Get Even More Visitors To Your Blog, Upgrade To A Business Listing >>

CRÍTICA #4 - DEADPOOL



Deadpool não é um super-herói convencional. Felizmente, seu filme também não o é (pelo que, já fiquem avisados, papais de criancinhas: não levem seus filhos para o Cinema para que vejam esse longa).

Comecemos esta análise falando das qualidades do primeiro trabalho do cineasta Tim Miller para o Cinema.


A película é muito bem dirigida e editada. A fluidez e o dinamismo com que a história é contada, especialmente nos primeiros 40 minutos (que são excelentes, diga-se), chamam a atenção dos cinéfilos e do público em geral. Os cortes são precisos e ocorrem no momento certo. A energia transborda das telas.

O roteiro, em sua grande parte, é muito feliz, principalmente ao estabelecer a personalidade do Wade Wilson (um exemplo disto é a escolha de retratar o protagonista, ao início do filme, como um mercenário de bom coração, que aceita até intimar alguém gratuitamente, somente por caridade a quem lhe tinha pedido). O personagem, aliás, é muito bem interpretado pelo Ryan Reynolds, que apresenta um timing quase perfeito na projeção.

As músicas não compostas para a projeção são muito apropriadas para o longa, instigantes, tocadas no momento adequado e gerando assim uma comicidade genuína.

O romance também merece ser ressaltado como um dos pontos fortes do longa. A química entre o ator supracitado e a atriz brasileira Morena Baccarin, que interpreta o par romântico e a gostosa da vez, é ótima. A forma como o casal se conhece é muito bem escrita e o desenvolvimento da relação é certeiro, marcado por diálogos excelentes.

O maior mérito de Deadpool, no entanto, é que o filme é essencialmente engraçado e politicamente incorreto, tirando sarro de todo mundo (inclusive da própria película e do ator que interpreta o "mocinho"). 90% das piadas funcinam, o que não é fácil de se fazer (nesse sentido, até os créditos iniciais e finais são hilários).

Mas nem tudo são flores, a começar dos efeitos visuais, que em dados momentos parecem de baixa qualidade. No entanto, esse problema pode ser até certo ponto perdoado, uma vez que o filme foi feito com um médio orçamento.

O vilão do longa, apesar de não ser ruim, não chega a criar empatia junto ao público, nem apresenta bom desenvolvimento. Ele, aliás, sequer cria um senso de ameaça palpável, e suas motivações (ou da organização para o qual trabalha) não ficam tão esclarecidas neste primeiro filme. Talvez isso seja explorado na continuação.

O final do filme não consegue fugir aos clichês do subgênero, apesar de zombar deles. A grandiosidade do último confronto é excessiva demais, com a mocinha presa em um recipiente de metal e concretos e mais concretos sendo deslocados no espaço.

Entretanto, o maior problema da projeção é a auto-indulgência causada pela repetição de piadas a todo tempo (por mais que a maioria delas funcione). Nesse sentido, a barra fica forçada dentro do maior trunfo do longa, vejam só!

Apesar de não ser perfeito, Deadpool é um ótimo filme de super-herói. Não é a 8ª maravilha do mundo (como alguns disseram), mas certamente vale o ingresso. Isto porque é um trabalho divertidíssimo e, em parte, por conseguir ser original.


Nota: 8.4







This post first appeared on Take 7, please read the originial post: here

Share the post

CRÍTICA #4 - DEADPOOL

×

Subscribe to Take 7

Get updates delivered right to your inbox!

Thank you for your subscription

×