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Como Copa, Olimpíada e Bolsonaro implodiram imagem do Brasil no exterior
Cerimônia de abertura da Olimpiada do Rio de Janeiro foi muito elogiada e o evento, no geral, foi um ‘sucesso’. Mesmo assim, a ampla publicidade dada ao Brasil atrapalhou a imagem do país, em vez de ajudar
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Quando o Rio de Janeiro foi escolhido em 2009 para sediar a Olímpiada de 2016, o clima era de grande entusiasmo. Seria, aparentemente, uma grande oportunidade de divulgar o Brasil, atrair investimentos e turismo internacional.
Imagens do ex-presidente Lula e do ex-jogador de futebol Pelé pulando de alegria e até chorando circularam nos meios de comunicação. Três anos antes, em 2006, o Brasil já havia sido escolhido para ser sede da Copa do Mundo em 2014.
Com esses dois megaeventos internacionais, o país seria notícia no mundo todo. E foi. Mas, contrariamente ao senso comum, essa “ampla divulgação” provocou efeito inverso do esperado: marcou o início da derrocada da imagem do Brasil no exterior.
Pelo menos é o que revelam dados obtidos pela BBC News Brasil da pesquisa Anholt-Ipsos Nation Brands, que mede a percepção das pessoas sobre os países em áreas como governança, exportação, cultura e população.
Anholt, que já atuou como conselheiro de governantes de 56 países, disse à BBC News Brasil que a Olimpíada e a Copa do Mundo serviram de publicidade negativa ao Brasil porque o mundo passou a conhecer mais sobre a pobreza, a desigualdade social, a violência e a corrupção existentes no país.
Por quase dez anos, o Brasil vivenciou “estabilidade” na sua marca externa, ou seja, na forma como era visto pelo mundo. No entanto, justamente nos anos em que o país sediou os dois grandes eventos esportivos internacionais, houve uma piora acentuada na percepção externa em relação ao país, conforme os dados da pesquisa Nation Brands.
Queda ainda maior com o governo Bolsonaro
Desde a última queda acentuada na sua imagem internacional em 2016, o Brasil iniciou uma recuperação. Mas, de 2019 em diante, após o início do governo Jair Bolsonaro, a “marca” ou imagem externa do país parece ter entrado em queda livre, conforme os dados do Nation Brands.
“A derrocada na imagem partir de 2019 é a mais significativamente negativa já registrada pelo Nation Brands Index. Isso tem correlação com o governo Bolsonaro, reação do governo à pandemia e ao furor internacional diante das queimadas na Amazônia”, explica Anholt.
O pior desempenho do Brasil é no quesito governança, que mede a percepção sobre a competência do governo — o Brasil figura em 44º no ranking nesse tópico. O melhor desempenho é em “cultura”, que mede a apreciação do mundo à música, filme, esporte, arte e literatura de um país. Nessa área, o Brasil aparece na décima posição no ranking.
William De Leftwich Dodge (American,1867-1935)
Dolphin Bay, 1915
O Sax Tenor de Joe Henderson brilha na manhã desta terça-feira – Canyon Lady
Rembrandt
Bethsabée au bain tenant
la lettre de David,1654
Entidades judaicas no Brasil se mostram chocadas com reunião entre presidente da República e Beatrix von Storch e afirmam que a legenda dela, a AfD, é um partido de “extrema direita que minimiza as atrocidades nazistas”
Instituições judaicas no Brasil criticaram nesta segunda-feira (26/07) o encontro do presidente Jair Bolsonaro com a deputada da ultradireita alemã Beatrix von Storch, ocorrido na semana passada.
Von Storch é vice-presidente do partido populista de direita Alternativa para a Alemanha (AFD) e foi recebida pelo presidente em Brasília. Ela também se reuniu, separadamente, com os deputados federais Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente, e Bia Kicis (PSL-DF) e com o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, Marcos Pontes. As fotos do encontro de Von Storch com Pontes foram mais tarde excluídas da conta do ministério na plataforma Flickr.
A Confederação Israelita do Brasil (Conib) lamentou a recepção dada à deputada da AfD em Brasília. “Trata-se de partido extremista, xenófobo, cujos líderes minimizam as atrocidades nazistas e o Holocausto. O Brasil é um país diverso, pluralista, que tem tradição de acolhimento a imigrantes.”
Outra entidade, o Instituto Brasil Israel (IBI), afirmou que a AfD tem características xenófobas e supremacistas e que a viagem mostra que a AfD apenas busca, de forma desesperada, legitimação internacional.
“O fato de Beatrix von Storch se ausentar da Alemanha quando se contam as vítimas das enchentes e viajar por um país isolado internacionalmente a esta altura, como o Brasil, mostra a irrelevância de seu partido e a busca desesperada por qualquer legitimação internacional. Ao contrário de uma união dos conservadores do mundo para defender os valores cristãos e a família, como sugeriu Bia Kicis, esses encontros estão mais para união de políticos de extrema direita irrelevantes no cenário global: um abraço de náufragos”, afirma a nota assinada pelo coordenador-executivo do IBI, Rafael Kruchin.
Já o grupo Judeus pela Democracia se declarou chocado com o encontro do presidente com a líder de um partido que chamou de “extrema direita, xenófobo e nazista”. “O presidente do Brasil, seu filho e a presidente da CCJ encontrarem uma deputada líder do partido de extrema direita, xenófobo e nazista é algo que nos assusta, não apenas como judeus, mas também como brasileiros.”
“Pela terceira vez em dias a VP do partido de extrema direita alemão aparece com governistas brasileiros: presidente da CCJ, filho do presidente e agora o PRESIDENTE DO BRASIL posam sorrindo e citando semelhanças com o partido xenófobo alemão. Sem rodeios: nazistas”, afirmou o Judeus pela Democracia em sua conta no Twitter.
Já na semana passada o Museu do Holocausto de Curitiba havia expressado preocupação e inquietude com os encontros da parlamentar alemã com autoridades brasileiras. “A Alternative für Deutschland (Alternativa para a Alemanha) é um partido político alemão de extrema direita, fundado em 2013, com tendências racistas, sexistas, islamofóbicas, antissemitas, xenófobas e forte discurso anti-imigração“, afirmou o museu.
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Compra de sistema de espionagem teve confronto entre Carlos Bolsonaro e Santos Cruz
A tentativa de compra do sistema de espionagem israelense Pegasus pela Lava Jato também revelou os bastidores do confronto entre integrantes da ala militar, como o então ministro da Secretaria de Governo, general Carlos dos Santos Cruz, o ministro da Justiça Sergio Moro e o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ). O foco da discórdia foi a montagem de uma licitação, ainda no primeiro ano do mandato do ex-capitão, para a compra do software para o Centro Integrado de Operações de Fronteira, aponta reportagem do jornalista Jamil Chade, no UOL.
Batizado de “Fusion Center”, o modelo integrado de forças de segurança era inspirado nos moldes adotados pelos Estados Unidos e seria implantado em Foz do Iguaçu, na tríplice fronteira, no Paraná. A instalação, contudo, ainda não foi viabilizada. “A intenção era concluir ambas as licitações, para a criação do centro de controle e para a aquisição de uma ferramenta de inteligência, até 2020, mas diversos atrasos impediram que Moro concluísse o objetivo até a data de sua exoneração em 24 de abril de 2020”, ressalta Chade no texto da reportagem.
A compra do sistema Pegasus, porém, não era bem vista por membros da ala militar, como o então ministro da Secretaria de Governo. O edital de licitação contou com dois processos distintos, um em 2020 e outro em 2021. O primeiro aconteceu ainda quando Moro chefiava a pasta da Justiça. A empresa fornecedora do Pegasus desistiu de participar do pregão após reportagens revelarem a participação do vereador Carlos Bolsonaro na negociação.
Peder Mørk Mønsted st sd
Angiolo Volpe,Dove l’anima è leggera – sd
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