Trabalhadores da United Parcel Services (UPS) fazem um ‘piquete de prática’ em 7 de julho de 2023, no bairro de Queens, na cidade de Nova York, antes de uma possível greve da UPS – Copyright AFP Greg Baker

Uma Greve de cerca de 340.000 trabalhadores americanos na maior empresa de entrega de encomendas do mundo pode ser a mais cara em mais de um século.

Já se passou cerca de uma semana desde que as negociações contratuais foram interrompidas entre a UPS e o sindicato que representa 340.000 de seus trabalhadores e, se nenhum acordo for alcançado até o final do mês, os trabalhadores dizem que entrarão em greve.

Na sexta-feira, a United Parcel Service (UPS) Disse que começará a treinar motoristas de entrega não sindicalizados nas próximas semanas, à medida que a ameaça de greve se aproxima, de acordo com o The Hill.

Em um comunicado na sexta-feira, a UPS disse que muitos de seus funcionários “participarão de treinamentos que os ajudarão a atender nossos clientes com segurança se houver uma interrupção do trabalho”.

A companhia de navegação também disse que esse acordo seria apenas temporário. “Essas atividades também não prejudicarão nossos esforços contínuos para finalizar um novo contrato que aumente os salários e benefícios já líderes do setor de nossos funcionários”, continuou o comunicado.

Uma estimativa do Anderson Economic Group (AEG), com sede em Michigan, disse na quinta-feira que a ameaça de greve dos trabalhadores da UPS pode ser “uma das mais caras em pelo menos um século”, chegando a US$ 7 bilhões para uma paralisação de 10 dias, informou a Reuters.

Uma greve de 15 dias da UPS em 1997 interrompeu o fornecimento de mercadorias, custou US$ 850 milhões à maior empresa de entrega de encomendas do mundo e enviou alguns clientes para rivais como a FedEx.

Especialistas em remessas alertam que uma greve pode atrasar milhões de entregas diárias, incluindo pedidos da Amazon.com, componentes eletrônicos e medicamentos prescritos que salvam vidas. E nem é preciso dizer que uma greve também prejudicaria as cadeias de suprimentos e aumentaria os custos de remessa.

Os trabalhadores da UPS representados por caminhoneiros votaram por uma autorização de greve no mês passado e o chefe do sindicato, Sean O’Brien, disse anteriormente que uma greve era iminente. Na sexta-feira, O’Brien juntou-se aos trabalhadores sindicalizados em um piquete no Brooklyn, em Nova York.

“A UPS está deixando claro que não vê sua força de trabalho como uma prioridade. Os executivos corporativos são rápidos em se gabar do serviço líder do setor e ainda mais rapidamente esquecem os membros do Teamster que realizam esse serviço ”, disseram os Teamsters na sexta-feira. “A UPS deveria parar de perder tempo e dinheiro treinando fura-greves e voltar à mesa de negociações com uma oferta econômica real.”