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Tribunal condena a 30 anos de prisão pastor que matou e esquartejou professora no Zango 0 - Homicida diz que não se arrepende


O Tribunal de Comarca de Luanda "Dona Ana Joaquina" condenou a 30 anos de prisão o cidadão Elias Paulo Neto dos Santos, de 26 anos, pastor da Igreja Pentecostal, que em Janeiro de 2022 assassinou barbaramente uma professora de 59 anos, madrinha da sua esposa, por esta apoiar a separação do casal. Mesmo condenado, o homem diz que não está arrependido do que fez.

O assassino foi também condenado ao pagamento de uma taxa de justiça de 100 mil kwanzas e indemnização à família da Professora no valor de cinco milhões de kwanzas.

Com a condenação do arguido, a família da professora diz que foi feita a justiça pesa, embora não devolva a vida à mulher.

"Estamos satisfeitas com a condenação do culpado, apesar da dor que ainda sentimos pela perda da mana", disse uma das irmãs da vítima, acrescentando que não há indemnização que pague a vida".

Após ter sido feita a leitura do acórdão, o pastor assassino fixou de forma demorada os olhos do juiz da causa, uma situação que levou aquele magistrado a sentir-se desconfortável e a proferir uma advertência.

"Com este seu olhar, sinto-me intimidado, mas não preocupado porque saberei colocá-lo no seu devido lugar", expressou o juiz antes mesmo de o arguido ser conduzido à prisão.

Ao tribunal, Elias Paulo Neto Dos Santos revelou que também manteve uma relação amorosa com a vítima durante o período em que partilharam o mesmo tecto.

Elias Paulo Neto Dos Santos disse ao tribunal que não está arrependido.

"Não estou arrependido, sinto-me normal e vou cumprir a pena de prisão. É assim a lei dos homens e vou cumprir. Como pastor só tenho a dizer que matei porque me encontrava num estado espiritual, estava apenas a cumprir o espírito, tanto ela (a falecida) como eu, andamos em casas escuras", disse o agora condenado.

Contam os autos que a professora, Luzia Leonilde Fernandes de Jesus de Almeida, era madrinha da esposa do arguido, Elias Paulo Neto dos Santos, que se apresentava como pastor da Igreja Pentecostal, e abrigou o casal no seu apartamento durante anos.

Segundo a acusação, tudo começou em 2021, quando o arguido passou a apresentar um carácter duvidoso para um pastor, pois agredia fisicamente e recorrentemente a esposa no apartamento da vítima, onde viviam.

No decurso da relação e convivência em comum, o homicida passou a usar os bens e meios da madrinha da mulher sem o seu consentimento.

Conforme a acusação, certo dia o acusado usou o carro da vítima e teve um acidente que danificou a viatura, e, sem o conhecimento da proprietária, o arguido vendeu a viatura e usou o dinheiro em proveito próprio.

Face aos maus tratos à mulher e à venda da viatura sem autorização, a professora perdeu total confiança no pastor e informou o ocorrido aos familiares da mulher.

Estes, por sua vez, resgataram a mulher e levaram-na para casa de um dos familiares, mas o homicida ainda assim continuou a viver no apartamento da vítima.

Escrevem os autos que com a saída da esposa, a professora Luzia Leonilde Fernandes de Jesus de Almeida ficou vulnerável e com medo do pastor, aproveitando a sua ausência durante dois dias para trocar a fechadura do apartamento para impedir a sua entrada.

Conforme a acusação, esse foi o motivo que levou o arguido a assassinar a professora no seu apartamento no Zango 0.

Apercebendo-se que a professora trocou a fechadura, o arguido arrombou uma das janelas e introduziu-se no apartamento onde aguardou a professora.

Tão logo a mulher chegou a casa, prossegue a acusação, deparou-se com o arguido que partiu para a agressão e desferiu vários golpes de faca na região do pescoço que a levaram à morte.

Após matar a professora, e de forma fria, o arguido a esquartejou e colocou o corpo numa mala, tendo-a levado para um matagal nos arredores da Centralidade do Sequele, onde abandonou o cadáver, como se de mercadoria se tratasse.

Entretanto, o homem ainda voltou ao apartamento e retirou do seu interior o fogão, a botija, um computador e um televisor que vendeu.

Para dissimular a sua malvadez, o assassino foi à escola da vítima e comunicou o seu desaparecimento.

O corpo da professora foi encontrado no dia 21 de Janeiro, num matagal, no bairro "Fortim", arredores do Sequele, longe das residências.

Após investigação, no mês de Outubro de 2022, o Serviço de Investigação Criminal (SIC) descobriu o homicida e deteve-o.

Naquele mês, o pastor disse ao SIC que matou a professora porque foi usado pelo espírito satânico.

Após matar a professora, e de forma fria, o arguido a esquartejou e colocou o corpo numa mala, tendo-a levado para um matagal nos arredores da Centralidade do Sequele, onde abandonou o cadáver, como se de mercadoria se tratasse. NJ


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