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Resenha | Morbius (2022)

Morbius é o mais novo lançamento do universo cinematográfico que a Sony vem construindo. Lançado em 2022 e com direção de Daniel Espinosa, o filme apresenta um novo “vilão” para acompanhar o já conhecido Venom. A classificação é 14 anos.

Será que vale a pena assistir? Confira logo após o trailer!

Enredo

No longa acompanhamos a história de Michael Morbius (Jared Leto), um médico extremamente inteligente, que revolucionou a medicina com a criação de um sangue artificial. Com uma doença degenerativa, o Dr. Morbius avança com uma tentativa desesperada de achar a cura. Sua ideia é misturar o DNA humano com o de um morcego.

O que Morbius não esperava é que a sua tão desejada cura o daria habilidades especiais e uma dependência perigosa, que o aproxima de um vampiro.

O filme possui uma trama bem simples. Essa característica acaba sendo refletida em seus personagens, que vêm de uma construção extremamente rasa. As motivações, as personalidades e até os arcos dramáticos acompanham todas as principais convenções de roteiro, sem nunca se arriscar e em alguns momentos até chegando a ser antiquado/brega.

Elenco e Personagens

Michael Morbius (Jared Leto) é o clássico gênio egocêntrico e recluso, que está sempre dedicado ao trabalho, sem ligar para relações sociais e prêmios. Porém, o filme se utiliza de sua doença para que o público crie algum tipo de relação com ele, que é o grande protagonista dessa história. Mesmo Morbius sendo um vilão nos quadrinhos, de onde veio a base para o filme, a produção faz questão de reforçar certos valores morais do personagem, o que acaba gerando um sentimento conflitante no público. Herói, anti-herói ou vilão?

Loxias Crown (Matt Smith) é o antagonista dessa história, sendo um contraponto para nosso personagem título. Suas ações são completamente guiadas por um senso de superioridade, que passa por cima de qualquer valor moral ou ético. É essa característica dele que gera os “grandes” embates do filme. O instinto versus o autocontrole.

Como atores coadjuvantes temos Adria Arjona, Jared Harris, Tyrese Gibson e Al Madrigal, que vivem respectivamente, o interesse amoroso de Morbius, o seu mentor, e uma dupla de detetives. Cumprem seus papéis de forma até eficaz, mas o texto dado a eles é muito fraco. Não existe nenhuma fagulha de profundidade ou complexidade em suas construções.

Direção e Fotografia

Daniel Espinosa, que é o diretor do projeto, anteriormente conduziu o filme Vida (2017) e lá ele já conseguiu mostrar um pouco de sua identidade, por mais que o filme não seja perfeito. Aqui em Morbius vemos novamente que ele sabe qual o tom de sua história, mas falta o conteúdo.

Falta lógica para muitas das motivações e até acontecimentos que guiam a trama de Morbius, o que acaba gerando no público a constante sensação de estar sendo feito de bobo. Até mesmo os truques que a direção usa para esconder problemas técnicos, como os efeitos visuais, são absurdamente perceptíveis. A escolha por aquela fumaça nos momentos em que o personagem é rápido ou está voando é um claro exemplo disso, além do uso de cenas bem escuras.

É notável também como a direção não soube construir bem seus planos, o que acabou atrapalhando a montagem do filme. Morbius é um filme extremamente mal montado, tendo inclusive cenas que não fazem sentido algum. O ritmo é outro afetado por essa grande trapalhada, já que a ação não é bem construída, o clímax é deslocado e a batalha final é breve demais. Falta o senso de urgência e uma melhor cadência para os acontecimentos.

Na fotografia não há muito o que destacar, já que o trabalho de Oliver Wood segue a mediocridade do restante da produção. Os enquadramentos são dos mais convencionais e não conseguem de forma alguma valorizar o uso dos poderes dos personagens. Na iluminação é perceptível a tentativa de emular o “sombrio e realista” de filmes como Coringa (2019) e O Cavaleiro das Trevas (2008). Uma pena que não tenha chegado nem próximo do resultado esperado.

Cenografia e Figurinos

No que diz respeito a cenografia e figurino podemos perceber uma reprodução de toda estética usada em Venom (2018) e Venom: Tempo de Carnificina (2021), com toda pegada urbana e moderna.

Até mesmo as roupas que Michael Morbius (Jared Leto) usa após começar a desfrutar de seus poderes são parecidas com as de Eddie Brock (Tom Hard). Uma blusa lisa, calça jeans e um casaco de capuz são recorrentes nessas obras. Falta criatividade para demonstrar mais traços de personalidade dos personagens através do que vestem e de onde vivem. Colocar um capuz para demonstrar introversão é algo muito batido, né?

O laboratório de Morbius é outro exemplo dessa falta de inventividade. Além da presença de um grande aquário de morcegos não há nada que o diferencie de uma centena de laboratórios que Hollywood já nos apresentou. O que apenas reforça a falta de esmero que essa produção apresentou.

Morbius é um filme bem problemático e cheio de problemas narrativos, mas muita gente tem curtido. O que você achou do filme? Conta pra gente o que achou!

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