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Against the odds – José Milanez

Olá pessoal, este post traz o texto poético Against the odds de José Milanez. Espero que goste desse texto que faz parte do projeto Poema de bom dia.

Against the odds – José Milanez

José Milanez não se diz poeta. Poesia é para poucos. Poesia é para Manuel de Barros, Fernando Pessoa e Wislawa Zymborska.

O que ele faz? Escreve o que lhe vem a cabeça. Ora consegue transmitir sentimento, ora não.

Formado em Filosofia, professor e psicanalista, o interesse de José Milanez é deixar que suas instâncias inconscientes apareçam em forma linguagem. Simples assim.

Vamos mostrar aqui mais um texto criativo de José Milanez, como o autor mesmo intitula. O texto deste post é Against the odds. Uma sensível olhar sobre o que é amar e conviver com as diferenças. O Milanez participou do projeto Poema de bom dia do Demonstre.

O Poema de bom dia é um projeto que almeja divulgar o trabalho de nossos poetas.  A produtora e blog Demonstre divulga os poetas através de vídeos de entrevista e dos poemas e publicações aqui no blog.

Você pode participar mandando suas poesias digitadas e o áudio delas em .MP3 para o email [email protected].

Against the odds – José Milanez

Você gosta de chá e eu de café.

Eu gosto de gatos e você os prefere ao vinagrete com batatas fritas.

Você gosta da Arte e eu de transgredi-la

Para mim a Arte e Filosofia morreram para você isso é uma heresia

Para mim o Artista e o Filósofo são o objeto de suas pesquisas para você o objeto está fora

Você gosta de Platão e eu de Wittgesntein

Daria tudo para prestigiar a próxima Slut Walk, você daria tudo para nem saber

Você me xinga dizendo que se eu fosse Artista eu seria um Artista Conceitual, eu me calo porque não sei o que é isso

Você me pergunta se ainda vou te querer já que sei que você é rabugenta, eu digo para você que comprei o pacote completo

Você precisa silenciar e eu antes do silêncio preciso dançar

Você me ensina Cultura Popular mas eu não sei deixar de olhar além do horizonte

Você me traz um sentido e eu pergunto o que é sentido

Você precisa Planejar e eu preciso do Repente

Para você nada precisa ser criado e eu teimo em achar – por pura teimosia – que trarei algo de novo a esse planeta.

Você me mostra tanto e eu tenho tão pouco pra dar…

Ainda bem que combinamos!

Choramos quando falamos,

Defendemos nossos pontos de vista com verve

Precisamos do silêncio como a corsa deseja a água

A poeira é uma inimiga comum

Os filhos nos encantam, ainda que os queiramos voando para longe

Somos (in)sociáveis, verdaderios bichos do mato

Somos (in)sáciaveis e temos fome um do outro

Parece que precisamos dessa autofagia mútua a ser realizada na frente um do outro

Sonhamos

estamos prestes a fazer acontecer

O que quer que seja….

Afinal para quê estamos aqui nesse planeta?

Você citaria Platão e eu te daria uma bofetada com Wittgeisntein

Eu tentaria te falar da Escola de Frankfurt e você da Escola Peripatética

Aí eu diria que a Psicanálise também morreu e você me mostraria que já estamos, de novo, acordando as 4 horas da manhã para tomar nosso café filosófico e tentar resolver os problemas do mundo, que na realidade são os nossos problemas.

Paciência! De noite tem vinho…

Confira o vídeo de Against the odds:

FIM de Against the odds

Obrigado por ter nos acompanhado até aqui. Deixe seu comentário e suas sugestões para o Demonstre. Não deixe de seguir nosso canal de youtube e nossa página de Facebook do projeto Poema de bom dia!

Deixe comentários e sugestões aqui no Demonstre! Estamos abertos a sua participação!

Até a próxima!

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http://demonstre.com/esperanca-drika-duarte/

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