O custo de manutenção é um dos pontos mais importantes quando se considera ter um carro novo na garagem. Até pouco tempo atrás, o peso dos gastos com revisão não era tão grande no segmento de luxo, mas até lá as coisas mudaram. Com a concorrência entre marcas e modelos, as ações do pós-venda também tiveram de mudar.

Antes impensável, hoje já existem até os chamados serviços rápidos tanto para novos quanto para usados na rede autorizada. Algumas marcas até criaram redes alternativas para essa proposta, cujos serviços não ultrapassam mais do que uma hora. Outros fabricantes apostam em oferecer dois ou mais programas de revisões, geralmente um básico e outro mais completo.

Apesar dessas ações, o consumidor continuava obrigado a pagar individualmente por cada revisão. Um aumento dos serviços de um ano para outro, acrescenta um custo maior no final de um determinado período com o veículo, não previsto na hora da compra. As revisões com preços fixos mudaram um pouco esse mercado, incluindo o temido custo de mão-de-obra, que pode variar de revenda para revenda.

Cabe lembrar que o aumento da garantia dos veículos, hoje com média de 3 anos, favoreceu a rede autorizada e dando mais segurança ao consumidor, especialmente na hora da revenda, quando em muitos casos, o veículo ainda está protegido pela cobertura original. Além disso, passou-se a oferecer garantia estendida com revisões adicionais incluídas como opção.

Pensando em atrair novos consumidores, algumas marcas de automóveis passaram a oferecer programas de manutenção com revisões pagas antecipadamente. A prática já existe em mercados consolidados, especialmente no segmento premium. O cliente, na hora do compra, tem a opção de pagar por um determinado números de revisões com os serviços previstos no plano de manutenção, mas por um valor inferior ao custo total das mesmas revisões, pagas de forma individual.

Assim, a ideia é que o cliente possa economizar no custo total ou diante de um aumento dos serviços ao longo do período, evitando assim surpresas. Não é vantagem alguma pagar mais pelos serviços apenas por fazer isso de forma antecipada. Por isso, compare os dois custos (antecipado e ao longo do tempo). O plano antecipado é feito por meio de pagamento à vista ou diluído nas prestações do financiamento. Porém, alguns fabricantes obrigam o cliente a financiar esse tipo de plano por meio do próprio banco.

Deve-se ter em mente que os serviços são restritos aos componentes previstos para substituição e/ou verificação, conforme o plano de manutenção original. Peças de desgaste natural, tais como pneus, limpadores de para-brisa, discos de freios, amortecedores, entre outros, precisam ser pagos pelo cliente no momento do serviço. Geralmente, os itens previstos nos serviços são: troca de óleo, filtro de óleo, filtro de combustível, filtro de ar, fluido de freio e mão de obra, variando mais alguns itens de acordo com a marca.

Por conta desse novo tipo de plano de manutenção, o custo dos serviços básicos acabam sendo até mais em conta em marcas e modelos mais caros que os de segmentos mais populares. Mas, é bom pesquisar antes para saber se os custos com peças de desgaste natural acarretarão uma diferença muito grande durante o período que se espera ficar com o carro, comparando com outras marcas/modelos.

Marcas como Volkswagen, Fiat, Ford, Citroën, Renault, Jaguar Land Rover, Peugeot, Mercedes-Benz, entre outras, oferecem serviços como os descritos acima. Algumas concessionárias também oferecem a possibilidade de pagar as revisões antecipadamente, mas o cliente fica preso ao revendedor.

Em resumo, pagando-se antecipadamente – desde que haja uma boa diferença para o plano normal – é uma boa forma de economizar. Vale lembrar que alguns planos fechados garantem a transferência do benefício de um proprietário para outro, desde que o veículo esteja em dia com o programa de manutenção previsto na garantia.

 

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