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Off-Review #1 - R40 Tour (Rush) - Setlist comentada.


A tão esperada turnê de 40 anos do Rush finalmente teve início no dia 8 de Maio, na cidade de Tulsa no estado de Oklahoma. A turnê já passou por quatro cidades além de Tulsa, e já tem datas marcadas até o dia 1 de Agosto. Por enquanto ainda não foram divulgadas datas fora da América do Norte, mas os fãs sempre têm esperanças e, de acordo com rumores, a Banda passará pela América do Sul e pela Europa no começo de 2016. Tudo o que nos resta é esperar.
  Mas, enquanto não podemos prestigiar esse espetáculo de perto, vamos acompanhando as transmissões dos shows feitas por alguns fãs muito solidários e, é claro, as postagens das setlists. O set da R40 Tour trouxe muitas surpresas agradáveis aos fãs, com algumas música que não são executadas a muito tempo. Nessa turnê, a banda está trabalhando com um conceito novo, onde tocam músicas de todas as suas fases, partindo da mais atual para a mais antiga. Dito isso, vamos analisar cada música que foi tocada pela banda até o atual momento (ou seja, músicas que forram anunciadas aqui como não tocadas já poderão ter sido tocadas dependendo da época em que você estiver lendo). Vamos lá:


PRIMEIRO SET:

1) Clockwork Angels / The Anarchist

 As três primeiras músicas do set são dedicadas ao último lançamento da banda, "Clockwork Angels", que contou com uma turnê muito bem sucedida que acabou em 2013. Em Tulsa, na noite de abertura, a Faixa-título foi a escolhida para abrir a apresentação. Uma escolha muito bem pensada, se levada em consideração a intensidade que a música traz. Porém, nos shows subsequentes, ela deu lugar a "The Anarchist",quarta faixa do álbum. Apesar de não ser tão intensa quanto "Clockwork Angels", traz uma dinamicidade incrível e também é uma ótima escolha para abrir o set. Ambas as músicas contaram com vídeos próprios, que remeteram a atmosfera steampunk que foi trazida nas turnês "Time Machine" e "Clockwork Angels". Ótimas músicas, que realmente deram ao espectador uma noção do que estava por vir.


2) The Wreckers

Na segunda noite de show, os fãs foram novamente surpreendidos com "The Wreckers", oitava faixa de "Clockwork Angels". A música já não é tão intensa e tão dinâmica quanto as outras duas, é mais melódica e sentimental. Mas, não deixa de ser uma boa escolha para o set, visto que foi um dos maiores sucessos do álbum.

Nota: No dia 8 de Maio, a segunda faixa foi "The Anarchist" e no dia 12 de Maio, foi "Clockwork Angels". Em amabas as noites, "The Wreckers" não foi executada.

3) Headlong Flight

A terceira e última faixa de "Clockwork Angels" foi "Headlong Flight". Dinâmica e intensa e com uma grande riff de baixo realizado pela grande Geddy Lee,  e,, ela ainda traz uma grande energia e emoção a plateia. Vale lembrar que Geddy utilizou o seu Fender Jazz Bass em todas as músicas de "Clockwork Angels". Em "Headlong Flight", ele utilizou o modelo Custom Shop seafoam verde, que já havia sido mostrado por ele em duas fotos publicadas no facebook.

4) Far Cry

Terminada a sessão "Clockwork Angels", agora é hora de visitar "Snakes & Arrows", lançado em 2007. "Far Cry" é a música de abertura e foi a escolhida para começar essa parte do show. É recorrente em todas as setlists da banda desde a "Snakes & Arrows Tour", e isso se deve a um motivo: "Far Cry" é, ao mesmo tempo melódica e intensa, e mescla muito bem as parte pesadas com partes leves. Isso sem falar no show de pirotecnia que acontece no palco após o segundo refrão, que leva a plateia a loucura sempre que é executado. 

5) The Main Monkey Business

A primeira grande surpresa do setlist foi sem dúvida a sétima faixa de Snakes & Arrows e segundo maior instrumental da banda. "The Main Monkey Business" foi uma surpresa um tanto agradável, tanto para aqueles que estavam assistindo ao vivo como para aqueles que estavam acompanhando via streaming (como este que vos fala). Juntamente com "Hope" e "Malignant Narcissism", essa música é um dos instrumentais de Snakes & Arrows e é tida pela maioria dos fãs não só como o melhor instrumental, mas como a a melhor faixa do álbum.

6) One Little Victory / How It Is

Como já era esperado, a banda não apresentou nenhum dos covers que foram gravados no álbum "Feedback", de 2004. Em vez disso, foram direto à "Vapor Trails". Esse álbum marcou a volta da banda ao estúdio depois de um longo hiato que se deu devido à trágica morte precoce da filha e da esposa de Neil Peart. Nos dias 8 e 12, a música escolhia para representar o disco foi "One Little Victory", a faixa de abertura. Com uma intensa entrada de bateria e guitarra, a música fez um enorme sucesso quando foi lançada, especialmente nos shows ao vivo. Dessa vez não foi diferente e a plateia enlouqueceu logo nos primeiros acordes. Geddy utilizou um baixo Gibson Thunderbird II para a execução dessa faixa, quebrando assim o seu costume de apenas utilizar baixos Fender. "How It Is" é a grande surpresa da turnê até agora, visto que ela nunca havia sido executada ao vivo pela banda antes. Apesar de não ser uma das mais conhecidas de "Vapor Trails", a faixa é bem querida entre os fãs e deixou muitos emocionados ao ser executada. Foi tocada em Lincoln (10/05) e Austin (16/05).


7) Animate

Para a tristeza de alguns fãs (incluindo este que vos fala), a banda ainda não apresentou nenhuma faixa do disco "Test For Echo", lançado em 1996, logo antes da morte da filha de Neil. Mas, não deixaram a desejar quando executaram "Animate", faixa de abertura do álbum "Counterparts", de 1993. Neil já disse que "Animate" é uma de suas faixas favoritas da banda, pois representa um de seus maiores momentos como baterista. E realemente, seus arranjos de bateria são notáveis nesse faixa, com destaque para o riff inicial. "Animate" foi executada pela primeira vez desde a R30 Tour de 2004. Um


8) Roll The Bones

Uma das músicas mais esperadas do setlist (pelo menos por mim) é Roll The Bones, terceira faixa do álbum de mesmo título, que foi lançado em 1991. "Roll The Bones" foi o álbum que marcou a saída da era dos sintetizadores, algo que estava mudando o estilo da banda drasticamente. Apesar de ainda estarem presentes, os sintetizadores em "Roll The Bones" são muito mais modestos, e percebe-se uma maior presença das guitarras. A faixa título é um momento particularmente singular dentro do contexto do álbum, visto que ela conta com uma parte de RAP, que foi executada com o vídeo de algumas celebridades ao fundo na R40. E foi essa característica que deixou muitos fãs desapontados com a banda, acusando-a de ter se vendido, Polêmicas à parte, a música foi muito bem recebida pelo público da R40 e foi executada nas três noites.


9) Distant Early Warning / Between The Wheels

Outra decepção para alguns fãs: A banda também não executou nenhuma faixa dos álbuns "Presto", Hold Your Fire" e "Power Windows" ( Nota: "The Big Money" já foi confirmada como parte do set, mas não foi tocada ainda). Foram direto ao clássico "Grace Under Pressure", de 1984. O álbum se situa em um momento em que  a banda estava começando a desenvolver o uso dos teclados, e isso é evidente na maioria das músicas, com "Red Sector A". E nada melhor para representar esse disco tão importante para a carreira da banda do que "Distant Early Warning", que foi executada nos dias 8 e 12. A faixa fez muito sucesso quando lançada e esteve presente na maioria das setlists da banda até a "Snakes & Arrows Tour". "Between The Wheels" foi outra grande surpresa do set. É uma das melhores e mais subestimadas do álbum e havia sido executada pela última vez em 2008. Trouxe uma sensação muito boa para os ouvintes e nos deixou ainda mais ansiosos para saber quais surpresas ainda estão por vir.

10) Subdivisions

"Signals" foi o álbum que começou a introduzir arranjos de teclado mais presentes e desenvolvidos. Também foi ele que nos apresentou a clássica "Subdivisions", um dos maiores sucessos do Rush e escolha óbvia para integrar o setlist da R40. É simplesmente impossível para um fã conter a animação ao ouvir os primeiros acordes da introdução. Está presente em todas as setlists da banda desde a R30 Tour, ou seja, há 11 anos. Perfeita para encerrar o primeiro set deixando aquele "gostinho de quero mais".





SEGUNDO SET :

11) Tom Sawyer

Finalmente chegara a hora de visitar "Moving Pictures", álbum mais famoso e bem sucedido da banda. E, é claro que "Tom Sawyer" não podia ficar de fora,afinal, é o maior clássico de todaa a carreira do Rush. Apesar de estar presente em todas as setlists desde a época em que foi lançada, na década de  1980, é impressionante como os fãs veteranos esboçam a mesma alegria e felicidade quando ouvem a música. Na R40, a música foi anunciada pelo mesmo vídeo da "Snakes & Arrows Tour", uma animação do desenho South Park, cujo criador é um grande fã da banda.





12) Red Barchetta / The Camera Eye / YYZ

Após "Tom Sawyer", os fãs de cada local tiveram a chance de presenciar uma faixa diferente de "Moving Pictures". Os fãs de Tulsa e de St. Louis tiveram a chance de presenciar a incrível execução da icônica "Red Barchetta", famosa canção sobre um futuro distópico onde não existem carros. O carro me questão é a Ferrari Barchetta, uma das favoritas de Neil Peart. Melódica em com uma linha de baixo notável, a música sempre anima os espectadores dos shows onde aparece. Outro fato: Geddy finalmente trouxe de volta o seu baixo Rickenbacker para essa canção. Ele já tinha feito uma pequena aparição muito modesta na "Snakes & Arrows Tour", mas aqui ele volta com força total. Os fãs da cidade de Lincoln presenciaram um verdadeira raridade ser tocada. Estou me referindo à "The Camera Eye", quinta e mais longa faixa de "Moving Pictures".  Deasde 1983, a banda só a tocou na turnê "Time Machine". Sedentos por mais raridades no palcos, nem preciso dizer que os fãs adoraram a inclusão da música no set, apesar de, na minha opinião, ela não se comparar à outras faixas do álbum, como "YYZ" e "Witch Hunt". Falando nelas, no dia 12, em St. Paul, foi a vez da própria "YYZ" dar as caras. Substituindo as outras duas músicas, a faixa, cujo título remete à cidade de Toronto, foi a mais animada e bme recebida das três. A alegria do público ao ouvir as primeiras batidadas da introdução de bateria é perceptível desde à "Hold Your Fire Tour", gravada para o DVD "A Show Of Hands".  Tudo em "YYZ" é incrível, desde os solos de guitarra ao estilo oriental até a batalha entre baixo e bateria no meio da faixa. Três músicas inesquecíveis e que merecem estar presentes no set.

13) The Spirit Of Radio

Depois de duas grandes músicas de "Moving Pictures", a viagem continuava. A próxima parada é "Permanent Waves", lançado em 1980. Saindo da época das composições longas e complexas, o Rush opta por compor músicas mais curtas, simples e com atmosferas mais leves (com algumas exceções, que serão mencionadas mais à frente). Com isso lançam o seu sétimo álbum de estúdio, que tem como faixa mais representativa "The Spirit Of Radio", mais uma música obrigatória no setlist. Misturando elementos do Hard Rock, Reggae e New Wave e com mudanças constantes de tempo e compasso, a música acompanha "Tom Sawyer" e "2112" na lista de clássicos da banda e sempre anima qualquer lugar onde esteja executada. Também é notável o prazer da banda ao tocá-la, seja quando Geddy puxa as palmas da plateia ou quando Alex toca o riff inicial.



14) Natural Science*

Nota: Tocada apenas em St. Paul (até agora, dia 17/05)

Parece que os fãs de St. Paul são realmente especiais. Depois da performance exclusiva de "YYZ", tiveram a oportunidade de serem os únicos (até o atual momento) presenciar a performance da antológica "Natural Science", um dos pontos tensos de "Permanent Waves". A música mescla vocais tensos e dramáticos com um instrumental preciso e extremamente complexo, que muda de compasso e atmosfera inúmeras vezes durante a música. Foi a primeira execução de "Natural Science" desde o final da "Snakes & Arrows Tour", de 2008.


15) Jacob's Ladder

Posso dizer com convicção que essa era a música mais aguardada pelo público. Desde que a R40 Tour foi anunciada que "Jacob's Ladder" aparece na lista de exigência dos fãs. Mas, por que ela é tão amada e foi tão requisitada para essa turnê? Primeiro de tudo: Ela é um dos pontos altos de "Permanent Waves". É uma faixa praticamente instrumental, possui poucos vocais e tem uma atmosfera intensa e dramática que quebram com o clima que o álbum vinha construindo até então. Segundo: É uma favoritas dos fãs desde a sua época de lançamento e não havia sido tocada desde 1980. Por isso digo que foi uma das mais aguardadas e mais animadas de todas as noites.

16) Cygnus X-1 Book II: Hemispheres  (Part 1: Prelude)

"Hemispheres" é ainda hoje considerado o ápice criativo da banda, com composições extremamente longas e complexas, das quais se destaca a sua primeira faixa: "Cygnus X-1 Book II: Hemispheres", que se estende por um pouco mais de 18 minutos e se divide em 6 partes. A faixa nunca foi tocada inteira na íntegra. Para a R40 (E para muitas outras turnês) a banda optou por tocara apenas a primeira parte, que se estende por quatro minutos. Essa faixa é, na verdade, a continuação da última faixa do álbum anterior, "A Farewell To Kings", e discute sobre a eterna batalha entre a razão e a emoção e a eterna luta do ser humano para tentar balanceá-las. Posso dizer com certa certeza que os fãs esperavam que mais músicas do "Hemispheres" fossem tocadas, visto que esse foi um álbum marcante na história da banda, mas Cygnus X-1 Book II conseguiu representar muito bem essa fase.



17) Cygnus X-1 / Drum Solo

 Por outro lado, o público foi presenteado com nada mais nada menos do que três músicas de "A Farewell To Kings", álbum que iniciou a fase das composições complexas. E qual faixa seria melhor para abrir essa sessão do que a primeira parte de "Cygnus X-1"? Com sua grande linha de baixo e presença de alguns teclados, a faixa, infelizmente, foi apenas instrumental e a parte 2 foi descartada. Ela conta a história de um viajante espacial que se aventura em na constelação de Cygnus, a bordo de sua nave Rocinante (que é referência ao cavalo de Dom Quixote).  Todavia, a divisória entre as partes 1 e 3 foi o famoso solo de bateria de Neil Peart. Esse é um dos momentos mais esperados do show. O solo de Neil é sempre um momento a parte nos show, visto que não consiste apenas em batidas aleatórias e rápidas, mas também conta com equipamentos tecnológicos, tais como o sintetizador que ele utiliza entre uma sessão e outra. A junção dessas duas obras-primas formam realmente um espetáculo único.

18) Closer To The Heart

Depois de toda a viagem que foi proporcionada por "Cygnus X-1", chegara a hora de acalmar o set com o maior sucesso de "A Farewell To Kings": "Closer To The Heart". Com uma atmosfera calma e otimista, a faixa foca mais no apelo emocional por meio de partes melódicas e que variam de intensidade algumas vezes. Ela é, na verdade, um grande recado aos grandes governantes e líderes do mundo. Diz que eles devem começar a montar uma realidade mais "perto do coração". Mesmo tendo sido lançada na década de 1970 a faixa permanece atual e é uma das favoritas do fãs. Também é notável o fato de Geddy ainda conseguir cantá-la após todos esses anos. De acordo com Alex, "essa é a música definitiva do Rush". Não era tocada desde 2011. Serviu como uma espécie de pausa entre "Cygnus X-1" e a próxima música que estava por vir, também uma das mais esperadas e com um detalhe muito especial.

19) Xanadu

As narrativas fantasiosas e mágicas voltaram com força total nessa que, ao lado de "Jacob's Ladder", foi uma das mais aguardadas do set. Narrando uma jornada épica e mitológica de um homem em busca da fonte da imortalidade, "Xanadu" é a música que sintetiza todas as ambições que a banda pretendia alcançar em "A Farewell To Kings", com a presença de teclados, pedais Moog e Neil utilizando variados sons de sua bateria eletrônica. Mas, o que realmente animou o público foi a volta dos famosos instrumentos doubleneck. Geddy com o Rickenbacker 4080 Double Neck e Alex com a Gibson EDS-1275 Double Neck. A volta dos double necks sempre era assunto principal em qualquer fórum de discussão, e posso dizer com convicção que todos eles foram recompensados com uma performance que leva o título de melhor de todas as noites. E as reais surpresas ainda não haviam chegado de fato.




20) 2112 ( Overture / The Temples Of Syrinx / Presentation / Grand Finale)

Os sons espaciais anunciavam a chegada tanto da Federeação Solar e de "2112", música mais longa da banda. "2112" é uma crônica sobre uma sociedade distópica em que os indivíduos não possuem identidade e que é controlada por Sacerdotes. Porém, um indivíduo acaba se destoando dessa realidade quando descobre um violão e decide mostrá-lo aos sacerdotes, o que lhe dá alguns problemas que culminam em um final trágico e inesperado. Neil escreveu esta história sob influência da escritora Ayn Rand e seu livro "Anthem". Apesar de conter sete partes, a banda optou por tocar apenas as partes I, II, IV e VII, deixando de fora "Discovery" (III), "Oracle: The Dream" (V) e "Soliloquy" (VI). As duas primeiras partes são recorrentes nos setlists da banda e são as mais populares também. "Grand Finale" voltou ao medley na "Clockwork Angels Tour" e "Presentation" foi a grande novidade, visto que não era tocada desde 1997. As quatro partes partes foram tocadas em todas as noites e fecharam o segundo set com chave de ouro. Mas, as reais novidades ainda estavam por vir.


ENCORE:

21) Lakeside Park

"Caress Of Steel" foi um momento turbulento para a banda. Foi o álbum menos rentável de toda a sua história e a banda chegou a pensar que sua carreira estava realmente no fim. Hoje, todos nós sabemos que não foi bem assim. Mesmo com memórias nem tão boas desse momentos, a banda não poderia deixar de homenageá-lo. A escolha da música foi no mínimo curiosa, visto que "Lakeside Park" é uma faixa que se distancia do contexto geral do álbum. Por outro lado, a escolha é justificável, visto que é a composição que tem os vocais mais baixos e menos agressivos. "Lakeside Park" foi baseada no parque homônimo que os membros da banda frequentavam. Aqui, Neil relata as "aventuras" vividas naquela parque, que hoje é ponto turístico para os fãs. Nesse ponto do show, a banda já está visitando a década de 70, época em que ainda eram praticamente uma banda de bar em busca do reconhecimento e o show tenta transportar os fãs para essa realidade, por meio de vídeos e objetos que eram colocados gradativamente no palco. A faixa não era tocada desde 1978.

22) Anthem

Além de todos os objetos e vídeos, a banda também voltou aos anos 70 com sua postura de palco, com trejeitos e fala mais jovem. "Anthem" foi a escolhida para representar "Fly By Night", segundo álbum da banda. "Anthem" foi realmente uma escolha impressionante pois, ao contrário de "Lakeside Park", seus vocais são muito altos e extremamente agressivos. Posso dizer com grande certeza que Geddy simplesmente "detonou" nessa canção, com seus vocais a pleno vapor e linhas de baixo incríveis. Foi cantada por toda a plateia em todas as noites, e mostra que a banda se mantém fiel a suas raízes mesmo após todos esses anos sem revisitá-la.

 

23) What You're Doing

O primeiro álbum era realmente uma incógnita para os fãs. Será que eles tocariam algo desse disco? Será que Geddy ainda consegue cantá-las? Para ambas as perguntas. a resposta é sim. "What You're Doing" é a quinta e melhor faixa do primeiro disco, na minha opinião. Isso porque ela contem tudo o que uma banda setentista precisa: vocais agressivos, atmosfera pesada e arranjos simples e cativantes. A execução da canção foi acompanhada por uma abertura de cortinas que simulava uma escola de Ensino Médio, lugar onde a banda tocava muito em seus primeiros shows. Foi uma viagem emocionante e intensa que infelizmente estava chegando ao fim.




24) Working Man

Mas  é claro que a noite não estaria completa sem "Working Man", faixa que abriu inúmeras oportunidades para a banda nos EUA. Com um riff de guitarra bem marcado e presente, a faixa conta o cotidiano de um trabalhador comum, e suas reclamações acerca de sua rotina. Dessa vez, o destaque vai para a jam que é feita pela banda após o segundo refrão, que conta com um dos melhores solos já feitos por Alex. Ao vivo, essa parte é ainda mais intensa, pois permite muitas improvisações que rendem ótimos momentos. Mas, como o Rush é uma banda com muitas cartas na manga, pudemos ouvir uma pequena parte de "Garden Road" ao final da música. "Garden Road" nunca chegou a ser gravada oficialmente pela banda, mas está presente em diversos bootlegs  inclusive da "Caress Od Steel Tour". Um final memorável para uma noite inesquecível.




Agora o que nos resta é esperar e curtir a "Last Major Tour" e torcer para virem ao Brasil uma última vez.
 

  



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