Você já ouviu falar sobre Gestão por Competências? Se você é gestor, dono de uma empresa ou até mesmo está com dificuldades em novas contratações, saiba que essa abordagem pode trazer a solução para o seu problema.

O mundo corporativo é um grande desafio, sendo que a gestão de pessoas é um dos maiores – ao contrário do que muitos pensam. Porém, há métodos que podem lhe ajudar a “organizar a casa”. 

E esse artigo tratará justamente sobre Isso. Entenda melhor como é realizado este gerenciamento por competências, sua importância e, claro, como fazer isso pela sua empresa. 

O que é a gestão por competências?

Primeiro de tudo, o mais importante é entender o que é, de fato, a Gestão por Competências. De modo geral, ela é um método que costuma ser utilizado pelo RH, ou seja, departamento de Recursos Humanos.

Isso porque o método busca o desenvolvimento das habilidades técnicas e comportamentais de cada profissional. 

Na verdade, a Gestão por Competências é um conceito antigo, mas que vem sendo utilizado pelas empresas recentemente – pelo menos de forma mais expressiva.

Isso porque, antes, o mundo corporativo fazia uma gestão de competências. Ou seja, você era contratado para determinada posição e se não soubesse fazer determinada atividade que lhe foi atribuída você era classificado como incompetente.

De fato, essa é uma estratégia extremamente problemática, sendo que tanto a empresa quanto o funcionário se prejudicam com essa abordagem. 

Um funcionário pode não saber executar bem determinada atividade, mas pode ser expert em outra. 

Fazer essa identificação trará novas possibilidades para a equipe, além de trazer benefícios aos próprios funcionários, que poderão trabalhar mais com aquilo que gostam e promovendo o seu desenvolvimento. 

Quais são os princípios da gestão por competência?

Quando falamos em Gestão por Competências é preciso levar em conta alguns princípios para conseguir fazer uma estruturação inteligente, como: 

Competências técnicas

As competências técnicas são aquelas advindas do conhecimento e experiência profissional. Por exemplo, a partir do momento que você faz faculdade de programação, você passa a desenvolver a competência técnica de programar.

É o que chamamos de hard skills e, com elas, você consegue fazer aquilo que você deve fazer no que tange ao operacional.

Esse tipo de competência sempre foi a mais importante durante as contratações e até mesmo para julgar se determinado colaborador era bom ou não. 

Porém, como já foi dito anteriormente, a Gestão por Competências trata os funcionários de uma forma muito mais complexa e é por isso que há os outros princípios a seguir. 

Competências comportamentais

As competências comportamentais são as conhecidas como soft skills. São aquelas competências que não são técnicas, como saber programar ou projetar um prédio. 

Essas capacidades estão relacionadas mais com a forma de como lidamos com as situações e, também, características mais qualitativas dos colaboradores.

Criatividade, comunicação, empatia e coisas do gênero são as soft skills. Hoje, o mercado está percebendo que elas são tão importantes quanto as hard skills. 

Competências funcionais

E, por fim, temos as competências funcionais. Elas são determinadas pela função de cada colaborador. 

Porém, elas também variam de acordo com o cargo e a senioridade de cada um. Um gestor do departamento, por exemplo, precisa de competências funcionais diferentes do diretor, por exemplo. 

Qual a importância da gestão por competências?

Agora que você entendeu melhor do que se trata a Gestão por Competências, talvez você já tenha alguma ideia de qual é a sua importância para o meio corporativo, mas veja a seguir como ela pode contribuir:

Profissionais mais bem aproveitados

Bem, a partir do momento que você realiza a Gestão por Competências você terá profissionais muito mais bem aproveitados.

É exatamente do que se trata aquele exemplo dado logo no começo: a princípio, uma pessoa pode não ser tão boa em uma atividade, mas ser expert em outras. 

Ou seja, quando você consegue identificar essas oportunidades de realojamento de pessoas – ou até mesmo nas contratações – conseguirá aproveitar melhor os colaboradores. 

Maior direcionamento de atividades

Quando você começa a observar o que cada colaborador faz para conseguir uma posição em que ele seja mais bem aproveitado, o processo acaba direcionando para um escopo de trabalho mais definido.

Isso é ótimo para que o funcionário tenha um norte do que ele deve fazer, de suas prioridades e, também, até onde ele pode avançar. 

Maior produtividade

Veja bem, quando são avaliados os três princípios da competência (técnica, comportamental e funcional) será possível encaixar o colaborador onde ele tenha maior familiaridade.

Isso trará mais produtividade por diversos motivos. Primeiramente, quando você realiza algo que você tenha capacidade técnica, então a atividade acontece naturalmente de forma mais rápida.

Outro motivo de maior produtividade é a motivação. Quando estamos mais motivados acabamos sendo mais produtivos, e isso irá acontecer justamente porque o colaborador estará em um lugar onde se sente mais útil e mais valorizado. 

Carreira mais assertiva 

A gestão por competências também irá ajudar em uma carreira muito mais assertiva. 

Isso é bom para a empresa, pois ficará mais fácil prever o futuro de seus colaboradores e traçar estratégias para isso. 

Para o funcionário também será ótimo, pois ele terá um plano de carreira e isso também gera motivação. 

Remunerações mais condizentes 

A partir do momento que o departamento responsável por fazer a Gestão por Competências entender melhor quais são as atribuições, isso abre oportunidade para trazer salários bem mais condizentes. 

E isso não é prejudicial para a empresa, pois funcionários que recebem de acordo com a sua função irão trabalhar mais satisfeitos e isso traz ótimos resultados. 

Ambiente de trabalho mais agradável 

De modo geral, a Gestão por Competências traz um ambiente corporativo muito mais agradável e isso é importantíssimo para todos.

Como fazer gestão por competências?

E como fazer a Gestão por Competências? Há alguns passos que você pode seguir para começar a estruturar.

Primeiramente, você deve analisar tanto a operação quanto os colaboradores. O que poderia melhorar na operação? Quem está com desempenho prejudicado? 

Comece a montar um quebra cabeça tentando encaixar os colaboradores de forma que o processo fique o melhor possível.

Durante essa movimentação é muito importante que os responsáveis por essa gestão conversem com os colaboradores.

É um momento em que a transparência deve ser prioridade. Os colaboradores devem se sentir à vontade para falar sobre seus pontos fortes, onde prefeririam trabalhar e até mesmo sobre descontentamento com a remuneração. 

Lembrando que nem sempre as coisas vão dar certo de primeira, então não deixe de avaliar os resultados para saber o que está funcionando ou não. 

De modo geral, a Gestão por Competências só tem benefícios para trazer à corporação. Porém, é preciso entender que ela gerará, sim, mudanças.

Muitas vezes pode até mesmo causar certo desconforto no começo, mas quando feito de forma adequada promoverá excelentes frutos no futuro.

E o melhor é que todos saem ganhando! 

Aqui falamos muito sobre as movimentações internas, mas isso também é válido para as contratações feitas pelo RH.

Tente começar a traçar um projeto de Gestão por Competências. Lembre-se que a primeira coisa a ser feita é uma análise da própria empresa e colaboradores. Com certeza bons resultados virão!

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