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O Batismo do Vazio



A Sociedade do Conhecimento, dizem uns. A Sociedade do Vazio dizem outros.

Despida de sentimentos e cheia de saber. Sábia e fria. O mundo não é como se pinta. Não é como se pinta e é por isso que temos de o pintar com as cores do coração. As cores do coração são verdadeiras, quentes e sinceras, sem efeitos ou atributos além da natureza de que somos feitos.

Deixámos de viver os momentos pelos momentos, mas pelo efeito que os momentos têm em nós. Removemos a existência e naturalidade. Vivemos na época da previsão da estatística da falta de espontaneidade. Sorrimos sobre a possibilidade da câmara de TV.

Queremos ser vistos, ser ouvidos, ser os primeiros, os maiores, os que têm razão. Aqueles que aparecem e as portas se abrem. Nós que somos filhos do Batismo do vazio. Seres que vivem para a impressão da importância que têm de si mesmos.

Onde deixámos a luz? onde ficou o calor que nos dizia humanos? No mesmo sítio, onde apanhámos o fingimento e a inveja. Moldamos palavras como armas e redes, prontas a apanhar os ingénuos da vida. Queremos...queremos....queremos....eu....eu....eu.

Somos o único objectivo e o fim de todas as nossas acções.


Imagem em: https://pixabay.com




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