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Por uma vida menos ansiosa.

É com a terapia que vamos aprender a organizarmos nossa "cabeça", de forma geral: modificando e reduzindo nossos pensamentos ansiosos, testando a validade de nossas preocupações e temores, aprendendo a filtrar informações relevantes, mudando nossa forma negativa de encarar os acontecimentos, para uma forma mais realista e adaptável, enfim, vivendo mais intensamente o presente e encarando o futuro com menos ansiedade.

Bom, se você estava muito ansioso para ler o final desta postagem, espero que sua ansiedade tenha diminuído, pois, fiz questão de lhe adiantar o final, como você deve ter lido acima.

No Brasil, estima-se que 25% da população sofra de algum tipo de distúrbio ansioso ao longo da vida:  a síndrome do pânico, o estresse pós-traumático, as fobias, o transtorno obsessivo-compulsivo e o transtorno de ansiedade generalizada, são alguns dos diagnósticos mais comuns, relacionados aos transtornos ansiosos.
A ansiedade é aquela sensação que se antecipa a algo fora do presente, quero dizer, ainda não chegamos lá realmente, mas, Nossos Pensamentos e sentimentos já.
A entrevista de emprego será realizada amanhã, no entanto, sua “mente” é capaz de lhe fazer sentir como se você já estivesse na própria entrevista.
Além do problema em estar com a “cabeça” cheia de situações, acontecimentos, que ainda nem chegaram, a grande questão é como você encara, “vivencia” essas situações “futurísticas”?
Que pensamentos, sentimentos e comportamentos você tem por antecipação?
É verdade que a ansiedade desempenha um papel positivo em nos deixar alertas e prontos para agir se for necessário.
Sabe-se que Nossa preocupação tem forte relação com nosso estado ansioso. Será que no próximo mês conseguirei alcançar a meta de vendas? Será mesmo que conseguirei?
Tal preocupação pode me fazer vender mais e melhor para conseguir atingir a meta, mas, mesmo com um mês todo pela frente, posso me pré-ocupar a tal ponto de ficar fadigado sem ter de fato tentado vender.
Há como não ficar ansioso no mundo de hoje com tantas ocupações?
Estudar, trabalhar, namorar, noivar, casar (não necessariamente nesta ordem).
E o que a sociedade exige de nós?
Graduação?
É pouco.
Especialização, MBA, mestrado, doutorado, pós-doutorado...
“Faça uma pós-graduação e garanta seu futuro”.
Será mesmo?
Inglês, espanhol, informática, boa aparência, experiência, proatividade, participação nas redes sociais, página pessoal, e essa lista vai longe...
Realmente vivemos em um mundo extremamente ansiógeno, mas, podemos afirmar que em cada época da humanidade, preocupações e razões para ansiedade estiveram presentes.
Quão ansioso um judeu viveu com o nazismo batendo a sua porta?
E durante o período da ditadura militar no Brasil?
Certa vez alguém escreveu: “... basta a cada dia as suas preocupações...”.
É interessante que a nossa ocupação prévia sobre algo, quase sempre é incapaz de alterar ou influenciar os acontecimentos lá da frente.
Agora, sem dúvida, demasiadamente ansiosos, tal estado interfere no que estamos fazendo no agora, na nossa forma de viver o presente em todos os sentidos, na qualidade do nosso trabalho, na nossa relação com as pessoas, isto mesmo, e, sobretudo, no nosso cuidado conosco, com nossa saúde.
O que lhe causa mais ansiedade?
As contas no fim do mês? As metas a serem alcançadas no seu trabalho? O desempenho escolar dos seus filhos? As viagens do seu marido? A possibilidade de adoecer? A necessidade de tomar decisões?
Segundo Christian Perring, professor de filosofia da Universidade Dowling em Nova York, “Enquanto que na Antiguidade, a ansiedade surgia de fatores externos, como doenças e catástrofes naturais, a dos nossos tempos é imposta por nós mesmos.
Como assim?
Os fatores que mais causam preocupação atualmente são coisas muito menos tangíveis, como satisfação no emprego, realização amorosa, visual perfeito. Como nossos antepassados ainda estavam ocupados em sobreviver, dificilmente tinham as crises e neuroses que temos agora. De fato, boa parte das nossas apreensões vem das milhares de possibilidades de escolha que temos hoje em dia.
Que carreira escolher?
Se no século 18, havia apenas 20 empregos diferentes nos quais uma pessoa podia fazer carreira, hoje esse número já passa dos 20 mil – e continua aumentando.
O tempo que cada trabalhador passa num emprego também não pára de diminuir. O Ministério do Trabalho dos EUA calcula que um empregado vá passar por 10 a 14 cargos diferentes antes dos 40 anos. O número de divórcios aumentou 13 vezes em 3 décadas. Esses dados são impressionantes, se lembramos que antigamente casamento e emprego duravam muito mais, se não a vida inteira.
Essa idéia de liberdade é atual e causa muita ansiedade”, diz Renata Salecl, da London School of Economics.
Assustado com essas informações?
Informação...
Uma geradora de ansiedade.
Quantos assuntos você lê nos sites de notícias? Quantos emails você recebe diariamente sobre notícias de novos alimentos que causam câncer, de novos vírus mutantes que atacam o seu computador, de novos golpes na praça, de novas dietas milagrosas, de novos produtos "imprescindíveis" que você não sabe como usar, mas que precisa comprar?
Já foram cunhados até alguns termos para definir a ansiedade trazida pelos novos meios de comunicação: technologyrelated anxiety (ansiedade que surge quando o computador trava, que afeta 50% dos trabalhadores americanos), ringxiety (impressão de que o seu celular está tocando o tempo todo) e a ansiedade de estar desconectado da internet e não saber o que acontece no mundo, que já contaminou 68% dos americanos.
Para termos uma idéia, uma edição de domingo do jornal The New York Times tem cerca de 12 milhões de palavras e contém mais informação do que aquela que um cidadão do século 17 recebia ao longo de toda a vida.
Em 1801, a notícia de que Portugal e Espanha estavam em guerra demorou 3 meses para chegar ao Rio Grande do Sul. Quando chegou, o capitão de armas do estado declarou guerra aos vizinhos espanhóis, sem saber que a batalha na Europa já tinha terminado.
E hoje?
Em quanto tempo a informação de um tsunami ou de um acidente automobilístico no Japão, leva para chegar até você?
Será que é saudável estar sempre plugado, ligado a todos os canais de informação?
Possibilidades de escolha... Informações que se propagam em crescente quantidade e rapidez...
O que fazer para diminuir nossa ansiedade?
Medicamentos?
Já temos sido considerados o pais do Rivotril. Será que é a solução?
Os químicos podem até ajudar o cérebro a não se preocupar demais, mas não adiantam nada se a pessoa continuar pensando catastroficamente, por exemplo. Sabemos que boa parte da nossa ansiedade vem dos nossos pensamentos. Por isso, os medicamentos têm validade, conquanto que caminhem juntamente com a psicoterapia.
(Reler o 1º parágrafo)


Abraços!


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