Bonjour, meu povo!

Fiquei de escrever o motivo pelo qual eu não me identificava com a França e franceses. Este é um post “desabafo”.

Tudo começou há muitos anos. Minha irmã fez francês quando adolescente e às vezes eu a escutava falando e ouvia algumas lições dela. Eu achava tudo muito engraçado. Sempre que tentava falar algo em frânces eu fazia um bico tamanho da Ásia para falar qualquer palavra, seguido de uma incontrolável crise de riso e isso ocorre até hoje. Jamais passou pela minha cabeça aprender francês até eu me apaixonar perdidamente por uma universidade francesa, me candidatar e ser aceita.

Francês e espanhol são dois idiomas que nunca quis aprender. Meu bloqueio com espanhol é tão grande que a pessoa pode falar BEM devagar – que nem quando a pessoa fala que não entende um certo idioma e o nativo começa a gritar e falar bem devagar (como se fosse resolver algo?) – então. Nem assim resolve. Não sei, não gosto e não consigo entender.

Com francês também não era muito diferente… Agora to me esforçando muito pra aprender o básico pra ONTEM e chegar lá sabendo pelo menos a conjugar verbos regulares no presente passado e futuro. Hahahaha por saber italiano e português de fato já ajuda bastante a relacionar verbos, mas tem algumas coisas que sem-or!

Já a minha visão dos franceses não tinha fundamento nenhum. Eu só acreditava no que diziam por aí. Nunca tinha conhecido um francês para poder avaliar ou ido à França, mas isso mudou em maio/2014, quando fiz Minha Segunda Viagem sozinha. Uma vez por ano eu gosto de viajar sozinha pra qualquer lugar. Pode durar 10 ou 30 dias. Eu o faço pra me desligar um pouco, pensar em mim, ponderar tudo que me ocorreu durante o ano, o que preciso mudar, conhecer novas coisas e pessoas.

Nessa minha segunda viagem em busca de evolução pessoal também pude conhecer um pouquinho mais do mundo e falar em inglês a maior parte do tempo em uma cidade brasileira (Florianópolis), participar de um Shabat Shalom (com direito a oração e tudo!) e … conhecer franceses.

Conheci 2 francesas na verdade, que são minhas amigas até hoje! Mudaram o meu conceito que era o mesmo de muita gente (infelizmente). Sabe aquele clichê de francês: grossos, não tomam banho, com dentes mal cuidados e não falam em inglês. Bom, uma delas eu conheci no banheiro do albergue escovando seus dentes brancos e alinhados. Estava com os cabelos molhados, recém saída do banho e trocamos algumas palavras em inglês. Bom, pra sermos amigas até hoje, é pq ela não é grossa, não é mesmo?! Sim, enquanto eu falava com ela, eu observava atentamente cada cada tabu cair lentamente por terra. Ela quebrou todos os terríveis tabus de uma vez!

Quando fui a Paris, estava pronta para achar que não fosse lá aquelas coisas. Talvez, sei lá, fosse um lugar ok. Afinal, também corre por aí o tabu de que parisienses são a grosseria em pessoa. Jesus, Maria, José. Me apaixonei de uma forma inexplicável. Conheci muitos franceses, sempre muito educados e prestativos (claro, teve a exceção que me fez chorar de soluçar no meio da Champs Elisées graças a sua total falta de delicadeza e compaixão, mas ok.). Então, a admiração pela universidade, amigas francesas e ótima impressão de Paris me fez ter a certeza do que eu queria.

Aqui fica uma diquinha da Bia: As coisas mudam. E acreditem, quem cospe pro céu, cai SIM na testa. É uma questão de tempo.

Minha irmã agora diz que pra completar ou vou casar com um espanhol ou trabalhar na Espanha. Hahahahahahaha

Bom, em resumo: não acreditem piamente nesses clichês. Como em todo lugar, sempre tem pessoas educadas e… nem tão educadas assim, bem como limpas e de dentes bem cuidados. É só uma cultura diferente e talvez da forma como eles vivam aos nossos olhinhos brasileiros seja incomum (e eles provavelmente nos vêem como invasivos ou intrometidos, no mínimo). Nisso tudo aprendi a não pré julgar e just relax and be open minded que dá certo. Isso para qualquer tipo de adversidade.😉

Bisous à tous!