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Entenda o que está por trás de onda de calor extremo que afeta o país

Termômetros na casa dos 40 ºC e avisos de baixa umidade colocam o país em alerta para o que está acontecendo com o clima

Créditos: Metropoles


Aline Massuca/Metropoles

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu alertas para altas temperaturas devido à Onda de Calor e ao risco de baixa umidade. Especialistas ouvidos pelo Metrópoles explicam que a condição atípica em meio à transição do inverno para a primavera acontece devido ao fenômeno climático El Niño e ao aquecimento global.

No último sábado (23/9), termômetros ultrapassaram a marca dos 40 ºC em diversos estados. A temperatura elevada coloca a população em alerta sobre as causas desse fenômeno e a sua possível recorrência.

Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), essas altas temperaturas devem continuar durante a primavera, que começou neste sábado. “O calor extremo que atingiu o país vai continuar na primavera. Não tão intenso quanto o que está ocorrendo agora, que estamos sob um bloqueio atmosférico que impede a chegada de frentes frias a algumas regiões”, explica Gilvan Sampaio, coordenador-geral de Ciências da Terra do Inpe.

O professor Gustavo Baptista, do Instituto de Geociências da Universidade de Brasília (UnB), explica que a onda de calor que começou no início da semana deve permanecer ao longo do fim de semana. Ele afirma que é necessário uma mudança de postura sobre como a população trata as alterações climáticas.

“Ela [onda de calor] deve se manter até o fim da semana, mas lembremos que estamos no fim do inverno e vivendo uma onda de calor. É importante uma mudança de postura”, reforça Baptista.

El Niño

O El Niño, responsável pelo aquecimento das águas do Oceano Pacífico, tem sido apontado como um dos principais responsáveis pelo agravamento dessa onda de calor no Brasil.

O fenômeno climático pode ser sentido de formas diferentes no Brasil. Na Região Sul, é responsável pelo aumento na frequência das chuvas. No Nordeste, ele intensifica a estiagem e deixa o tempo mais seco.

Igor Travassos, porta-voz do Greenpeace, esclarece que o El Niño é um fenômeno natural, mas que tem sido intensificado pela ação humana, e isso acaba gerando consequências desastrosas para toda a população.

“Se comparado o El Niño atual com o de décadas passadas, você vê como ele está mais intenso e a Terra, mais quente. Isso desregula a temperatura natural do planeta”, alerta Igor.

Aquecimento global

As mudanças climáticas também desempenham um papel importante na nova onda de calor que afeta o Brasil. A emissão de gases de efeito estufa tem aumentado a temperatura média do planeta e, por consequência, tornado eventos climáticos cada vez mais extremos.

“A destruição das florestas, dos biomas, também tem relação direta com as mudanças climáticas. São mecanismos naturais de absorção desses gases e, a partir do momento que a gente começa a destruir esses biomas, também destrói o mecanismo natural de controle da temperatura da Terra”, explica Igor Travassos

“A gente ainda cria bolhas de calor, que são territórios em que essa temperatura fica mais concentrada pela falta de circulação de vento, seja pelo alto índice de verticalização nos territórios, seja pela impermeabilização do solo por causa do asfalto, seja pela falta de áreas verdes nesses territórios”, completa o porta-voz do Greenpeace.

O professor da UnB Gustavo Baptista destaca que, além da emissão de gases por meio do desmatamento das florestas, o aquecimento global tem se intensificado por causa das atividades agropecuária e industrial e dos ambientes urbanos. Para ele, é necessário uma mudança na forma com que o mundo se relaciona com o meio ambiente.

“Ou mudamos nossa forma de nos relacionar com o ambiente ou isso será cada vez mais intenso. E ondas de calor geram perdas humanas, como já vimos na Europa”, ressalta o especialista.

Formas de se proteger do calor

O Ministério da Saúde alerta que a longa exposição ao Sol pode causar desidratação, insolação, cólicas, manchas avermelhadas na pele, inchaço em tornozelos, pés e mãos, entre outros riscos.

Para evitar riscos à saúde, o ministério indica:Evitar a exposição direta ao Sol, em especial, entre as 10h e as 16h;

Diminuir os esforços físicos e repousar frequentemente em locais à sombra, frescos e arejados;
Aumentar a ingestão de água ou de sucos de frutas naturais;

Oferecer água para recém-nascidos, crianças e idosos;

Evitar a entrada do calor. Se possível, feche cortinas e/ou janelas mais expostas ao calor e facilite a circulação do ar.



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