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Mercosul pede ‘atualização’ de rascunho de acordo comercial da UE


O chanceler uruguaio Francisco Bustillo, o chanceler brasileiro Mauro Vieira, o governador de Misiones Oscar Herrera Ahuad, o chanceler argentino Santiago Cafiero, o chanceler paraguaio Julio Arriola e o chanceler boliviano Rogelio Mayta nas Cataratas do Iguaçu, na Argentina – Copyright AFP NELSON ALMEIDA

Ramón SAHMKOW

O bloco comercial sul-americano Mercosul abriu uma cúpula de dois dias na segunda-feira com a anfitriã Argentina pedindo uma “atualização” para um acordo comercial há muito interrompido com a União Europeia, que disse ser o produto de um relacionamento “assimétrico”.

Os observadores têm poucas expectativas quanto à capacidade da cúpula de dar forma final ao pacto paralisado pelas preocupações da UE com as proteções ambientais, particularmente na Amazônia brasileira.

Os países do Mercosul Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai chegaram a um acordo de princípio com os 27 membros da UE em 2019, após duas décadas de negociações.

Desde então, a UE propôs uma “carta paralela” ao acordo, com garantias ambientais extras, irritando os líderes sul-americanos.

Bruxelas quer que qualquer acordo com as nações do Mercosul inclua o cumprimento dos compromissos assumidos nos acordos climáticos de Paris de 2015.

Na segunda-feira, o ministro das Relações Exteriores da Argentina, Santiago Cafiero, disse que o aprofundamento dos laços entre o Mercosul e a UE era “necessário em um contexto internacional de conflito e crescente incerteza”.

Para que isso aconteça, no entanto, o projeto de acordo de 2019 precisava de uma “atualização”, pois “reflete um esforço desigual entre blocos assimétricos”, disse ele a colegas ministros reunidos em Puerto Iguazú.

Os ministros se reuniram antes da reunião de terça-feira do presidente argentino Alberto Fernandez com seus homólogos do Uruguai, Paraguai e Brasil: Luis Lacalle Pou, Mario Abdo Benitez e Luiz Inácio Lula da Silva.

O bloco representa 62% da população da América do Sul e 67% do produto interno bruto do continente.

Lula, do Brasil, liderou as críticas às demandas ambientais da UE, dizendo a repórteres no mês passado que “parceiros estratégicos devem ter uma relação de confiança mútua, não desconfiança e sanções”.

O desmatamento na Amazônia aumentou sob o mandato do antecessor de Lula, o ex-presidente de extrema-direita Jair Bolsonaro, no cargo de 2019-2022.

E embora o veterano esquerdista Lula tenha se apresentado como o anti-Bolsonaro na política ambiental, ele disse à chefe da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, em junho, que estava preocupado com as garantias ambientais adicionais.

Lula acusou os legisladores da UE de tentar legislar “fora de seu território” com medidas que “mudam o equilíbrio do acordo”.

O Brasil assumirá a presidência rotativa do Mercosul até o final do ano.

O principal diplomata da UE, Josep Borrell, reconheceu recentemente que as propostas ambientais não foram bem recebidas pelos países sul-americanos e disse que a Europa aguarda uma resposta concreta.

Dada a divisão, Bruno Binetti, especialista em assuntos internacionais do think tank Inter-American Dialogue em Washington, disse que “o máximo” que poderia sair da cúpula da Argentina era “uma agenda específica” com “exigências”.

“Mas não creio que estejamos nesse estágio”, disse à AFP.


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