"É aqui que eu amo É aqui que eu quero ficar, pois não há á á! Lugar melhor que BH.." Os versos, de Cesar Menotti e Fabiano conseguem tocar meu coração. E lá dentro, bem no fundo está Belo Horizonte. A cidade me lembra minha juventude, muitas guerras a lutar e muitos sonhos por realizar.
Bem próxima de onde eu morava, nos anos 80, BH era minha válvula de escape . Um final de semana bastava, para dar um giro pelas múltiplas opções culturais que a Cidade já oferecia naquele tempo. Hoje, mais moderna e muito mais populosa, continua sendo meu sonho de consumo. E quem discordar, pode simplesmente ir visitá-la e ver com seus próprios olhos o esplendor da cidade.
Belo Horizonte tem pouco mais de 100 anos e já é o quarto maior PIB do Brasil. Com cerca de 2 milhões e meio de habitantes, a cidade oferece ao turista uma vasta gama de opções de hospedagem, sendo considerado um dos maiores parques hoteleiros do país. Mas faça sempre sua reserva, pois o mercado de turismo de negócios cresce a cada dia, e os eventos pipocam pela cidade. Bem instalado, é hora de fazer um reconhecimento.
Sempre que viajo, gosto primeiro de conhecer as redondezas a pé, me situar e aproveitar o máximo do que está por perto, tomando as devidas precauções quanto à segurança. Andar no centro a pé é uma boa pedida, com suas avenidas largas e modernas, igrejas antigas e muitas praças.
Um giro no Parque Municipal é relaxante e ideal para quem gosta de praticar exercícios físicos.
Em dias de domingo, a Av. Afonso Pena vira uma festa. É dia de feira, mas não é uma feira qualquer. É simplesmente a maior feira da América Latina. Bem organizada por setores, o turista pode comprar de tudo, inclusive obras de arte. A feira conta com ampla área de alimentação, com quitutes mineiros e de outros estados também.
Ainda no centro, vale a pena uma esticada até o mercado central. Hum! que delícia! Queijos artesanais, canastra, coalho, cabacinha, iguarias que só Minas tem. E a goiabada cremosa, ai! Quem aprecia a cervejinha gelada, tem que provar o delicioso fígado acebolado com jiló na chapa. A iguaria já virou tradição e o único bar que a serve fica lotado.
Bem, depois do mercado, se sobrar disposição, podemos conhecer os pontos turísticos clássicos da cidade. Não necessariamente nesta ordem, mas são todos imperdíveis.
Pampulha – Ali podemos apreciar a arquitetura da Igreja São Francisco de Assis, o Museu de Arte, a Casa do baile e o Iate Tenis Clube. Todos fazem parte do conjunto arquitetônico idealizado por Oscar Niemeyer, no governo de Juscelino Kubitschek, e ficam localizados ao redor da lagoa, importante cartão postal da cidade.
Mangabeiras – à tardinha, por volta das 4 horas, suba a Afonso Pena a tempo de ver um grande espetáculo. A vista fantástica da cidade e os últimos raios de sol sumindo ao longe. No entorno, o Parque das Mangabeiras, a Praça do Papa e a Rua do Amendoim são visitas obrigatórias.
Praça da Liberdade- Centro do poder na capital mineira, a praça abriga o palácio do Governo e suas secretarias. O estilo arquitetônico vai do neoclássico, passando pela art déco além de construções modernas e pós-modernas. A praça, durante muito tempo era palco da feira "hippie". Hoje, devido ao tamanho alcançado ela foi transferida para a Av. Afonso Pena.
Savassi - Um dos pontos mais badalados da capital, procurado por turistas de todas as idades. O nome se deve a um padeiro italiano Amilcare Savassi. Sua padaria ficou famosa e passou a ser a referencia da praça. O local é um ícone da efervescência cultural mineira, repleto de bares, cafés, restaurantes e boates. Para todos os gostos!
Centro - Belo Horizonte se destaca como pólo de moda no cenário nacional, pela sua dimensão, diversidade e criatividade. No estado existem cerca de 8500 indústrias só do setor de vestuário. Já pensou? Vamos direto às compras! E o Centro é o lugar ideal para elas. Muitos Shoppings, centros comerciais, pólos de confecções e artesanatos, feiras e muito mais.
Muito mais mesmo, porque Belo Horizonte tem também pão de queijo, feijão tropeiro, costelinha, frango ao molho pardo, lombo com tutu. Gastronomia da melhor qualidade, e tudo regado a boa música mineira. Sim porque a produção artística e cultural é uma marca registrada de Minas. E nomes como Milton Nascimento, Fernando Brant, Beto Guedes, entre outros, são reconhecidos internacionalmente, e elevam o nível da MPB. E os mais recentes como Skank, Pato Fu, Sepultura, Jota Quest, lotam os diversos centros culturais espalhados pela cidade, como Chevrolet Hall, Palácio das Artes, MinasCentro, Mineirinho, entre outros.
E se o seu negócio é diversão e cultura, você ainda tem Festival Internacional de Teatro, Salão do Livro, Festival Internacional de Arte Negra, Festival Internacional de Quadrinhos, Salão Nacional de Arte, Festival Internacional de Dança, Festival Internacional de Circo, Festival Internacional de Bonecos. Uma agenda cheia de opções numa cidade moderna e democrática.
Esta é a BH que eu também amo!
