O Orçamento Geral do Estado do governo da geringonça (Partido Socialista, Bloco de Esquerda e Partido Comunista) é igual ao samba “Canta, canta minha gente, deixa tristeza pra lá, canta forte, canta alto: a vida vai melhorar, eu disse que vai melhorar, a vida vai melhorar” (Martinho da Vila), pois o primeiro-ministro António Costa declarou maravilhas acerca daquele documento.
Bom “Vida da família vai continuar a melhorar porque vamos pagar menos mil milhões de Euros de IRS do que pagávamos em 2015. O rendimento familiar vai ficar melhor com a redução da factura energética e dos passes sociais”
- IRS de 2015? Já cá faltava a demonstração de idiotice deste governo: alfinetada à anterior administração
- Redução da factura energética? Não me façam rir, seus desfazados intelectualmente; então a minha amiga de 83 anos por mês paga de consumo real €28,09 + €6,76 de potência contratada + 23% de IVA; paga de taxas €0,07 DGEG + €0,18 IEC + €6,76 de potência contratada + 23% de IVA; ainda a contribuição Audiovisual de €2,85 + 6% de IVA. Ora sendo o IVA de 23% sobre (€34,85 = {28,09 + 6,76} + €0,07 + €0,18) e sobre (€0,18 + €0,07 + €6,76); diga-me o primeiro-ministro em qual das somas irá beneficiar o bolso dos portugueses se a tal potência contratada é contabilizada duas vezes? É só falácias
- Passes sociais, boa sorte no entendimento com as empresas privadas.
Bom Orçamento “para todos os portugueses”
Bom para os mais idosos "vão ver as suas pensões recuperar o poder anterior à crise": primeiro-ministro está drogado ou quê? Que eu saiba, a crise foi entre em 2008-2012:
- Quer Vossa Senhoria que os portugueses acreditem que o valor do dinheiro de então é o mesmo de hoje?
- Andam os idosos portugueses convencidos que o tempo parou?
- Caramba, o pão subiu, as rendas subiram, a água subiu, a luz, o gás, os pensos da incontinência, os passes sociais subiram, a taxa moderadora é um horror, as compras de supermercado dispararam, as pensões mais miseráveis estão entre €169 e €399,21.
Honourable Costa, tell me lies, tell me sweet sweet lies.
O Orçamento “tem um objectivo muito claro; continuamos a melhorar a vida dos portugueses e a nossa economia com contas certas, vamos continuar a crescer e a convergir com a UE; reduzir o deficit e dívida pública”; “Continuidade e preparação dum futuro, dar continuidade às boas políticas que nos têm dado bons resultados, para termos mais crescimento, melhor emprego e igualdade”
- Ilusão é o que se vende neste OGE: pelos vistos os proprietários de imovéis não são portugueses pois os impostos em imóveis vão subir; os impostos sobre o pedágio vão aumentar; a ingerência do governo no modo de vida dos portugueses vai incrementar. Por isso, vejam o descaramento deste governo que vai permitir que os seus comparsas EDP e GALP cobrem um preço exorbitante para carregar o carro eléctrico.
- Convergir com a UE pois está claro: quoi d’autre!
- Reduzir o deficit e dívida pública é muito importante para fazer retenções/cativações enquanto existem portugueses desgraçados (1milhão de trabalhadores + 1 milhão de pobres) 1 em cada 4 crianças em Portugal estão destituídas; tudo porque o governo insiste numa ridicularia de €600 salário mínimo em vez dos €1.000 advogados pelo Etnias.
Balelas, balelas, balelas...
Bom para todos em geral...."todos beneficiaremos com o Serviço Nacional de Saúde (SNS) forte com nova geração de políticas de habitação"
- A sério? Os auxiliares e os enfermeiros são a coluna dorsal de qualquer sistema de saúde. Mas vejam como a coluna dorsal está vergada: ganham mal e porcamente e as condições de trabalho são francamente merdosas.
- O mercado das rendas está sufocante para os arrendatários (sejam estudantes, idosos e jovens casais). Imagino que tipo de politícas estarão a ser “geradas”.
As Empresas “vão continuar a ter melhores condições para poderem investir, tesouraria mais aliviada com o fim do PEC (Pagamento Especial por Conta)”
- Sim vão melhorar com continuação dum IRC altíssimo (25%); continuação de empregados com baixos salários e produtividade baixíssima. Bom, os empresários portugueses são o reflexo da miséria que grassa neste país: vale mais uns cobrezitos de lucro, do que criarem um sistema em que tenham trabalhadores bem pagos, satisfeitos, com altos níveis de produtividade e que resultem em lucros tangíveis e consolidáveis.
Et pourtant, este Orçamento Geral de Estado é um pronúncio de mau agoiro; e no meio da próxima legislatura tudo se revelará.
Até para a semana
(Imagem: OE 2019 - Google Imagens)
