Diante de um cenário global em mudança, a Bolsa Brasileira tem visto um declínio acentuado no investimento estrangeiro nos últimos dois meses. Até setembro, saídas líquidas somaram R$ 14,886 bilhões, contrastando com os saldos positivos observados até julho.

Em meio a isso, o Ibovespa sofreu uma queda, passando de 120 mil pontos no início de agosto para 113,4 mil pontos recentemente. O mercado esperava um reforço no investimento estrangeiro, especialmente considerando a recente diminuição das taxas de juros no Brasil.

Entretanto, o foco tem sido a economia dos EUA. Com uma economia robusta e um mercado de trabalho em expansão, os EUA enfrentam desafios relacionados à inflação. O crescente preço do petróleo e a possibilidade de uma elevação nas taxas de juros pelo Federal Reserve têm influenciado as decisões dos investidores.

Tais circunstâncias tornam os títulos da dívida dos EUA mais atraentes, levando a uma diminuição nos investimentos em bolsas globais e um aumento na renda fixa americana. Isso tem fortalecido o dólar, que se aproxima de suas máximas anuais.

Em relação aos mercados emergentes, Yan Wang, da Alpine Macro, indica uma postura de prudência por parte dos investidores. Segundo ele, a atual política do Banco Central brasileiro e as decisões futuras do Federal Reserve estão moldando essa cautela. Wang prevê uma continuidade na saída de capital estrangeiro do Brasil, especialmente se o Federal Reserve optar por manter taxas de juros elevadas por um período prolongado.

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