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País Sustentavelmente....ignorante!



Dizem que o Brasil é um País que está cada vez mais sustentável. Para mim, País que recebe esse titulo é uma nação onde escancaradamente chama-se "pobre". Se você discorda, é só assimilar que o povo é pobre, e por natureza, sustentável. Existe alguém mais sustentável do que o pobre? ora..isso vem da natureza do brasileiro, se sustentar e sobreviver.
Deixando as reflexões filosóficas de butequim (que por raras as vezes tem um fundo de verdade, como esta). Diante desta polêmica do banimento das sacolas plásticas nos mercados de São Paulo, o assunto da “sustentabilidade” volta aos holofotes da mídia. Neste sentido apresento aqui uma entrevista que julguei ser bastante interessante ao que interessa o consumidor brasileiro ter conhecimento. O engenheiro Miguel Bahiense, de 39 anos, presidente da Plastivida - Instituto Sócio-Ambiental dos Plásticos, em entrevista á revista Free São Paulo (distribuida gratuitamente nos metrôs e, em quatro linhas de trem em São Paulo Capital), revela o outro lado da moeda da sustentabilidade. Sustentar ainda mais os lucros dos supermercadistas, em um acordo com o governo e prefeitura de São Paulo, é bastante interessante, então transcrita aqui em seu formato original, para termos capacidade de julgamento do que é bom para nós, já que meio-ambiente não envolve só a preservação da natureza mas em soma a qualidade de vida de nós, mortais seres humanos. 


Boa Leitura! :
( T.H².S)


"Caixas de Papelão e Sacolas de pano oferecem alto grau de contaminação"


Para o presidente da Plastivida, a população de baixa renda é quem mais vai sofrer sem as sacolinhas plásticas e ela não terá como descartar o seu lixo.


O engenheiro químico Miguel Bahiense, de 39 anos, presidente da Plastivida- Instituto Sócio-Ambiental dos Plásticos, não tem dúvidas que o acordo voluntário feito pela Associação Paulista dos Supermercados (APAS), o Governo do Estado  e as principais redes de supermercado que tirou dos consumidores o direito de utilizar as sacolinhas plásticas é uma farsa.
Para Bahiense, a população de baixa renda é quem mais está sofrendo com a proibição das sacolinhas e que, para o meio ambiente, o estrago vai ser imenso pois ela não terá como descartar o seu lixo. E alerta : as caixas de papelão e sacolas de pano têm algo grau de coliformes fecais, coliformes totais e o E.coli. 
Nesta entrevista, ele garante que as demissões na indústria do plástico são irreversíveis caso o acordo, já questionado na Justiça, tenha prosseguimento.


- Até que ponto o acordo que proíbe as sacolas plásticas nos supermercados pode ser considerado uma farsa?
Bahiense - O argumento ambiental utilizado como justificativa é equivocado. O movimento é claramente econômico. A conta é simples : as sacolas plásticas custam aos supermercados R$ 200 milhões por ano. Este valor é embutido no preço dos produtos Até 24 de janeiro, o consumidor ia ao supermercado, fazia as compras e indiretamente pagava pela sacolinha, já que o seu custo estava embutido nos preços dos produtos. Ainda assim, ele estava comprando uma embalagem para duas aplicações : transportar as compras e embalar o lixo. A partir do dia 25 de janeiro o consumidor passou a ter que comprar duas embalagens para essas duas coisas. Uma embalagem - as sacolas biodegradáveis ou retornáveis, para transportar os produtos comprados- e a outra, o saco de lixo. Pior, os R$ 200 milhões continuam embutidos nos preços.


- A APAS assegura que os supermercados vão repassar esta economia para o consumidor.
Bahiense - Os representantes do setor supermercadista têm afirmado que vão oferecer promoções, investir em ações de sustentabilidade, melhoria de serviços, tecnologia, etc. Ora, eu sou consumidor antes de tudoe pra mim o que interessa é que o valor que eles repassam para os produtos seja devolvido através da redução dos preços e ponto. Os supermercados sempre fizeram promoções e continuarão a fazer com ou sem sacolas, precisam disso para atrair consumidores por causa da concorrência.


-As sacolinhas são mesmo vilãs do meio ambiente?
Bahiense - Ambientalmente , as sacolinhas comuns são comprovadamente as mais sustentáveis. As sacolinhas apresentam menor emissão de CO2 em seu ciclo de vida, além de consumir menor quantidade de matéria-prima frente ás outras.


- O termo "biodegradável" é mais sedutor aos ouvidos do consumidor?
Bahiense- o termo é sedutor, mas confunde a população. Passa a impressão que é algo que vai sumir na natureza sem causar danos. As sacolas biodegradáveis, vendidas, só se biodegradam em condições adequadas de compostagem, ou seja, precisaria de uma usina de compostagem e controlar as emissões. No Brasil, entretanto, não existem usinas de compostagem. Se o nome biodegradável é sedutor para o consumidor, para a ciência é muito pior em termos de impacto ambiental.


-Quantas sacolas plásticas foram consumidas em São Paulo em 2011?
Bahiense -Em 2007 o Brasil consumiu 17,9 bilhões de sacolas. Em 2011, o consumo caiu quase 27,9% e atingiu 12,9 bilhões. Em 2011, São Paulo consumiu 5,2 bilhões. Esta redução se deve ao Programa de Qualidade e Consumo Responsável de Sacolas Plásticas, capitaneado pela Plastivida em parceria com o INP (Instituto Nacional do Plástico) e a ABIEF (Associação Brasileira da Indústria de Embalagens Plásticas Flexíveis). O programa prevê o uso de sacolas mais resistentes, que suportam até 6 quilos. Na educação ambiental informamos ao consumidor, por meio dos caixas e empacotadores, que ao utilizarem sacolas mais resistentes, eles não precisaram colocar uma sacola dentro da outra. Assim reduz-se o consumo e eliminamos o desperdício.


- Até que ponto a população de baixa renda vai sofrer mais?
Bahiense- A população de baixa renda é a que mais utiliza as sacolinhas plásticas para descarte do lixo. A conta também é simples. Antes a população reutilizava as sacolas para descartar o lixo, não importava a classe social. Agora sem elas, as classes A e B+ poderão agregar em seu orçamento doméstico os sacos de lixo. E as classes B- e C, D e E? Como comprarão sacos de lixo? Como descartarão seu lixo sem as sacolinhas?Será um problema ambiental, este sim real, pois os que os supermercados argumentam para banir as sacolas são equivocados.


-Quantos empregos a indústria das sacolas plásticas gera no Brasil?
Bahiense- A indústria gera mais de 30 mil empregos diretos no país e 70 mil indiretos. No Estado, são 6 mil diretos e 28 mil indiretos.


-Há riscos de demissão?
Bahiense- Já existem casos de empresas que demitiram pela diminuição nos pedidos de sacolas plásticas. É natural, não tem remédio.


-Os supermercados oferecem como opção as caixas de papelão. Quais os riscos do consumidor em utilizá-las?
Bahiense - Há alto risco de contaminação. Um estudo realizado pela Microbiotécnica, empresa de higiene ambiental, apontou que caixas de papelão e sacolas de pano usadas possuem alto grau de contaminação. Nas sacolas plásticas não foram encontrados coliformes totais, coliformes fecais nem E. coli (Escherichia coli), enquanto em 58% das sacolas de pano havia a presença de coliformes totais. Já nas amostras de caixa de papelão, 80% apresentavam coliformes totais, 62% coliformes fecais e 56% E.coli.


- O que fazer para o consumidor ter o retorno das sacolinhas plásticas?
Bahiense - Existem ações na justiça paulista. Muitos municípios criaram leis para banir as sacolas plásticas. O Tribunal de Justiça de São Paulo derrubou cerca de trinta leis como estas. O Estado sabe que é inconstitucional banir as sacolas, é o próprio TJ que diz.


(Entrevista retirada da revista Free São Paulo, ano 1 - n17 02 fevereiro,paginas 8 e 9).


Opinião Pessoal do responsável deste blog : Creio que tudo que vem para nos fazer bem, é bem vindo. O mesmo penso sobre a natureza ao qual nos cerca, apesar de ser uma fonte de recursos limitada e hoje estar perto de seu limite total, é essencial preservá-la e cuidar para que não se esgote. No entanto, é muita ignorância nossa, pensar que apenas deixar o uso de sacolinhas plásticas é um passo eficiente sem um planejamento que contemple muitas outras ações tão agressivas e acelerem a contribuição do plano de preservação, quanto a velocidade da agressão que sofre o meio ambiente já há muito tempo. Chegamos a um ponto, onde apenas não utilizar em excesso a  amônia (NH3), cloreto de metila (CH3CL) encontrados por exemplo nas geladeiras mais antigas (onde também um pouco depois, uma lei exigia que os fabricantes utilizassem outro tipo de gás menos poluente), nem as sacolinhas já não bastam para resolver o problema. Há quem possa dizer que já é alguma coisa, eu digo, que não é nada diante do que nós e o planeta necessita. 
Há a necessidade de se haver uma educação orientada a população de como tomar atitudes práticas no dia a dia e dar-lhes opções realmente que contribuam para o objetivo, junto com planejamento do governo e instituições privadas ou as famosas ongs para quem a maioria não dá a minima. 
Se permanece não existindo essa reforma total em nosso estilo de vida e pensamento, para mim, todas as atitudes contemplará apenas o bolso de quem mais interessa lançar a campanha, e, em contra partida os que se opõe contra, apenas continuarão no fundo, defendendo seus lucros. 
Ninguém se compadece ou se preocupa com o povo realmente, é hora, da propria população estudar, se orientar verdadeiramente, e passar a se defender como nação.


Enquanto isso, rebolamos na ignorância, que é a única coisa que este País cresce em velocidade acelerada.


T.H².S.


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