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Temores sobre o controle proposto pela Síria sobre a ajuda a áreas controladas por rebeldes


Um comboio com ajuda humanitária chega à Síria após cruzar a fronteira de Bab al-Hawa com a Turquia em 10 de julho de 2023, um dia antes de o Conselho de Segurança da ONU não chegar a um consenso sobre a extensão da rota – Copyright AFP/Arquivo OMAR HAJ KADOUR

O governo sírio anunciou recentemente que permitiria a entrada de Ajuda em áreas controladas por rebeldes depois que um mecanismo das Nações Unidas expirou, gerando preocupações de grupos humanitários.

Eles se preocupam com o destino dos residentes nos últimos redutos rebeldes remanescentes da Síria, no norte e no noroeste, depois que o Conselho de Segurança falhou na quarta-feira em estender o mecanismo.

Sob um acordo de 2014, a ajuda passou em grande parte pela passagem de Bab al-Hawa com a Turquia sem a autorização de Damasco.

Mas a expiração do mecanismo da ONU, bem como a decisão da Síria de mudar o rumo da entrega de ajuda a essas áreas, provocou temores e dúvidas entre a comunidade humanitária.

– O que Damasco propôs? –

A Síria disse que tomou uma “decisão soberana” para permitir que a ajuda flua através da passagem de Bab al-Hawa por seis meses a partir da última quinta-feira.

A travessia é o principal ponto de entrada para ajuda em áreas controladas por rebeldes, embora também ocasionalmente chegue de áreas sob o controle de Damasco.

Após um terremoto de 6 de fevereiro que atingiu o noroeste da Síria e o sul da Turquia, as autoridades sírias concordaram em abrir temporariamente outras duas passagens de fronteira com a Turquia até agosto.

A Rússia vetou na terça-feira uma proposta para estender o mecanismo da ONU em Bab al-Hawa por nove meses, depois não conseguiu reunir votos suficientes para uma proposta alternativa para estendê-lo por seis meses.

A ONU expressou preocupação com duas “condições inaceitáveis” estabelecidas por Damasco para permitir o fluxo de ajuda através da travessia, de acordo com um documento revisado na sexta-feira pela AFP.

O Escritório da ONU para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA) disse estar preocupado com o fato de Damasco ter “enfatizado que as Nações Unidas não devem se comunicar com entidades designadas como ‘terroristas’”.

A segunda condição era que o Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) e o Crescente Vermelho Árabe Sírio (SARC) deveriam “supervisionar e facilitar a distribuição de ajuda humanitária” no noroeste da Síria.

Aproximadamente metade da província de Idlib e partes das províncias vizinhas são controladas pelo Hayat Tahrir al-Sham (HTS), considerado um grupo terrorista por Damasco, bem como pelos EUA e pela ONU.

Cerca de três milhões de pessoas, a maioria deslocadas, vivem em áreas controladas pelo HTS, enquanto outros 1,1 milhão estão em zonas sob controle de grupos apoiados pela Turquia.

Anos de conflito deixaram muitas das áreas controladas pelos rebeldes – que abrigam campos superlotados para os deslocados – precisando desesperadamente de ajuda, já que a pobreza e as doenças aumentam.

– Quais são as preocupações? –

A ONU descreveu as condições de Damasco para reabrir a passagem de Bab al-Hawa como “inaceitáveis”.

O documento do OCHA visto pela AFP pedia a necessidade de “revisar” e “esclarecer” partes da carta de Damasco, dizendo que as entregas “não devem infringir a imparcialidade… neutralidade e independência das operações humanitárias das Nações Unidas”.

Várias organizações internacionais temem que permitir o controle de Damasco sobre o fluxo de ajuda às áreas controladas pelos rebeldes possa resultar na limitação do acesso aos mais necessitados.

O Comitê Internacional de Resgate – uma das principais organizações de ajuda que trabalham em Idlib – disse que continua a “enfatizar as responsabilidades do Conselho de Segurança para proteger os sírios… e garantir que vidas não sejam colocadas em risco”.

A MedGlobal, que opera clínicas e unidades de vacinação em Idlib, alertou que a transferência do controle de Bab-Al-Hawa “de um partido neutro (a ONU) para um regime que massacrou seu povo e deslocou metade de sua população levará a mais mortes e sofrimento entre civis inocentes e desencadeará outra crise de refugiados”.

Cerca de metade dos moradores das áreas controladas pelos rebeldes são pessoas deslocadas pelos 12 anos de conflito na Síria, que mataram mais de meio milhão de pessoas.

O presidente sírio, Bashar al-Assad, disse repetidamente que está determinado a recuperar o controle sobre essas áreas.

Nick Heras, pesquisador do New Lines Institute for Strategy and Policy, disse à AFP que Damasco “está mostrando maior confiança em sua capacidade de conter e, com o tempo, reduzir as áreas governadas pelos rebeldes no noroeste da Síria”.

A Síria, que em maio recuperou seu assento na Liga Árabe, deseja “monitorar as travessias” para áreas controladas por rebeldes, disse Heras, alertando que em breve “Assad e seus aliados forçarão militarmente a questão”.

– Existem alternativas? –

Membros do Conselho de Segurança e outras organizações apostam no retorno das negociações.

O embaixador suíço no órgão mundial disse que os diplomatas “voltariam ao trabalho imediatamente para encontrar uma solução”.

O pesquisador sênior da Human Rights Watch sobre a Síria, Hiba Zayadin, pediu aos membros do Conselho de Segurança que “voltem à mesa de negociações e cheguem a um consenso que coloque os direitos dos sírios em primeiro lugar”.

“Permitir que a Síria dite o fluxo de ajuda para áreas fora do controle do governo coloca a vida, os direitos e a dignidade de milhões de sírios em grave risco”, disse ela.

Em Idlib, o ativista Abdel Wahab Elewi, de 46 anos, expressou sua rejeição ao controle de Damasco sobre a travessia, “mesmo que eles nos cortem a ajuda”.

“Entregar esta questão para Assad significa o começo do fim e avançar para o reconhecimento de seu regime”, disse ele.


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