Não sou catalão nem espanhol, pelo que a minha opinião sobre o referendo catalão é perfeitamente desinteressada e despolitizada, tanto quanto é possível a quem tem opinião em matérias desta natureza.
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Ouvindo algumas individualidades a quem se dá tempo de antena nas televisões e nas rádios portuguesas, devido à sua notoriedade na nossa sociedade, fiquei surpreso com as opiniões contrárias ao referendo, acenando com motivos legais baseados na legalidade da Constituição Espanhola, pois é nela que se vê referida a nacionalidade histórica da Catalunha, que por sua vez se viu aprovada pelo seu Estatuto de Autonomia, onde está perfeitamente definida por nação.
Creio que a maioria dos comentadores portugueses, independentes como gostam de se apresentar, ou estão mal informados,estão distraídos, ou então preferem estar do lado do mais forte, porque é mais confortável, ainda que estejam a negar tudo o que defendiam há poucos anos.
Em 1640, durante a guerra dos Segadores, em que a monarquia da Catalunha se envolveu contra as tropas de Castela, na guerra dos trinta anos, Portugal conseguiu sacudir o jugo dos Filipes, entretanto mais preocupados com o perigo mais próximo.
Os comentadores nacionais são em geral, conservadores e mais virados para tomar partido pela parte mais forte, mas isso não quer dizer que seja a mais suportada pela História.
Corpus de Sang, um dos eventos iniciais da Guerra dos Segadores