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Resenha | Quase 18 (2016)

Quase 18 é um filme de comédia dramática sobre amadurecimento que está atualmente disponível no catálogo da Netflix. Ele conta com os nomes de Hailee Steinfeld, Woody Harrelson, Haley Lu Richardson, Blake Jenner e Hayden Szeto no elenco. Se você gosta de filmes sobre adolescência, também pode conferir Lady Bird.

Enredo de Quase 18

O filme conta a história de Nadine (Hailee Steinfeld), a típica garota estranha dos filmes de comédia romântica ou dramática. Ela não tem amigos, não é um exemplo de beleza (não para os padrões do filme) e tem um irmão mega popular que ofusca qualquer possibilidade de destaque para ela dentro e fora de casa. Portanto, ela acaba se retraindo cada vez mais. Então, acaba encontrando Krista (Haley Lu Richardson), que se torna sua melhor amiga na segunda série.

Tudo piora para o emocional de Nadine quando seu pai morre durante sua pré-adolescência. Mas, com o apoio de Krista, ela se mantém um pouco mais sã. Porém, quando a amiga começa a se envolver com seu irmão mais velho, tudo vai por água abaixo. A amizade das duas fica abalada, o relacionamento dela com o irmão também, e a relação com a mãe, que já não era boa, piora. E é em seu professor de história, Sr. Bruner (Woody Harrelson), que ela encontra um porto seguro nada convencional.

A narrativa é bem dinâmica, chega a ser possível sentir a ansiedade pelo qual Nadine está passando por conta do formato acelerado do roteiro e da direção. E isso é bem inteligente porque, por mais que tenha a parte da comédia, o drama e a real dor da garota não são esquecidos.

Elenco e personagens

Nadine exala ansiedade. Dá para ver o quanto o fato de ela “perder” sua melhor amiga para seu irmão afeta todo o equilíbrio emocional dela. A busca pelo suicídio como uma forma de aliviar a dor, a vez em que ela desaba em prantos após conversar com seu irmão, são momentos muito importantes para entender que, mesmo que ela esteja o tempo todo tentando parecer normal, ela está apenas mascarando a própria dor através do sarcasmo e de comentários com humor ácido e até um pouco infantil.

Krista é a melhor amiga, mas confesso que senti a falta de uma personalidade mais forte nela. Porque, mesmo que ela tenha sido o estopim de tudo, não há destaque, ela mal aparece e mostra-se até tranquila mesmo que sua melhor amiga esteja claramente em um momento de autodestruição. Dá para entender que ela escolheu a própria felicidade e que não cedeu aos caprichos egoístas de Nadine. No entanto, ainda sim fez falta que ela tivesse um pouco mais de tempo de tela explorando os sentimentos dela com relação à amiga.

Darian, o irmão, é o personagem que começamos odiando e terminamos amando. Ele não é perfeito, mas sofre tanta pressão quanto Nadine. E é ele quem dá o maior apoio emocional à irmã. Por fim, temos o personagem do Sr. Bruner, que é bem interessante. Isso porque, ao contrário do que imaginamos que seria a reação de um adulto normal e responsável, ele é bem direto e frio com Nadine. Claro que pode parecer cruel no início, mas tem um efeito muito positivo na garota, mesmo que ela não perceba.

Por fim, sobre as atuações, todas são muito competentes, principalmente Hailee, que brilhou bastante no papel. Como foi dito anteriormente, dá para sentir a ansiedade exalando da garota pela narrativa e pela direção. Mas isso não seria possível se Steinfeld não tivesse feito um bom trabalho. Haley Lu Richardson já é o destaque negativo, porque, assim como a personagem, não tem muita personalidade.

Direção e fotografia de Quase 18

Novamente, vale ressaltar que a direção foi muito importante para criar o clima de ansiedade no filme. Os planos de filmagem, a forma como a câmera captura alguns detalhes muito importantes para percebemos o desequilíbrio de Nadine, até mesmo a direção de elenco, tudo foi muito bem executado.

E a fotografia não entra naquela melancolia de uma fotografia dramática, mas também não é vibrante e alegre como a de uma comédia. A verdade é que fica a sensação de um meio termo com ela, o que casa muito bem com a narrativa, porque é meio desconfortável. Afinal, é assim que Nadine se sente a trama toda. [SPOILER] Ela só vem a ficar mais alegre de fato no fim do filme, quando Nadine finalmente sente-se aceita.

Cenografia e figurinos

Por fim, a cenografia fica mais restrita ao ambiente da escola, à casa de Nadine e à sua vizinhança. Não há muito o que explorar sobre ela. Já o figurino traz roupas bem estranhas para Nadine, como se ela realmente não se preocupasse com o que veste. Ou então como se ela decidisse se vestir de forma mais infantil, pois ficou presa no momento em que seu pai morreu.

Com o amadurecimento dela, o figurino amadurece também, mas isso só acontece nos últimos 10 minutos de filme. Porém, uma coisa que incomoda é que a pré-adolescência de Nadine, que aconteceu por volta de 2010, é mostrada como se acontecesse nos anos 90 ou 80 por conta do figurino.

E então, você já assistiu à Quase 18? Conta pra gente o que achou!

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