Esses dias estava procurando um propósito sobre o que deveria fazer nessa vida. Eu meditava todos os dias, mas não conseguia obter uma resposta que me convencia.
Quando eu era criança, achava que não era dessa planeta, sentia-me diferente das outras pessoas. Pode ser por causa da minha sensibilidade espiritual.
Percebi que esse pensamento alimentou meu egoísmo e custou a mim reconhecer que a sensibilidade espiritual não é nada de mais. Tentei ignorar a minha sensibilidade, mas voltei ao caminho de busca da luz.
Sobre o propósito, achei que devia fazer algo para ajudar as pessoas espiritualmente mesmo estando ainda na busca.
Mas hoje, durante a meditação, percebi que o propósito dessa minha vida é me melhorar e me evoluir. A Terra é uma grande escola para nós. O que muitas pessoas já falaram, (claro, já li que muita gente fala assim) consegui realmente sentir.
A ajuda poderia ser diretamente, no meu caso poderia fazer reiki ou enviar energia para outras pessoas, mas existe a ajuda indireta: Ao se evoluir, você será um farol, um catalizador. As pessoas ao seu redor começam a se mudar. Mesmo que não mude, poderá transmitir felicidade e amor.
No final da meditação ainda senti algo relacionado ao meu trabalho atual. Senti que meu trabalho atual (advocacia) é um exemplo de falta de amor, fundada no medo das pessoas, e você tem que escolher um lado (ou um medo) para defender.
Esse sentimento de desamor já me incomodou profundamente a ponto de pensar em mudar de profissão. Mas vi que preciso aprender a lidar com o medo e com o desamor. Por isso, meu trabalho atual não deixa de ser um desafio e uma oportunidade de crescimento para mim.
Assim, vou receber com o peito aberto essa oportunidade de crescimento, ainda que a princípio haja dor ou insatisfação dentro de mim. Melhor, vou curar essa dor e essa insatisfação dentro de mim, que é a insatisfação com o desamor, com o medo e com o mundo do medo.