixa, graças à redução da burocracia e tempos de processamento. 

A União Europeia está ainda a preparar a introdução de sistemas de tributação eletrónicos, como forma de combater a fraude e evasão fiscal através da análise de dados de transações frequentes. Esta é mais uma área onde o open banking pode destacar-se como um poderoso aliado, capaz de promover maior justiça e transparência. 

As possibilidades são praticamente infinitas, mas, como sabemos, a um grande poder está associada enorme responsabilidade. A disrupção deixou de ser uma novidade, passando a perfilar-se como algo que é esperado à medida que consumidores e empresas se adaptam a uma nova era de literacia financeira.

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