Andando pelo centro da minha cidade natal, parecia que estava num ambiente estranho. As luzes, os faróis, as pessoas, nada fazia sentido.
O tempo mudou quase tudo, mas não conseguia mais sentir aquela dor pelas lembranças bucólicas.
Ao contrário, minha alma e meu corpo pareciam ignorar minha vida inteira passada em uma cidade de interior. Queria mais movimento, mais agitação, mais calor humano, urbano.
Acostumei-me com a correria de São Paulo, é estranho quando você já conhece algo maior. Tenho a sensação de que a cidade em que ainda vivo está pequena demais pra mim.
Sei o motivo, quero dizer...motivos, mas enquanto permaneço aqui, sigo estranhando meu berço e amadurecendo idéias, convicções, pensamentos.
Não tenho mais medo do futuro.
Outra coisa que percebi em mim foi que hoje controlo mais aquilo que devo falar ou não. Tô me vigiando mais, sendo mais cauteloso. Afinal nossa vida é tão breve.
Aprendi também que não devo responder à todos os desaforos que escuto de pessoas próximas a mim ou não. Dou apenas meu silêncio em retribuição.
E minha criatividade também anda a mil. Só preciso de tempo para executar tudo.
E se este texto não tiver sentido algum assim que terminá-lo. Dane-se!
Os pensamentos chegam e eu digito. Que bom, estou usando meu cérebro...
O que mais mesmo? Bah...esqueci.