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Vozes Femininas: Vanessa Nunes

Vanessa Nunes é uma motion designer que atua há mais de 10 anos na área e desenvolve animações para websites, aplicativos mobile e campanhas publicitárias. Hoje, ela vem conquistando espaço entre produtoras de internet de Los Angeles.

Formada em publicidade e propaganda pela Universidade de São Caetano do Sul, no ABC paulista, Vanessa entrou para o mercado de Trabalho como assistente de arte digital mas logo migrou para o Motion Design, onde passou muitos anos trabalhando com Flash e Actionscript.

Em Sua Carreira, ela já teve trabalhos premiados em festivais como o Clio Awards, The FWA, Wave Festival, entre outros.

Confira a conversa que tivemos:

Como era o espaço para as mulheres dentro das agências de publicidade quando você começou?

Posso dizer que não era nada comum encontrar outras meninas desenvolvedoras dentro das agências digitais brasileiras. Especificamente na área de motion design, segui como sendo a única mulher em todas as equipes em que trabalhei. Também foi assim com as produtoras americanas, mas felizmente esse quadro parece estar se revertendo e outras animadoras se juntaram ao time no ano passado.

Como tem sido trabalhar para o mercado americano?

Bom, para começar eu precisei adaptar minha rotina de acordo com o fuso horário, que de acordo com o horário de verão, pode variar entre 04 a 06 horas de diferença. Então, reservo o período da manhã para os assuntos pessoais e começo a trabalhar por volta de 15h e sigo até às 23h. Por chat, começamos organizando o dia pelas prioridades. O trabalho é dividido entre toda a equipe e, quando necessário, fazemos reuniões por videoconferência para alinhar os pensamentos e discutir feedbacks por parte do cliente. É bastante produtivo trabalhar com eles, pois são muito organizados e eficientes.

O que você faz para ter inspiração?

Além de buscar inspirações em sites de motion graphics e visual effects para ter outras referências, gosto de prestar atenção ao movimento real das coisas e pessoas nas ruas. Sou muito observadora. Acho divertido, por exemplo, olhar os carros parados em dia de chuva, esperando o semáforo abrir, com seus para-brisas e luzes de setas ligados, num ritmo bagunçado e harmonioso ao mesmo tempo.

Três de seus sites favoritos…

Pinterest, Dribble and Icecreamhater.

Qual a sua parte favorita do seu trabalho e a parte mais difícil?

Tenho duas partes favoritas durante o desenvolvimento do projeto. A primeira vem logo no início, durante o brainstorm de ideias, quando se busca a linguagem e o estilo de animação que serão utilizados. A segunda parte favorita vem ao final, quando estou refinando os tempos de entrada/saída e duração de cada elemento na tela.

A parte mais difícil do trabalho é manter as animações funcionando perfeitamente em todos os navegadores e dispositivos. É difícil porque requer tempo e, em muitos casos é preciso descartar ideias porque nem todos os browsers dão suporte às novas tecnologias. Nestes casos, tento chegar ao objetivo por outros caminhos como vídeos ou sequência de imagens, o que nem sempre é possível.

Quais são softwares que você não pode viver sem?

Slack, Skype, GitHub, Sublime Text e os softwares da Adobe como Photoshop, Illustrator e After Effects.

Qual foi o seu primeiro trabalho como animadora? Você lembra?

Não lembro exatamente o que eu desenhava, mas recordo de fazer pequenos desenhos nos cantos das folhas do caderno de escola e ficava folheando pra lá e pra cá. Eu não fazia ideia, mas já estava fazendo flipbooks!

Se houver quaisquer experiência-chave que você poderia apontar que ajudaram a moldar sua carreira, quais seriam elas?

Acredito que o momento mais importante de minha carreira foi quando me juntei a um dos mais criativos times de desenvolvedores da indústria digital brasileira, a Gringo, uma produtora digital de São Paulo. Com eles aprendi a trabalhar com framework, softwares de versionamento e a usar classes e plugins nas minhas animações. Além da agilidade, era possível criar e testar as animações em paralelo ao trabalho de front-end feito pelos outros programadores da equipe.

O que você está estudando no momento e se há algum desafio de longo prazo que você está considerando fazer?

Como programadores, acredito que nunca devemos deixar de estudar e nos mantermos atualizados porque novas tecnologias, linguagens e engines de programação surgem a todo momento. Venho estudando bastante sobre CSS Animation, SVG Drawing, Javascript e Processing. Para o futuro, gostaria de explorar o campo das instalações interativas.

Foi um privilégio entrevistar você!

Eu também adorei, obrigada!

———————– AUTOR———————–

Ricardo Andrés tem mais de dez anos de experiência em Comunicação. Iniciou sua carreira na área digital na AgênciaClick (atual Isobar). Atuou como diretor de arte em diversas agências do mercado, entre elas FCB, Ogilvy, Wunderman, Doubleleft (FLAG) e AKQA, trabalhando com grandes marcas nacionais e internacionais. Hoje trabalha como diretor de arte na BlueHive – JWT, Ricardo também foi sócio e diretor de criação do Estúdio Caboclo.




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