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O desfecho da eleição para a DEN foi um dos piores episódios do escotismo brasileiro.

Nenhum escotista que acredite no movimento como opção de desenvolvimento para a juventude e nem mesmo nenhum jovem que queira transformar este mundo deveriam reconhecer a futura Diretoria Executiva Nacional como legítima.

Se o que aconteceu nestes últimos dias pudesse ser encaixado em uma cena de Game of Thrones, veríamos a “nova” DEN caminhando por uma rua lotada de associados gritando “shame, shame”.

No domingo (26/8), a Chapa formada por Rafael Macedo, Cristine Ritt e Roberlei Beneduzi ganhou o pleito para a direção nacional depois de forçar a desistência da chapa concorrente. As discussões sobre a eleição tomaram todo o fim de semana. Em questão de dias, foram acionadas três liminares judiciais, uma renovação de pedido de exclusão, vários incumprimentos judiciais e estatutários, e várias ameaças de instauração de procedimento disciplinar para que, finalmente, a chapa encabeçada por Macedo pudesse ganhar.

Paulo Henrique, apoiador da chapa concorrente formada por Ivan e que tinha seu voto por força de liminar (leia aqui: https://goo.gl/cLuqnV), cedeu às ameaças de procedimento disciplinar e – ainda mais – cedeu para sair ileso da questão, pedindo pessoalmente a Ivan que retirasse sua candidatura. Foi atendido prontamente.
Depois da desistência da chapa, o CAN arquivou no mesmo dia todos os processos contra Paulo Henrique, como uma moeda de troca que garantisse a vitória da chapa de Macedo.

Sendo assim, em 2019 teremos uma diretoria nacional que responderá por 100 mil associados; uma diretoria que se elege à base de manobras, que usa a comissão de ética para revanchismos e fins eleitoreiros; uma diretoria que, pela total falta de reconhecimento do coletivo, no mínimo deveria chamar uma assembleia nacional extraordinária para dar aval à eleição. Quem se elege assim, à base de hostilidades, ameaças e aparelhamento das instâncias não conta com nenhuma legitimidade para administrar o escotismo.

Lembremos, ainda, que esta chapa é encabeçada pelos mesmos que criaram conflitos e crises na gestão passada da DEN. Foram responsáveis, por exemplo, por gerar a evasão de 5 mil associados, por criar embates com mantenedoras de grupos escoteiros, por cobrar taxas fora das estipuladas em atividades internacionais, por criar um vestuário para agradar uma funcionária da Fiesp, por impedir que jovens se apresentassem na abertura do Jamboree para garantir o discurso de um governador e, como sempre….por aplicar intervenções ilegítimas em regiões para favorecer resultados em eleições.

Não só deveriam ser impedidos de concorrer em qualquer nível, como deveriam ser afastados do escotismo.

Se ainda há alguém, entre esta maioria formada por escoteiros e chefes, que acredite em uma instituição forte, representante do movimento e que seja a melhor alternativa dentro do escotismo brasileiro, não deve reconhecer estas eleições nem a “nova” diretoria executiva nacional.

As regiões que se omitirem desta discussão ou que orientarem seus delegados a aplaudir a posse desta “nova” gestão no congresso nacional de 2019, não passarão de meros cúmplices desta ilegitimidade.



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