Para iniciarmos bem este tópico, torna-se necessário voltar até mesmo antes da criação. Satanás (do hebraico Satan) que significa adversário, foi um dos anjos querubins mais belos e perfeitos das criações celestiais, que porventura veio a se rebelar e mostrar iniqüidade, o que consequentemente provocou sua queda do reino dos céus (em fogo tornando-se cinza sobre a terra) trazendo consigo terça parte dos céus (como pode ser visto em Ez 28, 12-19 e Ap 12,4-12).
Alguns judeus desconsideram a referência de Isaías 14, 12-14 como sendo ao próprio inimigo, e sim aplicada aos excessos de um rei da babilônia “...como caíste do céu, ó estrela da manhã (este é o significa da palavra Lúcifer = em latim Lux fero), filha da alva! Como foste lançado por terra, tu que debilitava nações! Tu dizia no teu coração: Eu subirei ao céu; acima das estrelas de Deus exaltarei meu trono; no monte da congregação me assentarei, nas extremidades do norte.Subirei acima das mais altas nuvens; serei semelhante ao Altíssimo...”. Entendemos que esta citação é referencial, ou seja, ela é endereçada a um governante que desagrada os olhos de Deus, e que o profeta Isaías utiliza do recurso literário endereçado ao próprio governante, para comparar e fazer referência ao acontecimento celestial outrora decretado, uma vez que, uma não elimina a outra.
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