Get Even More Visitors To Your Blog, Upgrade To A Business Listing >>

Doi(í)dos

Amo essa vida de Arte despretensiosa, dos verdadeiros loucos que não clamam por aceitação.
Amo essa vida de arte não tendenciosa, que na sua originalidade foge à simpatia dos olhos cômodos.
Amo essa vida de arte ociosa, cuja malícia se esfrega nos preceitos bons.
Amo essa vida de arte, feita por ferramentas e não por autores, sou apaixonada por todos esses amigos e desconhecidos, ambíguos, que se esfacelam em prol das urgências que nem mesmo os seus dedos compreendem.
Sou enlouquecida por esses doidos que junto à mim compõe canções que os nobres y pops nem tentam contemplar.
Somos muitos,
Somos espalhados,
Farelo dos minérios,
Repulsa dos amados,
Estamos à margem dos marginalizados,
Pincéis, rolos, baldes, agulhas, gravetos, olhos, dedos:
Estamos em função da arte e ela nos salvará, estaremos seguros de nossa própria condição humana. Minhas companheiras e companheiros de trilhos são eternos solitários buscando as ressonâncias artísticas que lhes permitem ser o pouco mais puro do que são.
Mesmo sozinhos nos reconhecemos, olhamos nos olhos, olhares de lâminas feridas de corte afiado, seguimos então: com a segurança de que existem tantas outras nuances sendo esculpidas e lapidadas, rasgadas, dilaceradas, renovadas, RESSIGNIFICADAS.
Somos poucos, porém fortes,
Não por escolha,
Somos escolhidos
ferramentas, somos essência.




This post first appeared on A Cor Do Cheiro | Assentamento De Aleatoriedades, please read the originial post: here

Share the post

Doi(í)dos

×

Subscribe to A Cor Do Cheiro | Assentamento De Aleatoriedades

Get updates delivered right to your inbox!

Thank you for your subscription

×