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Onde Pára a Direita? Portugal Tá Farto de Ambiguidade



Em 1976, quando se elaborou a redacção da Constituição, as memórias do regime autoritário de Salazar e de Marcelo Caetano ainda estavam à flor da pele, por isso no artigo 46º - que confere a Liberdade de Associação - proíbe-se explicitamente a criação de partidos de índole fascista. Por o totalitarismo de direita ter causado um trauma colectivo na população, é emocionalmente entendível que na lei fundamental se introduzisse o nº4 no artigo 46º, embora aquele colida com o nº2 do artigo 37º - intencionalmente ou não, tamanha grosseria legal, transformou-se num elemento dissuasor à formação de partidos de direita.

O Que é um Partido de Direita? 

Não é certamente o PSD. Nem tão pouco essa associação que por aí se anuncia que diz estar entre o PS e o PSD. Talvez o CDS aspirasse a ser o tal, mas infelizmente é o partido do oxalá...

Um partido de direita é aquele que é construido a partir do pressuposto D**s, família e Pátria:

  • O temor de D**s obriga o homem a uma constante ponderação das suas decisões e, quando se é responsável pela vida de populações, este tipo de exame continuado é uma mais valia para o colectivo.
  • Família é a essência e a sobrevivência dum ser humano.
  • Pátria é o repositório de semelhanças indeléveis entre os indivíduos desse lugar.

Temor de D**s

O temor de D**s é praticado diferentemente, pois para uns é um conceito e para outros é um enigma. Temê-Lo não é acessível a todos porque a mente prega-nos partidas e quando são incontornáveis resta-nos a lamechice do amor a D**s em que tudo é permitido porque se é humano; então aí o essencial fica por fazer, por se apreender e corrigir atempadamente porque se está a dilacerar vidas humanas impunemente.

Família

A família não é sempre funcional, nem é tão pouco o santuário que se deseja que seja - nestes casos, os indivíduos que a compõem devem iniciar a luta primeiramente pela sua sobrevivência e depois pela extirpação do elemento funesto porque é no seio familiar que se adquirem os valores que norteiam os seres pela vida fora.

Pátria

Pátria é o meu espaço, é o meu legado, é onde o eu conhece os seus perigos, medos e sensação de bem estar; é onde o meu eu é o eu do que me é igual, é o lugar espiritual no qual se pode construir uma nação onde todos os indivíduos aspiram a ter uma vida decente e a poder contribuir com algo palpável que beneficie o colectivo. Na minha nação é permitido o estrangeiro, desde que este entenda que o que impera são os meus usos e costumes - que me obrigam a prestar preito aos que pela minha Pátria sangue derramaram (para que as gerações seguintes pudessem prosperar e assegurar as fronteiras do sítio onde eles conheceram a sensação de ser).

O Que Significa Ser de Direita

Quem é de direita nasce e cresce ensinado de que a vida é uma luta, mas se se for sábio (e atacá-la com justiça e firmeza) a recompensa acaba por chegar. Nada na vida é de mão beijada portanto um elemento de direita acredita que todo o cidadão deva beneficiar de iguais oportunidades (porque os subsídios só devem ser concedidos aos deficientes, órfãos e viúvas que nunca trabalharam). Quem é de direita acredita que o céu é o limite, por isso devem ser criadas condições para que todos tenham direito ao trabalho:

  • Salário mínimo de €1.000, as pensões mais baixas equiparadas ao salário mínimo, todos sem excepção devem pagar os seus impostos; 
  • Baixar consideravelmente o IRC; 
  • Acabar com as taxas e sobretaxas com IVA que é o último grito de roubalheira praticado pelas Câmaras Municipais; 
  • A educação deve ser gratuita até ao 12º ano; os estudos superiores só devem ser subsidiados aos menos favorecidos; 
  • O Estado deve regular sobre os seguros de modo a que os mais favorecidos possam investir no seguro de saúde – para que não se engasgue o Serviço Nacional de Saúde; 
  • Aquando da formação de novos governos os partidos levam consigo somente os ministros: os secretários de estado e os secretários dos secretários devem ser aproveitados de entre os funcionários públicos (já presentes no aparelho do Estado) – ou seja, uma maneira de avançar a carreira no funcionalismo público.

Quem é de direita sabe que o estado não deve ser social mas sim solidário; o dinheiro dos impostos não é para ser desbaratado em compra de votos (subsídios disparatados) é para melhorar as infra-estruturas, re-equipar os hospitais e escolas; construir escolas politécnicas etc; etc...

Pelo acima exposto, declaro que se Pedro Santana Lopes quiser fundar um partido de direita, estou disposta a ajudá-lo com 200 membros da minha família que normalmente vota PSD.

Ó Santana Lopes, avance sem medo, chame os bois pelos nomes e dir-lhe-ei como Portugal será um colosso se baixar o IRC para 15% e como os portugueses sentirão melhorias palpáveis nas suas vidas.

Partido de direita já!

Até para semana
 
(Imagem: Virar à Direita - Google Imagens)

[As opiniões expressadas nesta publicação são somente aquelas do(s) autor(es) e não reflectem necessariamente o ponto de vista do Dissecting Society (Grupo ao qual o Etnias pertence)]


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