Portuguesas e Portugueses, terminou em grande o Congresso do Partido Europeu Socialista (PES) e os nossos homólogos do socialismo internacional elogiaram primeiramente Portugal, depois a mim pela maneira excepcional como tenho conduzido a política nacional; tendo alguns chegado mesmo a afirmar que o nosso modelo de governação é um exemplo a seguir.
Dito isto, quero dizer-vos que entendo a contestação social – grande arma da democracia – alguns devem estar a interrogar-se como pode o PS e seus associados permitirem que tal aconteça se:
- A austeridade foi dada como finda
- As contas estão equilibradas
- As pensões foram aumentadas
- O salário mínimo foi revisto para €600 para os privados e €635 para a função pública
- Desemprego mais baixo de todos os tempos
- Pagámos a última prestação ao FMI
Claro que é tudo verdade, mas não nos finjamos de palermas ingénuos: o meu governo acabou com a austeridade. Sim, senhoras e senhores, eliminando a injustiça que o governo de direita vos vinha sujeitando, com um mero incremento nos impostos indirectos; as contas estão equilibradas, pois por enquanto, o meu governo (até a próxima legislatura) não aumentará os salários à função pública nem fará revisão de carreiras; logo, as retenções/cativações são para continuar até o défice ser zerado.
As pensões foram aumentadas; o subsídio de natal foi reposto; os pensionista que auferem €169, €258 e €268 estão agradecidos pois já dá para comprarem os medicamentos, pagar água, luz e gás, o IMI, tomar uma refeição por dia ou ir à sopa dos pobres aos salesianos e outros assim; o salário mínimo é muito bom se compararmos com os países irmãos dos PALOP e Brasil; o desemprego baixou muitíssimo pois ao contrário do ex-primeiro ministro de direita, Passos Coelho, nós não aconselhámos os jovens a emigrarem, antes induzimo-los a irem colaborar com quem pague para cima de €1.000 pela sua inteligência e capacidade produtiva.
Pagámos a última tranche ao FMI, dívida herdada do anterior governo de direita, mas graças ao ministro Centeno iremos poupar cem (100) milhões de €uros em juros; contudo tivemos de emitir títulos de dívida a um juro baixo. Não se preocupem com este acréscimo ridículo na dívida pública, pois com o congelamento de carreiras na função pública, com a redução de salário aos bombeiros voluntários; com o congelamento de fundo para as polícias, com o desinvestimento nas obras públicas, inclusivé parques hospitalares e escolares; com a depreciação do salário médico recorrendo-se à importação de brasileiros e cubanos; com a extorsão de mais impostos que faremos aos “ricos” portugueses para cobrirmos o desconto de dez (10) anos livre de impostos aos bilionários estrangeiros; e com outro aumentozinho nos impostos indirectos, não tarda nada tudo será pago porque somos considerados devedores de confiança.
Prosseguiremos com o estado social patrocinado, claro está, pelo capitalismo; continuaremos a lutar pela emancipação da mulher – mais estaladas, facadas e armas de fogo – blá,blá,blá no que toca às crianças e jovens; e sim, sim, sim pardais ao ninho quanto à educação. Certamente, os deputados continuarão a ter todas as beneces e mais alguma; e vós estais cada vez mais a dar no Prosac, Xanax e Stilnoite.
Amigos, o caminho para o verdadeiro socialismo é espinhoso; pelo projecto socialista, povo de Portugal não vos esqueçais de ir votar e dar a maioria absoluta ao meu partido, pois o PSD já era; as gajas do BE que se lixem e o PCP que continue na senda da revolução perpétua a favor dos proletários.
Votos de festividades felizes e obrigado!
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Até para a semana
(Imagem: António Costa[Ed] - Google Imagens)
