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Exposição Quadrinhos, no MIS


      O Museu da Imagem e do Som (MIS) é um dos centros culturais mais movimentados de São Paulo, conhecido por suas megaexposições que batem recordes de público como 'Castelo Ra-Tim-Bum - A exposição' (2015) que atraiu 410 mil pessoas em sete meses em cartaz, e 'O mundo de Tim Burton' (2016), com 213 mil visitantes em quatro meses. Agora é a vez de "Quadrinhos", que entrou em cartaz em novembro/2018 e pode ser visitada até 31 de março de 2019.
         As  grandes exposições do MIS geralmente ficam em cartaz entre três e seis meses, pois realmente são grandiosas e trazem temas que agradam muito ao público. Também já foram homenageados em suas exposições, entre outros grandes artistas, David Bowie (2014), Sílvio Santos (2017), Renato Russo (2017) e Alfred Hitchcock (2018). Dessa vez o tema da exposição agrada de 8 a 80 anos, pois não há quem não tenha seu personagem preferido da nona arte: a argentina Mafalda ou o americano Calvin? Heróis da Marvel ou da DC? Animais falantes da Disney ou o gato pensante Garfield? Os brasileiros Turma da Mônica ou Menino Maluquinho? E mais gibis raros, tirinhas, cartoons, charges, mangás, animês... enfim tudo sobre as HQs em mais de 600 itens.
              As pesquisas realizadas pelo curador Ivan Freitas da Costa e Seus colaboradores de Caselúdico duraram 18 meses e reuniram vídeos, áudios,  instalações artísticas, desenhos originais e peças raras em três andares de exposição que contam a história de dois séculos da arte sequencial que une o desenho às palavras. Dado o reconhecimento de sua importância, os próprios artistas do cartoon (ou seus familiares) contribuíram para a construção do acervo. Cederam peças para a exposição Maurício de Sousa, Glauco, Angeli, Laerte e Ziraldo. Jim Davis fez um desenho de Garfield exclusivamente para a exposição, na qual também pode ser apreciado o vídeo que mostra o cartunista desenhando seu mais famoso personagem.
          A imagem acima traz as cinco etapas de produção de uma história em quadrinhos da Turma da Mônica, desde o rascunho do desenhista até chegar aos gibis. Na segunda foto está a rubrica de aprovação de Marina, filha de Maurício de Sousa, desenhista e roteirista da empresa de produções do pai. Da mesma forma que Mônica, Magali e seus outros irmãos, Marina inspirou a criação de uma personagem com seu nome que adora desenhar, assim como a Marina da vida real. No espaço reservado à Turma da Mônica estão expostas desde as primeiras tirinhas com a data de aparição de cada personagem (o primeiro foi Cebolinha, em 1960; a Mônica chegou em 1963) até as mais recentes novidades dessa galerinha, como a Turma da Mônica Jovem, lançada em 2008, e os personagens minimalistas da Turma da Mônica Toy com seus episódios de cerca de 1 minuto exibidos no canal da Turma da Mônica e Monica Toy Official, no Youtube.
         Como a exposição visa ser o mais abrangente possível, não faltaram nem mesmo os quadrinhos eróticos expostos em um banheiro real, adaptado para a exposição, afinal nos banheiros públicos encontram-se todos os tipos de desenhos e recados geralmente inapropriados para menores. Por isso, nesse espaço só entram maiores de 18 anos ou maiores de 16 anos desde que acompanhados pelos pais ou responsáveis. O atentado violento sofrido pela revista satírica francesa Charlie Hebdo deixando doze vítimas, em 2015, também foi lembrado.
         Entre as raridades está a revista n.1 do Tio Patinhas e outras poucas curiosidades sobre os quadrinhos da Disney que, a meu ver, mereciam um espaço maior na exposição. Mas... isso diz respeito a preferências pessoais, afinal são centenas de personagens e nem todos os visitantes têm a mesma opinião. Até mesmo os curadores deixam algumas pistas sobre suas preferências de personagens (talvez por acaso, talvez intencionalmente) ao apresentar os heróis da Liga da Justiça, da DC, na reprodução da incrível Batcaverna onde visitantes entram para acessar os arquivos com informações de heróis e vilões. Já os heróis da Marvel não ganharam tanto destaque assim nem no tamanho e nem na produção do espaço.
             A sala dedicada à Marvel, reproduz o ambiente urbano de uma grande metrópoles (New York?) circundada por seus grandes prédios, com monitor exibindo o filme "Os Vingadores" e um mal-feitor preso na teia do Homem Aranha que deixa um bilhete para os moradores: "Cortesia do amigo da vizinhança". Uma curiosidade não programada pelos curadores, é que nas informações sobre Stan Lee consta apenas seu ano de nascimento (1922), pois quando o escritor faleceu em 12/11/2018, já estava tudo pronto para a abertura da exposição que aconteceu dois dias depois. A reprodução de Hulk (abaixo) é uma escultura tátil para que pessoas com deficiência visual (os demais visitantes também) possam sentir os contornos do personagem. A exposição apresenta outros personagem em forma de escultura como Mickey (laranja) e Donald (azul) da imagem com fotos da Disney.
           Por conta da grande procura do público por suas exposições, o MIS abre a pré-venda de ingressos com mais de um mês de antecedência do lançamento de cada exposição pelo site Ingresso Rápido. O detalhe é que os ingressos antecipados, comprados pela internet, custam o dobro do valor daqueles comprados na recepção, pois esses estão sujeitos à disponibilidade. Eu arrisquei em um sábado pela manhã e deu certo, estava bem tranquilo. Uhuu!!

Serviço
- Site oficial: https://www.mis-sp.org.br/
- Endereço: Avenida Europa, n.158. Jardim Europa - SP.
- Horários: terça à sábado - 10h às 20h; domingos e feriados - 9h às 18h
- Valores antecipados: R$30 (inteira) e R$15 (meia);
- Valores na recepção: R$14 (inteira) e R$7 (meia)
- Gratuito: terças-feiras, sujeito à disponibilidade.

Mais do MIS

            Além das grandes exposições pagas, o Museu da Imagem e do Som tem outras gratuitas e apresentadas em períodos mais curtos, com uma quedinha pela fotografia (a  8ª arte). Quando estive por lá, estava em cartaz a exposição 'Cidade (in)acessível' (até 13/01/2019), pequena, porém, interessantíssima. Com dez fotos tiradas por deficientes visuais a partir de seus outros sentidos. Essas fotos receberam  legendas em braille e representações em relevo para que tanto os visitantes quanto os próprios fotógrafos pudessem sentir o resultado dos trabalhos. A programação do MIS também inclui apresentações de música, cinema, teatro, fotografia e cursos diversos. A agenda está disponível no site.
          Ao lado do MIS fica o MuBE - Museu Brasileiro da Escultura e Ecologia -  com entrada franca de terça a domingo, das 10h às 18h . O MuBE tem exposições gratuitas e, além das esculturas na parte externa, tem jardins projetados por Burle Marx. Vale dar uma olhadinha na agenda de programação e fazer as duas visitas.



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