“Nunca subiu navalha à minha cabeça, porque sou Nazireu de Deus desde o ventre de minha mãe”. (Jz 16.17)

Chantagem, normalmente, é o processo em que o chantagista faz com que o chantageado faça algo que ele por meio do medo, para não revelar algo a respeito e que seja comprometedor, receba ameaças por força repugnante. Sansão era Nazireu, escolhido por Deus para ser o libertador do povo de Israel das mãos dos filisteus. Através do Espírito Santo de Deus, Sansão possuía uma força sobrenatural. Por ambíguo que possa parecer, “O Deus Oculto estava Presente, ou, o Deus Presente estava oculto na vida de Sansão. “Oculto” por ser Espírito Onipotente, Onipresente e Onisciente, pois,  “Deus é Espírito, e importa que seus adoradores O adorem em Espírito e em Verdade”. (Jo 4.24)

Sansão, como representante do Espírito Santo na Terra, começou uma trajetória de mentiras. O Deus que Sansão pregava, que ele anunciava, o Deus Verdadeiro, Aquele que fizera a “Força Espiritual” em seu corpo físico, ocultamente se retirou, e oculto por não poder ser visto, Sansão ainda achava que tinha a Força do Espírito Santo. “Deus trará à plena luz as coisas ocultas das trevas” (1 Co 4.5) O ponto fraco de um homem forte foi uma mulher chamada Dalila. Dalila, de forma sutil e sedutora, se movimenta em volta de Sansão, só para, no momento certo, poder dar o bote fatal atingindo mortalmente o seu ponto mais fraco, o sexo. Então, Dalila usa de “chantagem emocional” para convencer Sansão a lhe contar o seu segredo e,  Sansão, sem força espiritual para resistir os encantos de Dalila, descobre-lhe o coração.“E descobriu-lhe todo o seu coração, e disse: Nunca subiu navalha à minha cabeça, porque sou Nazireu de Deus desde o ventre de minha mãe.“Tu, porém, quando orares, entra no teu quarto e, fechada a porta, orarás a Teu Pai, que vê em “Secreto”, te recompensará”. (Mt 6.6)

Sansão destaca-se entre os Juízes de Israel pela maneira incomum com que foi usado pelo Espírito Santo de Deus, através de sua força. Sansão nasceu de uma promessa divina e, desde então foi separado para uso do SENHOR, o Verdadeiro sentido da Santidade. Entretanto, os inimigos se aproveitaram de uma situação de fraqueza, e negociaram com Dalila com o intuito dela obter vantagens econômicas. A maliciosa ou malandra, sem necessariamente estar relacionada com o ato de roubar, usa o processo em que uma pessoa, “chantagista”, faz com que outra, “chantageado”, faça algo que não possa ser revelado, um segredo que possa ser comprometedor. Quando alguém tenta o seu melhor e falha, as mentiras de Sansão, seduzido pelo seu ponto fraco, o fez um Gigante caído. Dalila fez com que Sansão dormisse no seu colo. Em seguida chamou um homem, e ele cortou as sete tranças de Sansão. Os filisteus o pegaram e furaram os seus olhos levando-o prisioneiro, virando um moinho. “Porque não há nada oculto que não venha a ser revelado, e nada escondido que não venha a ser conhecido e trazido à Luz”. (Lc 8.17)

A percepção do oculto consiste, não em acessar fatos concretos e mensuráveis, mas trabalhar com a Mente do próprio SENHOR Deus, referindo-se ao treinamento da Força na fraqueza, e por mais habilidade que alguém tenha em esconder a sua fraqueza, diante do SENHOR Deus nada fica escondido. Sansão deu brecha para a ação do mal. Existem diversas formas na qual as pessoas são “contaminadas” pelas forças maligna. Acabam entrando no território do inimigo recebendo ataques direto sobre a própria pessoa, e por vezes, uma influência em toda a sua família. O apóstolo Paulo diz o que deve ocupar os pensamentos…”Tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama… No final do versículo ele acrescenta… se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso Pensai”. (Fp 4.8) No final de uma trajetória de humilhação, Sansão procede mantendo-se limpo e puro diante do Espírito do SENHOR Deus, e diz: “Que eu morra com os filisteus”. Assim, Sansão acabou com a raça de víboras que imperava sobre Israel.”Se confessarmos os nossos pecados, Ele é Fiel e Justo para perdoar os nossos pecados e nos purificar de toda Injustiça”. (1 Jo 1.9)

NO Novo Testamento, foi no Pretório de Pôncio Pilatos que o SENHOR Jesus foi julgado e condenado à morte. Sendo o Pretório um tribunal romano e, por extensão, gentio, os judeus não quiseram nele penetrar, para não se contaminarem, uma vez que estavam às vésperas da Páscoa.Na Terra sempre ocorreram essas “incongruências”, muitos homens se julgam puros. O sumo sacerdote desse mesmo povo, que advertia os discípulos do Mestre para que não comessem pão sem lavar as mãos, porque assim se contaminavam, não hesitou em contaminar suas próprias mãos . Essas mesmas mãos, que eles julgavam purificadas por serem lavadas antes do ato de comer pão, estavam sempre prontas para atirar pedras contra aqueles que eles julgavam pecadores. Dotados de um coração cheio de ervas daninhas, efetuaram a prisão do Mestre, levando-O manietado perante Anás e Caifás.

Posteriormente, o SENHOR Jesus Cristo foi levado à Presença de Pôncio Pilatos, no Pretório de Jerusalém. Tenham eles percebidos ou não, o Preso era Quem viera para cumprir a Páscoa.”Então os judeus levaram Jesus da casa de Caifás para o Pretório. E já estava amanhecendo. Mas eles não entraram no Pretório, para evitar a “Contaminação Cerimonial”, pois desejaram comer a Páscoa”. (Jo 18.28) A palavra “Contaminação quer dizer “infeccionar por contato”, “contagiar”, “corromper”, “viciar”. Na língua grega significa manchar, poluir, sujar.  No mundo atual é cada vez mais difícil esconder alguma coisa do grande público. Por mais habilidade que alguém tenha em esconder o seu erro, virá o momento em que tudo aquilo que foi feito às escuras será revelado à plena Luz. O que permanece escondido aos olhos do homem, não ficará aos Olhos de Deus. “Tudo é puro para os que são puros, mas para os corrompidos e incrédulos nada é puro; antes tanto a sua mente como a sua consciência estão contaminados”. (Tt 1.15)

“REV@:MÔNICA DRUZIAN”

Ref:

Dicionário Michaelis UOL,T

Bíblia Online