Vamos começar o post com um fato que não podemos negar: eu errei. E errei muito feio, talvez. É verdade que Harry Styles é (ou era?) superestimado, o britânico foi eleito pelo público do One Direction como líder da banda e tinha MUITA expectativa dos fãs nos ombros para o lançamento de seu primeiro álbum solo.
Antes de dar início a review de fato, algumas coisas que temos que falar, Harry é o integrante que mais se distanciou da sonoridade da banda e talvez o que mais vai conquistar novos fãs, provavelmente por consequência dessa mudança que é um dos maiores pontos positivos da recente carreira solo dele, assim como é o que mais mudou de som é o que tem o álbum mais pessoal e não falo apenas da capa, as letras e ritmos deixam claro isso.

O álbum começa com "Meet Me In The Hallway" mostrando que ele veio bem diferente no primeiro trabalho como solista. Apenas com violão e uma voz que ecoa, uma música calma mas não chega a ser baladinha... Ótima música para a abertura do álbum. Logo em seguida vem o primeiro single oficial, "Sign Of The Times". A música custou a me agradar mas enfim conseguiu. Não vou falar muito sobre, mas vocês podem dar uma lida no post em que falei sobre a possível superestimação do rapaz. "Carolina" me lembrou o instrumental de "Let the Groove Get In", do Justin Timberlake, no início, mas só no início. A faixa tem um violão constante e um riff bem marcado. Uma das minhas favoritas, que acaba sendo quase todas...
"Two Ghosts" traz uma calmaria depois da agitada "Carolina" e me lembrou um pouco do country, talvez pelo violão de acompanhamento. Boatos que seria uma música para Taylor Swift, inclusive o cantor foi questionado ao vivo em uma rádio sobre isso, ele deu uma bela enrolada nos argumentos e o radialista apresentou a música como sendo "a de Taylor Swift". Seguindo a vibe mais lenta "Sweet Creature" é mais baladinha que a anterior e bem gostosinha de escutar, é aquela música que tu imagina escutando enquanto olha pela janela do carro/ônibus. E a vontade de cantar junto com Harry quando se escuta essa música? Incontrolável. "Only Angel" começa como se fosse uma baladinha, com um ar todo angelical mesmo. Até passar um pouco dos 50 segundos, quando começa uma guitarra acompanhada de "uhu's", seria a faixa mais rock do álbum se não fosse por "Kiwi", faixa com instrumentais pesados e bem marcados, refrão bem chiclete que ficou por dias na minha cabeça, antes mesmo de eu saber que era dessa música.

"Ever Since New York" já era nossa conhecida e uma das mais queridas do público, me incluo nesse grupo também. Passa um ar de nostalgia, com um violão acompanhando e uma voz suave. Queria que fosse single porque queria um clipe, mas acredito que essa seja a faixa com menor potencial de hit, apesar de ser muito boa! Uma das faixas que soaram mais diferentes de todas é "Woman", tanto  pelo instrumental/ritmo quanto pelo sotaque do britânico ao falar o nome da música, que parece estar cantando "voman", um ar germânico, talvez... A repetição de "lalalalala" no refrão deixa a faixa muito mais divertida, confesso. Mais uma das minhas favoritas. E o encerramento do álbum fica por conta de "From The Dinning Table", acredito que a mais diferente de todo álbum. Uma baladinha perfeita acompanhada de violão e Harry lamentando estar sozinho no quarto do hotel, na esperança de que "um dia talvez você ligue e diga que sente muito também". Essa música me lembrou muito a sonoridade de Devendra Banhart... Se tu não sabe quem é corre pra escutar porque é maravilhoso!

O álbum homônimo do britânico é um dos melhores do ano, pode ter certeza disso!
Harry Styles tem um p*ta potencial pra ser um dos maiores cantores em um futuro não muito distante e a minha aposta é que isso vai acontecer, mas quem sou eu também, não é verdade?! Mais uma vez, acredito que tenha errado ao chamar ele de superestimado, mesmo com muita gente pagando pau pra ele, mas o álbum dele é maravilhoso e merece ser reconhecido.