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NOS EMBALOS DA COPA

Nos embalos da copa, enquanta a redondinha rolava nos gramados da África do Sul, aqui, quase do outro lado do mundo, montava-se um cenário tétrico, envolvendo uma personagem também ligada ao mundo da bola Refiro-me ao ex-goleiro do Flamengo, por nome Bruno, promessa brasileira para a copa de 2014.

 

A situação está ainda muito confusa, porém, os traços que marcam esse quadro de horror são o envolvimento dele com uma jovem, apesar de ele ser casado, o fato de esse envolvimento ter trazido a esse mundo uma criança e da qual ele é, supostamente, o pai e o fato de a mãe dessa criança estar desaparecida desde o início de junho e ele, Bruno, estar envolvido nesse desaparecimento. Desse angu de caroço em que o caso está se transformando, duas coisas emergem mostrando toda a hediondez da situação. Pela estória contada pelos envolvidos, Bruno estava se tentando se livrar da mocinha, já que ela estava lhe causando problemas. Pelo noticiário da imprensa falada, vista e escrita, Bruno tem alguma em haver com esse desaparecimento. Pelos relatos, parece que ele pediu a um grupo de amigos que resolvessem o problema.  Esse grupo, então, concluiu que para resolver o problema teriam que eliminar a sua causa, ou seja, matar a mocinha. E isso foi feito com requintes de crueldade que fariam o Vincent Price o Zé do Caixão voltarem correndo pro colo da mamãe. Imagine vocês, pois não é que, depois de executarem o pedido de Bruno, tiveram o sangue frio de esquartejar e desossar a mocinha? E,. como se isso não fosse suficente, atiraram pedaços de seu corpo para saciar a fome dos oito ou dez cães que tomavam conta do sítio, onde essa barbaridade foi perpetrada! E o que é pior - a confiar nos relatos da imprensa, tem-se a sensação de que nenhum dos participantes, em momento algum, hesitou em cometer essa atrocidade, questionou o mérito do pedido que lhes fora feito. Meus Deus, socorro, o que está acontecendo a esses seus filhos? O que fizemos? Porque nos abandonaste? Custa imaginar que pessoas desse tipo pertençam ao grupo que convencionamos denominar de humanos.

 

Durante a copa, me recordo de ter lido em algum jornal, que, na copa de 1958, quando então Pelé tinha só dezoito anos, um fato chamara a atenção do autor do artigo - numa das partidas, não me lembro porquê, o garoto Pelé, muito assustado e angustiado com a pressão da partida, procurara conforto no ombro do goleiro Gilmar, bem mais velho que ele (Pelé). Segundo o autor do artigo, ali, no meio daquela pressão e tensão, Pelé vira em Gilmar uma âncora onde agarrar e sobreviver até que a tempestade emocional que rugia dentro de si, fosse embora. Penso - nos dias de hoje, a quem Pelé recorreria? Lembro de ter feito pergunta semelhante, num post deste blog, há muito tempo. E lembro que a resposta foi uma só - ninguém, - Pelé não recorreria a ninguém, pois não há ninguém a quem recorrer. Vivemos numa época sem ídolos que valham a pena ser venerados, sem heróis que valham a pena ser imitados, sem exemplos que possam ser seguidos.

 

Meu Deus, que fizemos, porque nos abandonaste? Cristo, Jesus, Moisés, Buda, Alah, Xangô, Tupã, Manitu digam - quem são os heróis e ídolos da modernidade? Onde estão? Onde estão - precisamos, desesperadamente, do conforto e do auxílio deles. Sim, precisamos do auxílio deles, para evitar que cada vez mais e mais pelés se transformem em brunos.



 




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