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O homem e o pó!

É porque ele estava lá e sempre esteve, parado e com Poeira nos olhos, no nariz, nos ouvidos e na boca. Acostumou-se com isso. A visão nublada e ardente como areia ao sol, só que nos olhos. Não via o que realmente acontecia, via através do pó e ao pó continuava e retornava em um eterno. Onde estiveram os problemas? Para ele nunca estiveram, o problema era do outros, com os outros para com os outros. A poeira também infestava-lhe os sentidos, não sensoriais, mas do intelecto. Para ele racional era todo aquele a sua volta que se contentava com a sua poeira, o seu grande grão de pó no umbigo. Essa sim era a grande preocupação! Ouvia mentiras e lorotas, mas acreditava nelas mesmo com o chiado que lhe ocasionava na mente, todo ele era pó e de pó vivia todo o povo, na grande poeira. Coitado, não conseguia perceber que existiam outros grandes seres portados de vassouras que não cansavam de lhe cobrir de pó!

Poeira nos olhos (Nasi) 


Poeira, 
poeira nos olhos queima 
Areia, 
cegueira da alma inteira 
Mentir pra si não tem perdão 

O ego, 
seu ego de pinga-fogo 
É cego! 
Mas vê o sinal vermelho 
Mentir pra si não tem perdão 

A gana, 
a gana da grana engana 
Que gana! 
Que deita teu corpo ao vento 
Mentir pra si não tem perdão.


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