Get Even More Visitors To Your Blog, Upgrade To A Business Listing >>

Resenha | Alice in Borderland (Original Netflix)

Alice in Borderland (Imawa no Kuni no Arisu) é o mais novo dorama (série japonesa) do selo Original Netflix. A produção estreou na plataforma de streaming em 10 de dezembro de 2020 e não é recomendada para menores de 18 anos, dada cenas explícitas de violência e conteúdo sexual.

Confira o trailer logo abaixo:

Enredo

Baseada no mangá homônimo de Haro Aso, o drama japonês Alice in Borderland acompanha o jovem Ryohei Arisu e seus amigos em uma jornada perigosa por uma realidade alternativa de Tóquio, na qual eles precisam vencer desafios para sobreviver, como e fosse um jogo com muitas fases mortais.

Mortes, traições e descobertas serão parte importante desta jornada repleta de adrenalina, e os participantes deste jogo precisarão ter muito controle mental para conseguirem escapar com vida.

O enredo lembra uma mistura entre o filme Nerve: Um Jogo Sem Regras (2016) e o anime Kakegurui (2017), além de ares de outras produções do gênero distópico, como Sword Art Online, Cubo e Maze Runner. O diferencial está em suas referências à Alice no País das Maravilhas e no grande rio de emoções exageradas que só uma adaptação de mangá em live-action tem a oferecer.

Soluções de último segundo, por vezes até literalmente, são empolgantes se usadas com moderação, mas a trama passa a explorar demais essa fórmula narrativa a ponto de estragar a tensão de algumas cenas, mas volta a ganhar pontos conforme apresenta uma possibilidade de uma segunda temporada ainda mais insana.

Elenco e Personagens

O público internacional não-acostumado com produções japonesas pode estranhar as atuações, mas elas estão no ponto perfeito: as produções audiovisuais japonesas, em especial as televisivas, tem fortes tendências no melodrama (afinal, até a palavra dorama já vem da pronúncia japonesa de drama), com performances novelescas, ao contrário das produções ocidentais e seu estilo hollywoodiano, mais cinematográfico.

E o que não faltou em Alice in Borderland foi emoção: Arisu é um personagem extremamente dramático, com várias camadas de sentimento que se descascam ao longo do dorama, e Kento Yamazaki conseguiu entregar perfeitamente todas as angústias do protagonista — embora o roteiro tenha sido injusto ao apagar muito facilmente algumas das mais interessantes características do personagem. Sem spoilers!

Por outro lado, é Yuzuha Usagi quem acaba chamando a atenção, se abdicando de qualquer síndrome de donzela indefesa para se mostrar mais suficiente que qualquer homem ali presente. Tao Tsuchiya, sua intérprete, torna as cenas de ação da personagem ainda mais incríveis ao não utilizar dublês. Ela realmente arrasou!

Direção e Fotografia

A direção é de Shinsuke Sato, já conhecido por outros live-actions como Gantz (2011), Death Note: Light Up The New World (2016) e Bleach (2018). O clima de ação/suspense é bem presente em sua obra, e não foi muito diferente nesta série da Netflix, embora o alto orçamento pareça ter ajudado a elevar o nível da produção.

Brincando com os conceitos de utopia e distopia mesmo em seu nível visual, a produção usa a iluminação natural ao seu favor para entregar diferentes narrativas: os jogos acontecem sempre à noite, deixando tudo mais tenso graças à escuridão. Mas não pense, entretanto, que enquanto o Sol está em alta o astral dos personagens também é dos melhores: nossos protagonistas, principalmente, contrastam suas desconfianças e medos frente ao cenário dessa Tóquio tão diferente, mas ainda capaz de ser colorida e diversa.

Cenografia e Figurinos

Aliás, Tóquio é quase como um personagem — e não estamos falando da protagonista de La Casa de Papel. A trama explora algumas localizações reais, mas de uma forma completamente inédita: quando pensamos em Harajuku, o que vem à mente são ruas lotadas de pessoas vestidas de forma extravagante, artistas e turistas, mas Alice in Borderland apresenta ao público uma realidade oposta, onde a área não parece nada mais que um aglomerado de abandonos.

Os figurinos também ganham certa importância para além da falta de banho dos personagens que virou meme entre os fãs da série. Dando o mínimo de spoilers possíveis, a Praia se transforma em um ambiente onde as roupas finalmente terão certo valor, revelando uma ideia de sociedade e de tudo aquilo que vem com ela, para bem ou para mal.

E você, o que achou de Alice in Borderland? Conta pra gente nos comentários a sua opinião sobre a série!

O post Resenha | Alice in Borderland (Original Netflix) apareceu primeiro em Entreter-se.



This post first appeared on Entreter-se, please read the originial post: here

Share the post

Resenha | Alice in Borderland (Original Netflix)

×

Subscribe to Entreter-se

Get updates delivered right to your inbox!

Thank you for your subscription

×