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Você sabe quem é o Manolo ?

Quem é Manolo?

Sim, claro, depois de 5 anos de terapia eu sei que Manolo é uma parte de um aspecto meu, que não chega a ser nem a totalidade da minha função inferior… é pior do que isso, pois esse “apelido” apenas reflete uma pequena parte daquilo que escondia de mim mesmo, aquilo que a psicologia também chama de Sombra.

Ou seja… se Manolo fosse o nome da minha sombra, ainda seria aceitável, mas esse nome e todas as qualidades e defeitos nele embutidas chegam a ser tão pequenas se comparados com a grandeza da minha sombra que infelizmente a própria diminuição da sombra pelo apelido é em si humilhante para a própria sombra.

Não entendeu?

Problema seu, pois eu não escrevo pra você, eu escrevo pra mim.

Arrogância minha?

Arrogância e amor-próprio são dois lados da mesma moeda, a diferença está nos olhos de quem vê… ou na VERDADE que você quer ver, pois a verdade é tão maleável e flexível quanto à língua que repousa em nossa boca.

Há alguns dias atrás me veio o SENTIMENTO de estranhamento ao ouvir alguém me chamar por esse apelido… foi um estranhamento natural, meio que sem querer, não um incômodo indigesto e absurdo, mas algo mais similar a um leve e sutil gosto amargo na boca, disfarçado em meio a diversos sabores.
Pois esse sutil gosto AZEDO foi descendo goela abaixo, misturado a um monte de sapos engolidos e a alguns doces bem-vindos. Bateu no estômago, foi absorvido, caiu na corrente sanguínea e foi parar no cérebro, que processou por alguns dias….ou segundos…ou anos…e um dia, tão natural quando acender a luz no escuro, a afirmação veio calmamente e segura de si mesma em suas próprias palavras : “….mas…Manolo é muito pequeno pra representar tudo que eu sou.”

Pronto, fez-se a “bomba pacífica” explodir dentro de meu coração.

Manolo… Manolo…Manolo…Manolo…a repetição exaustiva da palavra, a atenção à fonética da palavra e ao som de cada sílaba também não fazia sentido algum….não ME dizia nada.

Ma-no-lo.

Ma-no-lo.

Enquanto repito, só penso na marca de sapatos que a Carrie Bradshaw, personagem de Sarah Jessica Parker no seriado Sex in the City, amava como a um deus fashion. Pra mim, Manolo é marca de sapato, aí sim.Com sotaque nova-iorquino.

Manolo blahnik dono da Manolo blahnik marca famosa de sapatos plataforma para mulheres
 
Quem é Manolo?

Uma parte de algo muito maior… não digo somente do todo…não..nem Felipe é capaz de compreender o todo, imagine que um nome poderá me definir, eu, ser humano pensante, vivente, com emoções possa ser definido por um nome.

Não é o nome que nos define.

Menos ainda um apelido.

Que dirá um meio apelido que nem tem poder suficiente para expressar a MAGNANIMA força que reside na sombra de todos nós.

Manolo é nada.

Manolo é truque de Maya, a deusa indiana da ilusão, da “realidade”, que provoca o ego com fantasias, luxúria e devaneios.

Manooooooolo.

Manooooolooooooooo.

Muito estranho.

Muito pequeno… muito frágil…Manolo…são letras que se perdem numa leve brisa, de tão INSUSTENTÁVEL que é….o vento leva…se perde no ar e não deixa lembranças.Não deixa nada.
Não define nada, não traduz nada, não representa nada, não exemplifica nada.
É uma ilusão… que foi…que teve seu tempo, teve seu porque, foi importante porque era necessário existir, mas que não teve força para se manter.

Carioca… não me estranha tanto, apesar de generalizar, eu me arrisco a dizer que ACHO que cada CARIOCA que mora fora de sua belíssima cidade natal e é chamado de CARIOCA ainda assim se sente exclusivo e com identidade própria…mesmo que você tenha dois cariocas na mesma equipe do escritório ou na mesma turma da faculdade, como eu já tive.

Felipe… diz muito,pra mim, e pra muita gente que conhece muitas histórias divertidíssimas e outras nem um pouco engraçadas, pois assim é a vida de qualquer ser humano, apesar dessas mesmas pessoas também não conhecerem o Felipe por inteiro…afinal, não se conhece ninguém por completo, e tampouco nos “auto-conhecemos” tão bem assim.

Mas… Manolo…?

Que coisinha mais estranha, mais sem-graça, mais pobre, frágil, pequena, reduzida, diminuta… insuficiente.Isso, insuficiente.

Não, o Manolo não deu conta do recado do tamanho da sombra… e na hora de bater o pau na mesa, se descobriu como ilusão que é, apenas como um simbolismo infantil para uma parte de uma vida de uma pessoa, que se perdeu por algum tempo em suas próprias fraquezas… e se descobriu tomando o próprio veneno goela abaixo, ou se preferir, ouvido adentro.

Manolo morreu.

Antes ele do que Eu.
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