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Ranqueado - Terrence Malick


GUILHERME W. MACHADO

Dentre os cineastas mais inventivos da atualidade, Malick é outro daqueles autores polarizados entre fãs e haters, com a maioria dos cinéfilos – eu seguramente, embora atualmente já tenha me definido bem mais quanto a ele – transitando entre os dois grupos. Não sou, por exemplo, grande fã dos 3 últimos filmes dessa lista; tiro proveito deles, posso até dizer que gosto de Amor Pleno (2012). Os outros dois não é que considero como fracassos, são filmes interessantes, mas em comparação ao êxtase que o restante de seus títulos me provoca, ficam devendo. E com Malick, embora em todos seus trabalhos haja base para uma avaliação bem criteriosa, a experiência pessoal e subjetiva do espectador com cada filme conta muito, por conta da intimidade com a qual trabalha seu material.




Por muitos anos supervalorizado (pela desproporção de adulação com a qual construíram sua imagem), atualmente Malick é criminalmente subvalorizado. Boa porção da crítica e dos cinéfilos segue resistente à fluidez impressionante com a qual ele conduz seus filmes, que alternam (muitas vezes dentro de uma mesma obra) entre vanguardas conceitualistas e impressões emocionais poderosas, nas quais pouco ou nada importa a estrutura narrativa, nem certos conceitos tradicionais de storytelling (como clímax, ou plot twist), mas sim a captação de momentos singulares e que falam mais por expressão sensorial do que por lógica discursiva, nem por isso sendo menos eloquentes.

De qualquer forma, Malick é um cineasta com talento único para imagens. E, por mais que ele esteja entre os cineastas com melhor representação imagética da sociedade contemporânea – que o filósofo polonês Zygmunt Bauman cunhava de "modernidade líquida" – pela sua filmografia da última década, seus primeiros filmes dos anos 70 já apresentavam o olho aguçado do autor. Sua parceria com o fenomenal diretor de fotografia Emmanuel Lubezki, que vem desde Novo Mundo (2005) até seus últimos trabalhos, resulta em filmes modernos, arrojados, que entendem o poder evocativo de suas imagens e contam suas histórias principalmente através delas. Eles propõem um fluxo cuidadosamente ritmado de estímulos visuais que, quando atingem o espectador, o colocam num estado de alta contemplação. Essa contemplação parte do visual, mas estende-se para as reflexões temáticas propostas pelo autor, geralmente relacionadas a questões da contemporaneidade, como a fugacidade dos relacionamentos, a interação do indivíduo com a sociedade, a relação homem/espaço-urbano, efeitos do mundo globalizado, esse tipo de coisa...



08. Terra de Ninguém (1973)


07. Árvore da Vida (2011)


06. Amor Pleno (2012)


05. O Cavaleiro de Copas (2015)


04. Além da Linha Vermelha (1998)


03. Cinzas do Paraíso (1978)


02. De Canção em Canção (2017)


01. O Novo Mundo (2005)


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