“Moonlight” conta a história de um Jovem afro-americano chamado Chiron, que ao longo da sua vida tem de lidar com o facto de ter uma orientação sexual diferente das dos seus colegas. Para além do facto de estar a descobrir-se como homossexual, Chiron terá de lidar com os problemas relacionados com as drogas, por parte da sua mãe e do amor que está não consegue dar devido ao vício.

Numa altura em que o contexto político norte-americano entra numa fase de grande incerteza, perante a chegada de Trump ao poder chega-nos um filme que procura desafiar e abrir mentes. A abordagem de um jovem negro e gay é arrojada, demonstrando a construção da personalidade e as dificuldades do seu crescimento. Esse desenvolvimento foi dividido em três partes ao longo do filme: a infância, a adolescência e a fase adulta.

Os três atores que compuseram a personagem nas diferentes fases da sua vida, Alex R. Hibbert, Ashton Sanders e Trevante Rhodes, devem ser destacados pelo empenho e clara entrega. É impossível ficar indiferente às emoções que transmitem no ecrã.

De realçar a interpretação de Naomie Harris como a mãe que deveria ser a figura presente na vida deste jovem. Evidenciou com qualidade as tribulações de uma pessoa com responsabilidades, mergulhada no vício, causando dor aos que o rodeiam.

A única coisa que podemos apontar foi o facto de o traficante de droga com quem Chiron trava amizade na sua infância tenha sido morto pelos argumentistas. Era um personagem interpretado por Mahershala Ali e foi retirado abruptamente da história. Devidamente enquadrado poderia ser melhor explorado na história.

Em suma é um filme impactante e uma bela mensagem a promover a igualdade.

O post Crítica: “Moonlight” aparece primeiro no Clube de Cinema.