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O (auto) julgamento

Ok, abandonei um pouco (muito) meu blog! O motivo pra Isso ter acontecido foi perceber o quanto eu comecei a me pressionar sabendo que as pessoas que estavam lendo o que escrevia (conhecidas ou estranhas) podiam julgar todas as minhas decisões e desabafos. Resolvi dar um tempo, tomar decisões sem escrever sobre elas e sem me preocupar com o que os leitores iriam pensar de mim. Acho que a vida é assim mesmo, pelo menos a minha, expomos o que pensamos e sentimos pras pessoas, mostramos nossas qualidades e defeitos, damos a cara pra bater. Mas quando alguém te julga pelo que você mostrou, a vontade é de se enterrar num casulo e ficar ali, arrependida de ter compartilhado algo tão íntimo e pessoal. 


Do último post pra hoje muitas coisas mudaram (de novo) mas o post de hoje não é sobre isso, ele é sobre como podemos ser nosso pior inimigo. Eu faço isso o tempo todo. Aquilo que contei sobre ser pessimista (ou realista demais), sobre não saber ser feliz, me cobrar muito alto e, junto a tudo isso, tenho esse monstrinho dentro de mim que fica (constantemente) se comparando com a vida alheia, com a conhecida, a vizinha, uma ex-amiga ou até com uma estranha na rua. Sabe aquele sentimento de que a grama do vizinho é sempre mais verde? Eu me sinto assim com bastante frequência! 

Parte desse sentimento vem de ter uma família quebrada em pedaços completamente diferentes um do outro. Com cada parte preciso falar de um jeito, contar (ou não) algum acontecimento, algumas vezes fingir ser alguém que não sou e, dentro da minha cabeça, fica um conflito que parece infinito. Na tentativa de gerenciar todos os pedaços, acabo sentindo como se não fizesse parte de nenhum, ficando num limbo entre eles. A outra parte vem do meu julgamento, o quanto me cobro pra ser perfeita, melhor que fulano ou fulana, mais bem sucedida, aprender algo mais rápido, fazer isso  e aquilo melhor e por aí vai. Não foi a toa que me senti sufocada com meu próprio blog! Fico gastando energia tentando consertar o "inconsertável", o passado, me comparando com pessoas que não tem absolutamente nada em comum comigo e me privando de fazer algo que gosto com medo que em algum momento alguém pode fazer um comentário me julgando ou mostrando o quanto estou perdida e em crise (ainda), mas eu estou perdida mesmo e acho pouco provável que alguém consiga ser um juiz mais duro e frio do que eu mesma.

Daqui pra frente, se eu parecer louca, perdida, em crise ou qualquer coisa do gênero, é porque a vida é assim mesmo (pelo menos a minha) e escrever sobre esse caminho (em público) é minha forma de te ajudar a ver que não está sozinho (a) e, principalmente, vencer minha própria fobia e auto-julgamento. Como meu marido sempre me fala, errar ensina muito mais do que acertar!




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