Get Even More Visitors To Your Blog, Upgrade To A Business Listing >>

Não são (só) os avós que estragam com mimos

Spoiler alert: Este post contém reflexões sérias, publicidade descarada e uma boa dose de mimalhice.

 

O meu sobrinho emprestado (que na verdade é sobrinho do Moço) é viciadão no tablet. Não tem ainda dois anos e navega pelo Youtube (go Panda) e pelos seus jogos favoritos como um ás. Isto tem uma componente muito gira de o ver tão desenrascado e outra muito feia de uma criança tão pequena já estar tão agarrada à tecnologia. Ele também gosta de folhear livros (às vezes fica mesmo com as folhas na mão) e brincar com legos e pescar peixinhos com íman e tocar no xilofone e toda uma panóplia de coisas que não envolvem estar agarrado ao ecrã, atenção. Mas na hora da birra é o tablet que o sossega. Eu sinto-me muito dividida com isto (ele devia ou não mexer no tablet? O tablet devia ou não ser arma de chantagem e objeto de recompensa ou castigo?) mas não me atrevo a julgar, que não sou mãe - e os pais em geral já têm demasiada gente a julgá-los. Não se coíbam, no entanto, de deixar a vossa opinadela em baixo.

 

Mas se há coisa que me faz doer o coração é o pimpolho usar um tablet que na verdade é o iPad do pai. Ora eu não uso iCoisas mas sei o que elas custam e só de o ver a pegar no bicho, com as suas mãozinhas gingonas antevejo logo mil desgraças. Já para não falar das asneiras que ele faz a denunciar vídeos sem querer ou a clicar para comprar jogos da Apple Store (nunca compra, porque tem de pôr o pin, mas dêem-lhe mais um bocadinho a ver se ele não o aprende também).

E depois há a coisa que me faz derreter o coração que é ele chamar a tia (eu! eu!) para se sentar ao pé dele a ver os vídeos (já sou pró em músicas do Panda, da Xana Toc Toc, Heidi, Abelha Maia, até Sónia Araújo, só não nos chegamos ao Avô Cantigas que o pequeno tem medo!) ou pedir-me para o ajudar nos jogos de puzzles de animais.

 

 

Por isso não resisti, assim que o vi no shopping Odisseias, a mandar vir cá para casa este tablet especial para crianças para depois oferecer ao catraio. Tem na mesma ligação à net, tem uma série de aplicações já pensadas para a pequenada, tem Youtube (e Youtube Kids, já com vídeos selecionados para a criançada), tem uma capa de silicone boa para agarrarem (e mandarem ao chão) e o Kidoz que é um software pensado para os mais novos. Confesso que o que me venceu foi a ideia de mimar o miúdo mais giro do planeta Terra, que fica de beicinho quando os tios têm de ir embora, mas também fico mais descansada se souber que ele pode mexer nos vídeos e nos jogos que gosta sem pôr em risco um "brinquedo" tão caro como um iPad.

E agora? Fiz bem ou estou a alimentar ainda mais um vício que devia ser travado? 
E a minha sogra, avó do gaiato? Vai ficar contente pelo neto ou vai-me rogar pragas por ter sido eu a mimá-lo desta maneira?

Pr'ó diabo com as questões: estou é ansiosa por lho dar e ser a pessoa favorita dele. 


Disclaimer: Nenhum animal (de peluche) foi magoado no decorrer da composição deste post. Uma nota de agradecimento ao Gerevásio por ter servido de show girl para mostrar o tablet às pessoas. O post não foi escrito em parceria com ninguém, porque eu sei escrever sozinha.

 



This post first appeared on Maria Das Palavras, please read the originial post: here

Share the post

Não são (só) os avós que estragam com mimos

×

Subscribe to Maria Das Palavras

Get updates delivered right to your inbox!

Thank you for your subscription

×