Sou sincera quando vos digo que não me lembro nem de metade do que aconteceu em dois mil e dezassete. Não sei se é da idade, se é do stress pós-traumático, se é porque aconteceu tanta coisa que algumas são inevitavelmente esquecidas... não sei. Mas não foi um ano mau. Foi um ano de crescimento e auto-conhecimento.
Em dois mil e dezassete vivi metade do meu ano em Lisboa, a estagiar todos os dias, a fazer todos os turnos da noite possíveis e imaginários (e consequentemente a dar um bocadinho em louca por causa disso) e em questionar-me se era isso mesmo que eu queria. Ponderei se a vida de enfermeira era para mim porque sentia que não encontrava o caminho certo a seguir quando alguns dos meus colegas já sabiam bem aquilo que queriam fazer. Ali estava eu, sempre indecisa e sempre questionadora a pôr em causa tudo aquilo que acreditava. Foram tempos complicados mas que também me mostram que eu não preciso de me limitar a uma coisa.
Este ano a terceira edição do Bloggers Camp foi tão boa! Cresceu ainda mais e deu-nos novas ideias para um conceito do encontro ainda mais inovador. Saímos na ACTIVA e na revista Calm. Foi o ano em que mais orçamentos fiz, em que os trabalhos nos quais me envolvi foram ainda maiores - e mais importantes - e que me mostrou que tenho um estilo muito próprio e um jeito especial (que ainda mais orgulho me dá porque aprendi tudo o que sei sozinha).
Este ano meti emblemas na minha capa universitária. Praxei como achei que devia fazer, sem humilhações e violência mas muita diversão à mistura. Percorri Évora durante duas semanas e meia com aqueles sapatos do demónio e fiquei com os pés em água nos dois meses seguintes. Senti-me ainda mais integrada na minha turma. Comi mais Big Macs na altura de estágio de Psiquiatria do que no resto dos doze meses e, graças a isso, fiz uma promessa a mim mesma para reduzir o seu consumo até dois mil e dezoito. Eu e o Mário voltámos ao Porto e fui a Coimbra pela primeira vez. Li mais que o ano passado, mas fotografei menos. Fui feliz e senti-me realizada.
Foi um ano com ainda mais amor, mais carinho, mais certezas e cada vez mais noção de companheirismo e amor incondicional.
Recebi postais e aumentei a minha lista de wanderlust à conta disso. Foi também o ano em que as pessoas das quais fiquei defraudada o ano passado regressarem - nem que temporariamente - para matar saudades. E soube bem, tão bem. Em que aproveitei bem o Verão. Em que sai da minha zona de conforto em algumas coisas - e que não detestei. Em que me puseram à prova.
No entanto Dois Mil e dezassete foi também um ano filho da puta às vezes. Com o cansaço acumulado, com as verdades que se descobrem e que nos magoam, com a vontade de desistir. Mas também foi o ano em que me afirmei. Em que cortei laços onde tinha de cortar, em que acolhi na minha vida pessoas que sempre estiveram lá para mim e eu nunca lhes tinha dado hipótese.
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Dois mil e dezassete foi o ano em que melhorei a minha capacidade de contar piadas. Em que perdi um bocado do medo de falar em público e de apresentar trabalhos. Foi o ano em que fechei portas para sempre (sem possibilidade de janela aberta).
O ano termina com notícias incríveis e com uma viagem a dois planeada logo para o início de dois mil e dezoito. Não podia pedir mais nada.
Termino o ano novamente com o coração cheio de amor. Com o amor. Passou mais rápido que o ano anterior e soube-me cada vez mais a pouco.
O ano continuo a ser eu que o faço, não é ao contrário. E estou - sou - ridiculamente feliz. Foi uma viagem do caraças.
Até já, dois mil e dezoito. Obrigada, dois mil e dezassete.
O ano continuo a ser eu que o faço, não é ao contrário. E estou - sou - ridiculamente feliz. Foi uma viagem do caraças.
Até já, dois mil e dezoito. Obrigada, dois mil e dezassete.
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